quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A pedidos: Cães para chácaras: as melhores raças e suas características



 ' Reginaldo Calvet:  Bom dia!                      
Estou querendo comprar um bom cachorro para a chácara. Quero comprar um Pit Bull com pedigree.  Urgente! é possível ?                      

Caro tio Reginaldo Calvet a  lealdade e o comprometimento de um cão para com o seu dono vão muito além de uma boa companhia ou amizade. No Brasil os cães para chácaras são constantemente usados como seguranças até mesmo nas casas urbanas. Não é necessário morder ou latir, a presença do animal já assusta os transeuntes suspeitos e, quando o cão é treinado, a sua eficiência é quase perfeita.

E, claro, o mesmo é valido para sítios, fazendas e granjas, mas com algumas diferenças, pois estes lugares contam com um espaço bem maior do que uma garagem ou quintal. E esse aspecto não deve ser ignorado, os cães para chácaras requerem espaço e lugar para correr e fazer muito exercício.


Treinamento e postura

Com o treinamento adequado o cachorro tende a se tornar um ótimo segurança para residência. Os cães para sítios geralmente são animais de porte mediano para grande. A sua postura deve ser intimidadora ao mesmo tempo em que deve ser atlética, pois o campo de atuação do animal é maior, consequentemente ele tem que estar preparado fisicamente para vigiar toda a região. O ideal seria ter mais de um cachorro para vasculhar a área.


Raças e suas características

O Pastor Alemão é uma ótima espécie para começar a falar sobre cachorros para chácaras. Como o nome do animal intuitivamente indica, o pastor é um cão de vigia criado especialmente para defesa de propriedade. Se bem adestrado a sua presença só trará benefícios ao dono. A sua única deficiência é a dificuldade de encontrar um de raça pura, pois os inúmeros cruzamentos mal feitos alteram em parte as características básicas da sua personalidade.

Duas outras raças muito indicadas para esses casos são o Dogue Alemão e o Fila, ótimos cães para chácaras. Ambos são bons guardas, boas companhias e contam com porte grande, que ajuda a assustar possíveis invasores. As únicas ressalvas negativas, são o temperamento mais ameno e dócil do dogue, que pode não ser muito útil na hora da ação, e a passividade e mau comportamento em grupo do fila, que quando posto com outros animais não costuma ser muito simpático. Mas nada que um bom treinamento com adestradores competentes não ajude.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Tô com problemas com POMPOS o que fazer?


Gostaria de obter informações de onde comprar equipamentos sonoros para espantar Pombos em locais abertos. Esses aparelhos são eficientes? 

Resposta: Os equipamentos sonoros foram uma coqueluche nos anos 70 e 80 para afastar Pombos. Surgiram várias marcas nos Estados Unidos e alguma coisa no Brasil. Os maus resultados levaram a EPA (Agência de Proteção ao Meio ambiente americana) a proibir a sua comercialização. Hoje, esses equipamentos são encontrados em várias partes do mundo, mas sua eficácia é duvidosa. A maior decepção na adoção deste método foi recentemente implantado na cidade de Bragança Paulista, interior de São Paulo. Os barulhos sonoros eram tão irritantes que gerou muitas reclamações dos moradores que residem próximo ao local, imediatamente a Prefeitura da cidade desativou todos os aparelhos sonoros. Você pode consultar uma dedetizadorade sua confiança e procurar saber mais informações sobre outros métodos utilizados no controle de pragas para afastar os Pombos.

Pergunta 2: Próximo a nossa casa  tem um rapaz que alimenta os Pombos. Um casal de Pombos fez ninho em nosso telhado, num local de difícil acesso. Acontece que temos um sótão onde fica nosso escritório e estamos sendo atacados pelos “ácaros – piolho de Pombo”. É uma alergia tremenda, muitas picadas. Não sabemos o que fazer.

Resposta: O primeiro passo é conversar com essa pessoa que está alimentando os Pombos, explique para ele os perigos que os Pombos oferecem para a população, lembre-se o diálogo é tudo. Já em relação a estrutura do imóvel, quando ocorrem infestações de parasitas de Pombos (ácaros principalmente) há necessidade de intervenção de um profissional de controle de pragas pois nesse caso devem ser utilizados produtos químicos de uso profissional específico. Recomenda-se que simultaneamente seja feito um trabalho de remoção de ninhos, limpeza, fechamento e vedação das possíveis aberturas para que a infestação não volte a ocorrer. No momento da remoção dos ninhos muito cuidado. Use sempre máscara para proteger contra a inalação dos resíduos de Pombos incrustados.

Pergunta 3: Existe espantalho para Pombos? Ou é só em filmes? Qual a sua experiência no uso de balões infláveis com aparência de coruja para espantar pássaros? Gostaria de saber se existe alguma planta ou substância que eles não gostem.

Resposta: Existe espantalho para Pombos. Não é ficção não. Ocorre que os Pombos costumam acostumar-se facilmente a estes artefatos. Existem balões com forma de coruja, artefatos em forma de ave de rapina, e muitos outros recursos. Mas os Pombos são extremamente inteligentes e logo percebem que o “animal” não tem nenhuma ação e talvez esteja morto? Eles realmente acabam percebendo que o animal está desativado e passam até a pousar em cima da cabeça dele. Com relação a plantas infelizmente não há nenhuma que possa oferecer esse resultado.

Pergunta 4: Estou com um problema de Pombos em meu prédio e gostaria de saber se há algum tratamento para este tipo de praga desde que o mesmo seja liberado pelo Ibama e pela Prefeitura Municipal. Moro num condomínio com 06 blocos e todos estão infestados de Pombos que fazem sujeira e muito barulho. Estamos percebendo que estão começando a procriar nos vãos entre a parede e o telhado. O que fazer? Gostaria de ter informações a respeito de evitar Pombos nas varandas de coberturas de edifícios. Imagino que haja outras opções além de gel.

Resposta: A infestação de Pombos em prédios de apartamentos é um problema ainda mais sério por que num local onde moram muitas pessoas há também muitas maneiras de pensar e atritos surgem antes que se consiga chegar a uma solução do problema. O fato é que os Pombos são realmente animais que apresentam risco de liberação de patógenos e procriam rapidamente, especialmente se o prédio apresentar as condições favoráveis como varandas, peitoris, telhado, vãos vazios, vãos para aparelhos de ar condicionado.

As estruturas contemporâneas são mais lisas, usam mais vidro e não costuma ter peitoris. A grande maioria dos prédios são coloniais ou já tem muitos anos de construídos e são observadas muitos detalhes da obra que servem de pouso de abrigo para essas aves. Uma grande preocupação dos condomínios é com a manutenção da estética da fachada. Até mesmo o uso de vidro para o fechamento das varandas só pode ser feito com autorização em Assembleia. As telas de segurança costumam ser rejeitadas por que a sua aparência modifica de certa forma a estética. Elas são visíveis e sua utilização não está ligada exclusivamente à necessidade de segurança.

Há, no entanto, telas chamadas de invisíveis, que são telas que vistas a pouca distância não são perceptíveis e de certa forma alguma modificam o aspecto da fachada. Talvez essa seja uma das melhores soluções a ser sugerida para os prédios de apartamentos bem como para os prédios históricos. O uso de espículas não é aconselhado pois incomoda bem como o uso de géis, já que eles têm que ser repostos continuamente.

Pergunta 5: Tenho um imóvel tipo sobrado localizado em uma praça, próximo a um restaurante e devido à altura do imóvel os Pombos ficam permanentemente no telhado. Já fechei todos os buracos por onde poderiam entrar no telhado, já fixei arames em volta do telhado e na canaleta, agora eles ficam em cima do telhado e da canaleta depositando toda a sujeira possível. Tem me causado inúmeros problemas, entupimento da canaleta, gera estragos na pintura interna, já gastei o que estava ao meu alcance. Não sei mais o que fazer.

Resposta: As residências sofrem demais a ação dos Pombos já que a sua presença causa sérios riscos às estruturas, como vazamentos, entupimentos de calhas, muita sujeira por paredes, piso. E muitas casas estão localizadas em regiões onde um ou outro vizinho alimentam de alguma forma esses pombos e isso acabar tornando-se um grande problema. A primeira providência é verificar se há alguma coisa a ser feita em relação à vizinhança. Os vizinhos necessitam aproximar-se e procurar esclarecer aos que ainda não sabem dos males que os pombos podem trazer a todos, em especial à saúde pública.

A segunda tarefa é evitar que os Pombos aninhem sob o telhado e o fechamento de todos os acessos é a ação a ser tomada em seguida. Em terceiro lugar está o telhado. Este é um pouco mais trabalhoso. Nos Estados Unidos há artefatos que são colocados sobre o telhado e ligados a uma fonte de energia. Quando o Pombo pisa sobre eles leva um choquinho e acaba evadindo-se. Se o Pombo não encontra abrigo ele dificilmente vai permanecer no local, só se houver uma fonte boa de alimento. A eliminação do abrigo é a ação mais forte a ser tomada.

Para os terraços a solução seria esticar vários fios de nylon em direções e ângulos diferentes. O Pombo vem para pousar e esbarra num desses fios que ele não percebeu. Depois de algumas tentativas ele vai buscar outros pousos. Esses fios devem permanecer esticados durante um bom tempo pois os Pombos são muito apegados ao local principalmente se já estiverem há bastante tempo por lá. Não se recomenda o uso de venenos ou de espingardinha. São recursos que além de cruéis não vão impedir que novos bandos de Pombos se instalem.

O problema com Pombos é mundial e em outros países há constantemente campanhas de conscientização da população. Isso aconteceu na Inglaterra na famosa Trafalgar Square, onde havia um grande número de carrocinhas que vendiam milho para os Pombos e foi necessariamente um trabalho árduo para a retirada desses carrinhos e para a redução da população de Pombos. Hoje Portugal enfrenta uma grande infestação e anuncia que pretende usar anticoncepcional para Pombos para resolver o problema.

Pergunta 6: Gostaria que me informasse quais os produtos que posso utilizar para repelência de Pombos em um prédio hospitalar, pois a legislação brasileira protege esses animais da mortandade. Os Pombos estão nos parapeitos das janelas de um edifício de 8 andares onde funciona um centro médico. Há bastante espaço para eles se alojarem e frequentemente fazem ninhos. O maior problema é que os aparelhos de ar condicionado que ficam em cada janela estão trazendo para dentro das salas odores dos animais, das fezes e muitas vezes seus vestígios e propicia também calor, pois se alojam justamente embaixo dos aparelhos. Já orçamos telas, mas não querem modificar a estética do prédio. Os Pombos causam muitos estragos, pois suas fezes rapidamente sujam todos os parapeitos, por mais que se lave e sempre voltam a sujar tudo, além de sujarem também os carros dos clientes que ficam estacionados na área externa.

Resposta: Os Pombos devem ser repelidos desses ambientes e a experiência nos mostra que a grande maioria dos casos tem solução. Talvez não uma solução mágica, mas que seja baseada nas técnicas disponíveis preservando a saúde e a integridade predial. O uso de espículas, de molas, de telas, de gel, de espumas, de cortinas, de artefatos que vão sendo muitas vezes construídos a partir da necessidade de cada um. Uma coisa certa, a pior maneira é através de envenenamento ou de tiro. Os Pombos retornam, muitos sobrevivem e voltam. Certa vez ouvi em um hospital o administrador contar que tinha dificuldade em repelir os Pombos, pois os pacientes apreciavam ouvir o arrulhar dos Pombos em suas janelas. Esse é um argumento que não justifica colocar em risco a vida de tantas pessoas. Há outros pássaros lindos e cantadores que vão poder alegrar a vida de quem está hospitalizado, não é mesmo?

Pergunta 7: Onde eu moro tem muitos Pombos no telhado da vizinha, e a janela do meu quarto fica de frente para o telhado. Muitas vezes os Pombos sentam na minha janela. Queria saber se mesmo eles ficando no telhado da vizinha corro algum risco.

Resposta: Os Pombos são realmente responsáveis por liberar microrganismos patogênicos no ambiente e conhecer esse assunto é um passo para a conscientização. A proximidade de um criatório com acúmulo de excretas de Pombos é um alto risco à saúde pública. As fezes ressecadas liberam esporos de fungos que são aspirados pelas pessoas envolvidas. As medidas de controle devem ser bem estudadas para que o processo usado tenha um resultado definitivo.

Pergunta 8: Gostaria de informações e sintomas sobre a toxoplasmose. As fezes de Pombos causam toxoplasmose?

Resposta: Muitas pessoas preocupam-se com a toxoplasmose, que o Pombo possa de alguma forma transmitir essa doença para as pessoas. Na verdade, o que se sabe até a data de hoje é que a toxoplasmose não pode ser transmitida para humanos através da inalação de excretas de Pombos. A contaminação só ocorre se o homem ingerir o microrganismo na forma de oocisto. Este encontra-se em fezes de gatos filhotes, que são o hospedeiro definitivo do microrganismo. Os Pombos podem eventualmente até ingerir fezes de gatos contaminadas, podem até liberar nas próprias fezes, mas não há possibilidade de que o homem entre em contato com o protozoário, a não ser se ingerir carne de Pombo crua ou mal cozida, o que não é muito provável.

Pergunta 9: Gostaria de mais informações sobre o gel repelente aplicado na superfície onde o Pombo pousa.

Resposta: O gel repelente é um material viscoso aplicado com o mesmo aplicador usado para distribuir silicone. O gel deve ser aplicado em sentido de zig zag nas superfícies onde os Pombos pousam. Não é um produto caro mas tem vida curta (2 a 3 meses), necessitando ser removido e reaplicado. A poeira ambiental costuma se depositar no gel e na sua eficiência se perde. Os Pombos pousam na superfície com o gel e sentem-se escorregadia. Procuram assim evitar o ponto de pouso onde houver o gel.


sábado, 3 de dezembro de 2016

' Afinal continuamos comendo carne '



Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas, religiosas. Embora a porcentagem de vegetarianos venha se mantendo mais ou menos estável ao longo da história, há um interesse crescente no assunto – restaurantes naturais e vegetarianos ficam lotados na hora do almoço, tornou-se comum, pelo menos nas classes médias urbanas, a preocupação em reduzir o consumo de carne, e surgiu uma indústria bilionária de produtos naturais que, nos Estados Unidos, já movimenta quase 8 bilhões de dólares.

Esta reportagem não ensina você a comer. Felizmente, essa ainda é uma decisão pessoal, que depende apenas do seu julgamento sobre o que é certo e o que é errado e – não menos importante – do seu gosto. O que essa matéria faz é tentar ajudar na decisão com o máximo possível de informação insuspeita sobre cada um dos muitos aspectos envolvidos nessa importante decisão. Se você, depois de terminá-la, vai devorar um brócolis ou um cheeseburger, já não é assunto nosso. Só esperamos que, terminado o texto, ao decidir o que comer você saiba o que está fazendo e o que isso implica.

O que é a carne?

A faca desce macia, cortando sem esforço o pedaço de picanha. Dourada e crocante nas bordas, tenra e úmida no centro. Você põe a carne na boca e mastiga devagar, sentindo o tempero, a maciez, a temperatura. O sumo que escorre dela enche a boca e, com ele, o sabor incomparável. Carne é bom.

Mas que tal assistir à mesma cena sob outra perspectiva? No prato jaz um pedaço de músculo, amputado da região pélvica de um animal bem maior que você. Com a faca, você serra os feixes musculares. A seguir, coloca o tecido morto na boca e começa a dilacerá-lo com os dentes. As fibras musculares, células compridas – de até 4 centímetros – e resistentes, são picadas em pedaços. Na sua boca, a água (que ocupa até 75% da célula) se espalha, carregando organelas celulares e todas as vitaminas, os minerais e a abundante gordura que tornavam o músculo capaz de realizar suas funções, inclusive a de se contrair. Sim, meu caro, por mais que você odeie pensar que a comida no seu prato tenha sido um animal um dia, você está comendo um cadáver.

Carne é tecido animal, em geral muscular. As fibras que a compõe são feixes de células musculares, enroladas umas nas outras. Em volta delas há uma cobertura de gordura, cuja função é lubrificar o músculo e permitir que ele relaxe e se contraia suavemente. Ou seja, não há carne sem gordura.

A diferença entre carne branca e vermelha é a quantidade de ferro no tecido – o mesmo mineral que dá cor ao sangue. As células de animais grandes, como o boi, são ricas de uma molécula chamada mioglobina, que contém ferro. Peixes e galinhas, por terem o corpo menor, não precisam de reservas tão grandes de nutrientes nas células e, por isso, têm menos mioglobina. Animais mais velhos têm carne mais vermelha – isso explica a brancura do frango industrializado, abatido antes dos dois meses, se comparado à galinha caipira. Essa última tem mais tempo para acumular mioglobina nas células.






A humanidade cria quase 15 bilhões de galos e galinhas
Números, números, números

Há no mundo 1,35 bilhão de bois e vacas. Criamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhão de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos. Some todos eles e temos uma população de animais quase equivalente à humana dedicando sua vida a nos alimentar – involuntariamente, é claro. E isso porque ainda não incluímos na conta a população de frangos e galinhas abastecendo a Terra de ovos e carne branca: 14,85 bilhões.

Só no Brasil há 172 milhões de cabeças de gado bovino – uma para cada cabeça humana. Nosso rebanho bovino só é menor que o da Índia, onde é proibido matar vacas. Na média, um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina por ano – ou seja, uma família de cinco pessoas devora uma vaca em 12 meses. Somos o quarto país do mundo onde mais se come carne bovina. Um brasileiro médio come também 32 quilos de frango e 11 quilos de porco todo ano.


Não existe carne sem gordura. Além da camada protetora que protege algumas peças, há gordura entre as células
Todos os tipos de vegetarianos

Ovolactovegetarianos: não comem carne de nenhum tipo, mas consomem ovos, leite e derivados. Em geral, quando alguém diz que é “vegetariano”, é essa dieta que ele segue.
Lactovegetarianos: provavelmente o mais numeroso dos grupos, já que essa dieta é predominante no sul da Índia – por razões religiosas. Nada de carne, mas leite e derivados estão liberados. O ovo é terminantemente proibido, por conter a “vibração da vida”.
Vegans: não consomem nada de origem animal: carne, ovos, leite, mel. Roupas de couro, lã e seda também estão proibidas.
Semivegetarianos: aquelas pessoas que afirmam ser vegetarianas, mas abrem exceções para peixes ou aves. São vistos com desdém pelos outros grupos. A principal razão para essa dieta, que recusa só a carne vermelha, é o cuidado com a saúde.
Macrobióticos: dieta tradicional japonesa, que pode ser vegan, ovolactovegetariana ou incluir peixe. Há várias restrições – a dieta acompanha as estações do ano, o cardápio tem que incluir uma árvore toda, da semente ao fruto. Como foi elaborada no Japão, a macrobiótica não contempla a realidade brasileira (as estações do ano, por exemplo, são diferentes aqui). Isso pode levar a deficiências alimentares.
Crudivorismo: só comem vegetais crus. É preciso cuidado com essa dieta, porque ela exclui os grãos, que são as melhores fontes de proteína e ferro dos vegetarianos. Há risco de desnutrição.
Frugivorismo: os frugivoristas não só rejeitam carne, como evitam machucar ou matar vegetais. Por isso, comem apenas aquilo que as plantas “querem” que seja comido: frutas e castanhas. Consideram o consumo de folhas, caules e raízes uma violência. A dieta não é das mais saudáveis, já que é pobre em proteínas e em minerais.


O espaço por galinha numa granja moderna é de 12×30 cm
Carne faz mal?

Quem come mais carne – especialmente carne vermelha – tem índices maiores de câncer e de enfarte, as duas principais causas de morte do planeta. É o que dizem as estatísticas. Carne faz mal, então? Não é tão simples.

Nos últimos 30 anos, as autoridades dos Estados Unidos vêm aconselhando os americanos a diminuir a ingestão de carne vermelha e manteiga por causa de suspeitas de que a gordura saturada presente em grande quantidade nesses alimentos aumenta a taxa de colesterol e, com isso, causa ataques cardíacos. O conselho virou norma no mundo todo – a Organização Mundial da Saúde e vários governos adotaram a política de reduzir a gordura saturada. Tudo muito bom, só que tem algumas peças que, mesmo após três décadas de pesquisas, continuam não se encaixando no quebra-cabeças.

Uma delas é a Europa mediterrânea. Lá, desde que terminaram os rigores da Segunda Guerra, o consumo de carne vermelha tem aumentado. Pois bem: a taxa de doenças cardíacas diminuiu no mesmo período. E a França? O país da pâtisserie, fã ardoroso das carnes vermelhas de todo tipo, onde qualquer almoço começa refogando o que quer que seja em manteiga derretida, tem uma das mais baixas taxas de mortes por ataque cardíaco do mundo.

No ano passado, Gary Taubes, correspondente da revista americana Science e um dos principais escritores de ciência do mundo, escreveu um longo artigo no qual classificava o medo da gordura saturada como “dogma”. Taubes afirma que, mesmo com tanta pesquisa, não há prova de que gordura saturada e enfartes estão ligados. E vai além: diz que a propaganda do governo só serviu para fazer com que os americanos comessem mais – ao evitar a gordura, eles acabavam ingerindo mais carboidratos, mais açúcar, para manter a quantidade diária de calorias (o corpo tende a reclamar quando as calorias são insuficientes para saciá-lo – isso se chama fome). Resultado: o índice de obesidade passou de 14% para 22% no país. E obesidade, sabidamente, é um sério fator de risco para doenças cardíacas.

A maior parte do mundo médico ainda acredita na malignidade da carne vermelha e da manteiga. (“Não tenho dúvidas da relação entre gordura saturada e doenças cardiovasculares”, afirma o nutricionista argentino Cecílio Morón, oficial da agência da ONU que cuida de alimentação, a FAO. Denise Coutinho, que coordena a política de nutrição do governo brasileiro, repetiu quase as mesmas palavras.) Mas o artigo de Taubes serviu para mostrar que nutrição não é baseada numa relação simples de causa e conseqüência, tipo “mais carne, mais ataques cardíacos”.


Muita gente que come carne de peixe se considera vegetariana

Mas, afinal, o que sobra da discussão? Dietas de países gelados como a Escócia e a Finlândia, onde o único vegetal consumido em quantidade é o tabaco, estão equivocadas. Os altos índices de ataques cardíacos por lá são prova incontestável. Mas os franceses, e os mediterrâneos em geral, devem estar fazendo alguma coisa certa. Sua dieta é variada e rica em vegetais frescos, azeite de oliva (tido como redutor de colesterol), vinho e carne de todos os tipos. Ao contrário dos americanos, esses povos comem com calma, em ambientes descontraídos. O que os está salvando dos ataques cardíacos? Os legumes, o azeite, o vinho, a conversa mole depois do almoço, a brisa marinha? Ninguém sabe ao certo. Provavelmente é uma conjunção de todos esses fatores.

O raciocínio vale em parte para o câncer também. Os comedores de carne morrem mais de câncer de intestino, boca, faringe, estômago, seio e próstata. Ainda assim, o elo entre carne e câncer é meio frouxo. Tudo indica que, se é que a carne aumenta mesmo a incidência de câncer, sua influência é bem pequena – um fator entre muitos.

Agora, de uma coisa ninguém tem dúvidas: vegetais fazem bem. Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras claramente reduz as chances de ter câncer no esôfago, na boca, no estômago, no intestino, no reto, no pulmão, na próstata e na laringe, além de afastar os ataques cardíacos. Frutas e legumes amarelos têm caroteno, que previne câncer no estômago; a soja possui isoflavona, que diminui a incidência de câncer de mama e osteoporose; o alho tem alicina, que fortalece o sistema imunológico; e por aí vai – essa lista poderia ocupar o resto da revista. Em resumo: não está bem claro se a carne faz mal. Muito bem, pelo jeito, não faz. Mas, para ser saudável, o importante é ter uma dieta rica e variada de vegetais. Seja ela vegetariana ou não.


Uma família média brasileira come uma vaca por ano
Dá para viver sem carne?

Dá. O vegetarianismo exige cuidados e conhecimentos de nutrição, mas com certeza pode-se ter uma dieta saudável sem carne. Aliás, o fato de exigir cuidados a faz mais saudável. Um vegetariano tende a prestar mais atenção no que come e nos efeitos disso sobre seu corpo. E isso, em si, já é um hábito salutar. Muitos nutricionistas afirmam que as crianças não devem, de maneira nenhuma, ficar sem proteína animal, sob risco de terem o desenvolvimento cerebral prejudicado. Essa regra deve ser seguida a não ser que os pais saibam muito bem o que estão fazendo, conheçam as propriedades de cada alimento e – não menos importante – que a criança queira.

Os ovolactovegetarianos não têm problemas com proteínas porque os derivados de animais são tão protéicos quanto a carne. O perigo é que leite e ovos são pobres em minerais, especialmente ferro, que é fundamental para a saúde – ele é usado para construir a hemoglobina, uma molécula cuja função é carregar o oxigênio do pulmão para as células. Sem ferro, portanto, as células podem morrer. Isso é a anemia.

Ou seja, ovolactovegetarianos não podem basear sua dieta no leite, nos ovos e nos queijos, sob risco de ficarem sem nutrientes valiosos. É preciso comer muitos e variados vegetais, em especial soja, feijão, brócolis, couve, espinafre – todos ricos em ferro. A quantidade é fundamental, porque o ferro dos vegetais é menos absorvido pelo corpo que o de origem animal. Uma boa dica é acompanhar as refeições com suco de laranja, já que a vitamina C ajuda na absorção do ferro. Outra fonte de ferro é a casca de grãos como o arroz e o trigo. Por isso, eles devem ser sempre integrais. Denise Coutinho, responsável pela política nutricional do governo federal, adiantou à Super que está em estudo uma medida para tornar a fortificação com ferro obrigatória nas farinhas de trigo e de milho. A medida, que visa combater a desnutrição, vai acabar ajudando a vida dos vegetarianos.

Já para os vegans, a palavrinha mágica é “soja”. Se você não gosta desse grão ou é alérgico a ele, virar vegan vai ser bem mais penoso. A questão é a seguinte: suprir suas necessidades protéicas com carne é fácil. “Afinal, você é feito de carne”, diz Pedro de Felício, especialista em produtos de origem animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um bife tem a mesma composição que os músculos do seu corpo. As proteínas das quais ele é feito são, também, iguais às suas, feitas com os mesmos aminoácidos. Portanto, contêm tudo o que você precisa.

Proteínas vegetais são mais simples. Elas não contêm todos os componentes necessários. A soja, entre os vegetais, é o que tem as proteínas mais completas. Há outras fontes de proteína, como o feijão, mas, se você não come soja, vai precisar de grandes quantidades e de muita variedade de vegetais para juntar todos os aminoácidos de que precisa. “Desde que sigam essa regra, os vegans tendem a ter uma dieta até mais equilibrada que os ovolactovegetarianos, já que não ocupam lugar no estômago com ovos e leite, que são pobres em vários nutrientes”, diz o nutricionista vegan George Guimarães.
Uma questão para os vegans é a vitamina B12, que o corpo não produz e não existe em vegetais. A B12 é fabricada por bactérias e pode ser encontrada nos animais (que comem bactérias ao ciscar ou pastar). Mas suprir as necessidades de B12 é fácil: qualquer biscoito ou cereal com a palavra “fortificado” no rótulo contém a vitamina. Ela também é vendida em cápsulas.



O patê foie gras é resultado da tortura dos gansos
Somos vegetarianos por natureza?

Não. “O homem tem dentes pequenos e sistema digestivo curto, características de onívoros”, afirma o antropólogo físico Walter Neves, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em homens pré-históricos. Ou seja, nosso organismo está preparado para comer de tudo, inclusive carne. Somos como o chimpanzé, que, além de plantas, cata insetos, lagartos e roedores. E diferentes do gorila, que só come plantas e, para isso, tem dentes molares imensos e uma barriga enorme (se você também tem uma, por favor não tome isso como uma comparação). Os dentes grandes servem para criar mais área de mastigação e, assim, triturar melhor as folhas e tirar delas os escassos nutrientes. A barriga abriga o intestino e o estômago, que são bem maiores para dar mais tempo ao organismo de absorver o que interessa.

Walter afirma que, num passado longínquo, nos alimentávamos como chimpanzés. Mas há 2,5 milhões de anos nossa dieta mudou. Começamos a fabricar instrumentos de pedra e as novas armas permitiram que incluíssemos no cardápio a carne de grandes mamíferos. Assim, nossa ingestão de proteína animal aumentou demais. “Sem isso, não teríamos desenvolvido um cérebro grande”, diz Walter. O aumento súbito de proteína na dieta permitiu que nosso corpo investisse mais recursos no sistema nervoso. Hoje, de 30% a 40% de tudo o que comemos vira combustível para fazer o cérebro funcionar. Sem o aumento na ingestão de carne, isso jamais seria possível.

Mas, na mesma época, surgiu um gênero de humanídeos estritamente vegetarianos. Conhecidos como Paranthropus, eles tinham grandes molares, eram barrigudos e não comiam animais de nenhuma espécie, nem insetos. Esses humanos vegetarianos conviviam com os humanos caçadores – há um lago no Quênia onde foram encontradas ossadas das duas espécies, com aproximadamente a mesma idade, a poucos quilômetros de distância.

O Paranthropus se extinguiu há 1,2 milhão de anos, provavelmente porque sua dieta mais restritiva o atrapalhou na competição com nossos ancestrais generalistas. Nossos primos vegetarianos deviam ser muito menos espertos que seus contemporâneos Homo, como atesta o tamanho de seu cérebro. “Eles investiram os recursos do organismo em dentes, os Homo investiram no cérebro”, diz Walter.

Quer dizer que precisamos comer carne para raciocinar? Não. Há 2,5 milhões de anos era assim porque não sabíamos plantar e nossa dieta quase não incluía plantas protéicas. Os únicos vegetais que comíamos eram frutas, folhas e raízes. Hoje, é possível ter uma dieta rica em proteínas sem carne.


No Brasil, o manejo dos bovinos ainda é muito brutal

Vaca, a onipresente

Há quem diga que o problema de comer carne é moral: não teríamos o direito de matar para comer. Mas, se você acha que basta parar de comer carne para acabar com a matança, está enganado. Há muito mais produtos no mercado que incluem animais mortos do que imagina a nossa vã filosofia.

Para começar, boa parte da indústria de vestuário depende de animais. O couro, você sabe, é a pele de bichos abatidos. Para separar o fio de seda, é preciso ferver o bicho-da-seda. Além disoo, filmes fotográficos e de cinema são recobertos por uma gelatina, retirada da canela da vaca. Ou seja, um vegan radical só tira fotos digitais. Dos pés bovinos saem também substâncias usadas na espuma dos extintores de incêndio. O sangue bovino rende um fixador para tinturas e a gordura acaba em pneus, plásticos, detergentes, velas e no PVC. Cremes de barbear, xampus, cosméticos e dinamite derivam da glicerina, substância que contém gordura bovina. A quantidade de medicamentos feitos com pedaços de gado, do pâncreas ao cordão umbilical, passando pelos testículos, é imensa.

Há um pouco das vacas também em vários produtos da indústria alimentícia – e não estamos falando só de bife à parmegiana. A gelatina deve a consistência ao colágeno arrancado da pele e dos ossos. Aliás, quase toda comida elástica contém colágeno – da maria-mole ao chiclete. Os queijos curados são feitos com uma enzima do estômago do bezerro. Além dos bovinos, vários outros animais são usados pela indústria de comida. Vegans devem ficar de olho nos rótulos e evitar dois corantes: coxonilha e carmin. O primeiro, usado para tingir de azul, é feito de besouros moídos. O segundo, que pinta de vermelho, é feito de lesmas amassadas.


Hoje são abatidos, em um dia, nos EUA, tantos frangos quanto os que eram mortos em um ano em 1930
O planeta precisa de carne?

Na verdade, se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43 000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.

Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos do mundo viram comida de vaca. No Brasil, o gado quase não come grãos – graças ao clima é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado. Outra questão é que a pecuária bovina estimula a monocultura de grãos. Num mundo vegetariano haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome.

E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. “Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não pára de se expandir”, diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global. Os gases da flatulência de bois e ovelhas – não, isso não é uma piada – estão entre os principais causadores do efeito estufa.


A indústria de frango acabou com as granjas tradicionais
Como vivem – e morrem – os animais

Boi: no Brasil, os bois são criados soltos. Provavelmente, essa forma de criação é menos terrível que a de países frios do Cone Sul e da Europa, onde os invernos matam o pasto e fazem com que os animais fiquem fechados em áreas apertadas, comendo só ração. Isso não quer dizer que seja o melhor dos mundos. Os animais muitas vezes passam fome, vivem cheios de parasitas e apanham copiosamente. “O manejo no Brasil é muito bruto”, diz o etólogo Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal, especialista no assunto.

Não existe aqui no Brasil a produção de vitela – carne muito branca e macia de bezerros mantidos em jaulas superapertadas para evitar que se movimentem. Para acentuar a brancura da carne, os criadores não permitem que o bezerro coma grama ou grãos, só leite – a dieta tem que ser pobre em ferro e em outros nutrientes, forçando uma anemia no animal. Com isso, torna-se necessário o consumo de antibióticos, para diminuir o risco de infecções do animal desnutrido. “A vitela deveria ser proibida no mundo inteiro”, afirma o agrônomo e etólogo Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, especialista em técnicas de manejo da Universidade Federal de Santa Catarina.

Para matar um boi, primeiro se dá um disparo na testa com uma pistola de ar comprimido. O tiro deixa o animal desacordado por alguns minutos. Ele então é erguido por uma argola na pata traseira e outro funcionário corta sua garganta. “O animal tem que ser sangrado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a proliferação de microorganismos”, diz Ari Ajzenstein, fiscal do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que zela para que as regras de higiene e de bons tratos no abate sejam cumpridas.

Em 1997, a ativista de direitos dos animais americana Gail Eisnitz escreveu o bombástico livro Slaughterhouse (“Matadouro”, inédito no Brasil), no qual acusava os matadouros de sangrar muitos animais ainda conscientes. “Não vou dizer que isso não acontece no Brasil, mas não é freqüente”, afirma Mateus Paranhos.

O abate a marretadas está proibido no país, o que não quer dizer que não aconteça – já que quase 50% dos abates são clandestinos e, portanto, sem fiscalização. O problema da marretada é que não é fácil acertar o boi com o primeiro golpe. Muitas vezes, são necessários dezenas para desacordá-lo.

Galinhas: essas quase sempre levam uma vida miserável. Vivem espremidas numa gaiola do tamanho delas. As luzes ficam acesas até 18 horas por dia – assim elas não dormem e comem mais (isso acontece principalmente com as que produzem ovos). Seus bicos são cortados para que não matem umas às outras e para evitar que elas escolham que parte da ração querem comer – caso contrário, ciscariam apenas os grãos de seu agrado e deixariam de lado alimentos que servem para que engordem rápido.

A morte é rápida. As galinhas ficam presas numa esteira rolante que passa sob um eletrodo. O choque desacorda a ave e, em seguida, uma lâmina corta seu pescoço. O esquema é industrial. Hoje, nos Estados Unidos, são abatidas, em um dia, tantas aves quanto a indústria levava um ano para matar em 1930. Nas granjas de ovos, pintinhos machos são sacrificados numa espécie de liquidificador gigante. Parece horrível, mas é a mais indolor das mortes descritas aqui.

Porcos: outros azarados. Não têm espaço nem para deitar confortavelmente. “São confinados do nascimento ao abate”, diz Pinheiro Filho. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com um choque elétrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitz afirma, em seu livro, que muitos porcos caem na água fervendo ainda vivos, mas isso provavelmente é incomum.

Patos e gansos: os mais infelizes dos nossos alimentos provavelmente são os gansos e patos da França. O foie gras, um patê tradicional e sofisticado, é feito com o fígado inflamado das aves. Os produtores colocam um funil na boca delas e as entopem de comida por meses, fazendo com que o fígado trabalhe dobrado. Isso provoca uma inflamação e faz com que o órgão fique imenso, cheio de gordura. Ou seja, o patê, na prática, é uma doença. Há movimentos pedindo o banimento do produto. Não se produz foie gras no Brasil.
E o que fazer a respeito

Há uma verdade inescapável: ao comermos carne, somos indiretamente responsáveis pela morte de seres que têm pai, mãe, sofrem, sentem medo. “Os vertebrados sentem dor”, diz Rita Paixão, fisiologista e bioeticista da Universidade Federal Fluminense. Isso é um fato e, se você pretende continuar comendo carne, é bom se acostumar com ele. Mas podemos ao menos minimizar o sofrimento, escolhendo comidas que impliquem em menos crueldade. O mercado oferece alternativas.

Uma delas são os ovos caipiras, produzidos por galinhas criadas soltas, em companhia de galos, sob o sol – um desinfetante natural –, comendo o que querem com seus bicos inteiros. A maior granja brasileira de ovos caipiras é a Yamaguishi, que distribui “ovos da galinha feliz” pela região de Campinas e em São Paulo. “Os ovos que nós produzimos… quer dizer, que nossas galinhas produzem”, diz Marcelo Minutti, gerente da granja, “são mais saborosos e não contêm substâncias químicas.”

Frangos caipiras, criados em condições semelhantes, também já são encontrados nos supermercados. Sua carne é mais dura, mas é mais saborosa e a chance de conter substâncias perigosas, como hormônios e antibióticos, é mínima. A rede Carrefour, graças a uma política da sede francesa, é uma das que oferece o produto. Ele faz parte da linha “garantia de origem”, só de produtos feitos com essa preocupação.

Os bois certificados com “garantia de origem” são bem alimentados e criados por pessoas treinadas por especialistas em comportamento animal para entender como ele pensa e manejá-lo sem violência. “Agora vamos produzir porcos com origem garantida, criados soltos”, diz o veterinário Adolfo Petry, responsável, no Carrefour, pelos produtos animais garantidos com o selo. Produtos assim custam entre 50% e 100% a mais que os convencionais. Apesar do interesse crescente do consumidor em diminuir a crueldade (numa pesquisa feita pela Super na internet, 85% das 2408 pessoas disseram que deixariam de comer alimentos se soubessem que eles causam sofrimento para animais), a procura por esses produtos ainda é muito pequena.


Porcos passam a vida inteira confinados

A vaca e a humanidade

A criação de gado foi uma das maiores forças ditando os rumos da humanidade. Essa é a opinião do escritor Jeremy Rifkin, ativista polêmico, vegetariano convicto e pesquisador competente – um dos maiores críticos da biotecnologia e, por tabela, um dos maiores inimigos do establishment científico. Rifkin, em seu Beyond Beef (“Além da carne”, sem versão em português), mostra que devemos muitas coisas importantes ao hábito de criar vacas para matar. Veja algumas delas:

Deus: algumas das primeiras pinturas nas cavernas representavam vacas. Devemos à carne nossas primeiras manifestações artísticas e, possivelmente, a origem das nossas religiões – essas pinturas são o primeiro registro de uma humanidade preocupada com o mundo espiritual, acertando as contas com os animais que matava.

Diabo: as tribos nômades de cavaleiros que habitavam a Eurásia há 6 000 anos juntavam gado selvagem e o criavam nos pastos naturais. Esses pastores cultuavam um deus-touro, chamado Mithra, símbolo da força, da masculinidade, do poder. A necessidade de pastos novos a cada vez que acabava o antigo fazia deles expansionistas por natureza e, no início da era cristã, eles já tinham se espalhado da Índia a Portugal. Com isso, o culto a Mithra tornou-se muito popular no Império Romano. Para contê-lo, a Igreja adotou sua data sagrada, o dia de Mithra – 25 de dezembro. Estava estabelecido o Natal. Depois, no Concílio de Toledo, em 447, a Igreja publicou a primeira descrição oficial do diabo, a encarnação do mal: um ser imenso e escuro, com chifres na cabeça. Como Mithra.

Grandes navegações: na Idade Média, a carne raramente era fresca e, por isso, havia muita demanda de temperos para disfarçar o sabor. Ao mesmo tempo, tinham se esgotado os pastos da Europa – não havia mais para onde levar os rebanhos crescentes. Resultado: os europeus caíram no mar em busca de um caminho para as especiarias indianas e de espaço para soltar os bois. Acharam mais espaço do que imaginavam: a América. Hoje, Estados Unidos, Brasil, Uruguai e Argentina têm alguns dos maiores rebanhos do mundo.

Conquista do Oeste: em 1870, boa parte dos Estados Unidos tinha se transformado em pasto. Mas havia um obstáculo para a expansão. Os campos do oeste americano estavam tomados por hordas de búfalos, que serviam de caça para as tribos indígenas. O governo americano não queria os búfalos, difíceis de manejar, e temia os índios. Adotou, então, uma solução simples: matar os búfalos e, assim, deixar os índios sem comida. É assim que Rifkin resume a heróica “conquista do Oeste”.
Naquela década, matar búfalo foi o que mais se fez na região. Havia “excursões turísticas” nas quais um trem emparelhava com manadas e os passageiros começavam a atirar. As carcaças eram abandonadas ao longo da ferrovia. Cowboys como Buffalo Bill se tornaram lendários por matar até 40 búfalos numa caçada. Em dez anos, as manadas, que eram tão grandes que levavam horas para passar, sumiram. Em 1881, a tradicional Dança do Sol da tribo kiowa foi adiada por dois meses porque os índios não conseguiam encontrar um só búfalo para o sacrifício ritual. Finalmente, acharam um animal solitário e o mataram. No ano seguinte, não encontraram nenhum.

Indústria moderna: no final do século XIX surgiu uma novidade na indústria da carne: a esteira rolante. Em vez de depender de um açougueiro habilidoso, o matadouro podia usar vários funcionários pouco especializados, cada um fazendo um pouco do trabalho, enquanto a carcaça se movia sozinha. Uma “linha de desmontagem”. Um dia, um mecânico que vivia em Detroit foi visitar essa linha. Anos depois, esse mecânico admitiria que a indústria do abate foi uma forte inspiração para a sua própria fábrica, batizada em 1903 com seu sobrenome. O nome desse mecânico? Henry Ford.

Agora é com você. O que vai ser? Brócolis ou cheeseburger?

14 Frutas permitidas para cachorros


Saiba quais são as frutas permitidas para os cães, que você pode dar sem medo ao seu melhor amigo.

Muitos de nós adoramos dividir comida com nossos pets, e ainda mais se você é daqueles que não aguenta a cara de pidão do seu cachorro toda vez que senta pra comer, vai adorar saber que existem frutas saudáveis que podemos compartilhar sem medo.



A melhor parte? Nossos peludos podem usufruir dos mesmos benefícios que certas frutas trazem para nós, como melhor digestão, melhora do sistema imunológico, vitaminas, nutrientes, antioxidantes, pele e cabelo – ops – pelos mais saudáveis.

É importante ressaltar que o sistema digestivo dos cachorros é diferente do dos seres humanos. Por essa razão, algumas frutas são perfeitamente seguras para nossos amigos de quatro patas, enquanto outras podem causar sérios problemas e, em casos extremos, até a morte.

ALGUMAS DICAS

Vamos então descobrir quais frutas além de seguras são benéficas para nossos peludos, e quais devem ser absolutamente evitadas e porque, mas antes de começar, algumas dicas:
Procure sempre informar ao seu veterinário quaisquer mudanças que você pretenda fazer na dieta do seu animal;
Comece sempre com pequenas porções; seu cão pode ter uma alergia ou a fruta pode causar alguma outra reação como dor de estômago, por exemplo. Além disso, frutas também têm calorias;
Se possível, comece a oferecer frutas para seu cachorro quando ele ainda for pequeno, assim ele se habitua desde cedo;
Se o seu cachorro não gosta de fruta, você pode misturar a polpa na ração ou usar o suco, desde que seja natural e sem aditivos (açúcares);
Certifique-se de ter lavado muito bem as frutas, descaroçado e removido casca e sementes pois algumas delas são extremamente tóxicas.
AS MELHORES FRUTAS PARA SEU CACHORRO

Abacaxi – Nada como um pedaço carnoso, suculento e extremamente doce de abacaxi para melhorar a absorção de proteínas do seu cachorro. Além disso, essa ótima fruta é cheia de vitaminas, minerais e fibras.



Banana – Abarrotada de potássio, vitaminas, fibras e cobre e com pouco sódio e colesterol, as bananas são um petisco pra ser oferecido só de vez em quando porque têm muito açúcar.



Framboesa – Essas frutinhas são particularmente benéficas para focinhos mais idosos porque têm propriedades anti-inflamatórias que ajudam com a dor e pressão das articulações. Além disso, têm alto teor de fibras, manganês e vitamina C e poucos açúcares e calorias. Mas atenção! A framboesa tem um pouco de Xilitol que é uma toxina, então ofereça pequenas quantidades por vez ao seu bichinho.



Kiwi – Kiwis são uma fonte fantástica de vitamina C, potássio, cálcio, ácido fólico, ferro, fitonutrientes, fibras e outras vitaminas. Uma fatia é um ótimo petisco.



Laranja – Você pode dar a fruta inteira se seu cachorro for de médio a grande porte e 1/3 de fruta se ele for pequeno. Retire a parte branca e as sementes para não prejudicar a digestão do animal. O excesso de açúcar da laranja pode prejudicar o sistema gástrico do seu cão, então nada de excesso! Laranjas são vitamina C pura!







Maçã – Fonte de antioxidantes, fibras, vitaminas A e C, com pouca proteína e gordura, as maçãs são ótimas para cachorros mais velhos , mas cuidado com as sementes, são tóxicas!



Manga – Olha esta lista: Vitaminas A, B6, C e E, potássio, beta-caroteno e alfa-caroteno. Ufa! Precisa dizer mais? Mas nada de dar a fruta inteira! O caroço pode sufocar além de ter um pouco de cianeto!



Melancia – Gente, vamos lembrar de tirar a casca antes e o branquinho também – se não pode bloquear o trato intestinal do cãozinho! No mais, tá tudo certo; além de hidratar muito – ela é 92% água – a melancia é um coquetel de vitaminas A, B6, C e potássio.



Melão Cantaloupe – Uma fatia é um petisco de bom tamanho, e olha só que combo super-ultr-mega-max: vitaminas A, B e C, fibra, betacaroteno, potássio, magnésio, tiamina, niacina, ácido pantotenico e ácido fólico.



Mirtilo – O mirtilo é aquela frutinha azul também conhecida como blueberry. Essa fruta é um superalimento cheia de antioxidantes que previnem dano às células humanas e caninas além de possuírem também fibras e fitoquímicos.



Morango – Sim, mas ó eles, nada de chantili! Além de fibras e vitamina C, essas frutinhas têm umas enzimas que ajudam a limpar os dentes do seu cão. O único senão é que têm muito açúcar, então dê com moderação!



Oxicoco – O famoso cranberry é cheio de fibras e vitamina C, ajuda com infecções urinárias e equilibra a acidez no corpo canino. A dose diária pode ser de 2 colheres de sopa de Cranberries cozidas – é só cozinhar na panela tapada com água até ficarem macias e depois escorrer e adicionar à comida do seu cachorro.



Pera – Essa fruta é um petisco cheio de fibras, vitaminas C e K e cobre. Como no caso da maçã, remova as sementes e o centro e corte a pera em pedaços mastigáveis.



Pêssego – Livre-se do caroço e corte o pêssego em fatias antes de oferecê-lo ao seu amigo canino. Essa fruta cheia de fibras e vitamina A pode ajudar a combater infecções.

Entenda sobre a raça Pit Bull



A origem do Pit Bull está ligada a duas vertentes e ambas admitem o século XVII como início do desenvolvimento da raça. Enquanto uma vertente acredita que o Pit Bull corresponde ao antigo Bulldog, a outra considera o Pit Bull uma versão melhorada do Bull and Terrier (ou Staffordshire Bull Terrier), um descendente direto do Bulldog.





A partir de registros fotográficos, foi possível comprovar a função inicial do Pit Bull: cão de briga. Ao serem importados da Irlanda e da Inglaterra para os Estados Unidos no século XIX, os Pit Bulls passaram a ter outra função além de cães de rinha. A raça começou a ser usada como apanhadora de gado e porcos desgarrados. Mais do que isso, o Pit Bull servia como guarda de propriedades.

Depois de se popularizar nos EUA, o Pit Bull foi reconhecido, em 1935, pelo American Kennel Club (AKC). Devido à semelhança dos nomes, muitos confundem o Pit Bull (ou American Staffordshire Terrier) com o Staffordshire Bull Terrier, um cachorro menor e mais leve.
Características – Padrões da raça Pit Bull

Conhecidos por sua força, os Pit Bulls apresentam uma estrutura óssea e muscular muito desenvolvidas, com pescoço curto e grosso. Além de um corpo robusto, os cães da raça possuem mandíbulas que permitem mordidas com muita força.



As cores mais comuns da pelagem (curta e lisa) são: preto, branco e marrom. O peso oscila entre 30 e50 kg. Já a altura pode chegar a cerca de50 cm.

Com uma postura intimidante e um andar determinado, o Pit Bull pode ser dividido em três grupos conforme a coloração do focinho. O Black Nose (narinas pretas) é o mais comum e apesar de não ser muito agressivo com pessoas, seu comportamento diante de outros animais é bem explosivo. O Blue Nose (narinas azuis) não é encontrado com facilidade, age com agressividade moderada com pessoas e animais e sua pelagem tem um tom cinza próximo do azul. Por sua vez, o Red Nose (narinas vermelhas) é encontrado com focinho curto, na maioria das vezes, e sua agressividade é baixa com pessoas, mas alta com animais.




Temperamento da raça Pitbull

O fato de ter um corpo atlético faz com que o Pit Bull seja um ótimo companheiro para pessoas que gostam de corridas e esportes ao ar livre. Apesar de sua origem como cão de guarda, não é recomendável treiná-lo para essa tarefa, pois o Pit Bull pode se tornar agressivo ao defender o território e proteger seu dono contra desconhecidos.



A determinação e a inteligência do animal só não são maiores que a devoção que ele tem pelo dono. Por ter se desenvolvido como cão de briga, é natural que o Pit Bull seja agressivo com outros bichos. No entanto, a raça não apresenta animais que sejam agressivos com humanos, a não ser que o cão seja provocado ou sinta um tom de ameaça.

Dicas e cuidados com a raça Pitbull

Como os pelos são curtos, não é necessário ter outros cuidados além da escovação. Você deve proporcionar uma alimentação que garanta um crescimento saudável. Já os exercícios não podem forçar o animal antes de ele completar dois anos de idade, com exceção de caminhadas.

Os exemplares da raça são resistentes a doenças, mas ainda assim você precisa levar o animal ao veterinário com regularidade para as devidas vacinas e para checagem da saúde do Pit Bull. Os seguintes quadros clínicos podem afetar a raça: Displasia Coxo-femural, dermatites e Atrofia progressiva da retina.

Fotos da raça Pitbull
























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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Veja quais são os melhores pets para apartamento

I

Independente de toda a praticidade que um apartamento pode oferecer para o morador, sempre será solitário morar sozinho em qualquer lugar do mundo. E, por não ser uma casa ou sobrado, a dúvida de que se é ou não possível ter um bichinho de estimação nesse ambiente é constante. Mas a melhor parte desse questionamento, se existem ou não pets para apartamento, é a sua resposta: Sim! Eles existem e farão sua vida mais agradável.



A prioridade de escolha dos pets para apartamento deve ser feita através do tamanho do animal em questão. Se o ambiente não o suportar, não é viável compartilhar do apartamento com o animal. E lembrando, a pergunta que deve ser feita não é se você é capaz de criar um animal de grande porte nesse ambiente reduzido, o questionamento correto é se o pet será feliz nesse local. Na maioria das vezes o animal de grande porte pode acabar adquirindo transtornos de personalidade devido a pouca liberdade, portanto, um bichinho de pequeno porte é a solução dos seus problemas.


um bom animal de estimação para apartamento tem pequeno porte. Se a seleção começa pelos cachorros as opções de escolhas serão diversas devido à inúmera quantidade de raças existentes no mundo. Um cão sempre será um amigo fiel que vai interagir com o seu dono independendo do seu tamanho. Exemplo de raças de pequeno porte: Chihuahua, Corgi, Pinscher e Yorkshire.


Para criar um gato a situação é inversa à dos cães, pois em sua maioria os gatos não possuem grande porte. O gato costuma ser mais independente, mas isso não quer dizer que o dono deve ficar despreocupado em morar com esse tipo de animal. Para garantir a segurança do bichinho é necessário deixar as janelas trancadas ou com uma tela que o impeça transpassar para o lado de fora. E não se esqueça de que é necessário designar um espaço especifico para ele fazer suas necessidades. O mesmo é valido para os cães.

Outras espécies de pets para apartamento que podem ser escolhidas para criação são os pássaros, peixes e hamsters, ou até mesmo os exóticos como um lagarto, furão e coelho. Esses animais em especifico costumam ocupar realmente pouco espaço, mas isso não significa que o cuidado será diminuto, pois suas características especificas requerem tratamento específicos. Para evitar problemas é só conversar com um veterinário para orientação de criação.

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Como identificar e tratar o câncer de pênis



O câncer de pênis é um tumor raro que pode surgir no órgão ou apenas na pele que o cobre, provocando mudanças na cor e textura da pele, assim como surgimento de nódulos ou feridas que demoram muito tempo para desaparecer.

Assim, para identificar este tipo de câncer é muito importante estar atento a sintomas como:
Aparecimento de ferida avermelhada que não cicatriza;
Nódulo no pênis, na glande ou no prepúcio;
Pele do pênis mais espessa ou com alterações na cor;
Corrimento com mau cheiro que sai pela uretra;
Sangramento pelo pênis;
Inchaço da extremidade do pênis;
Dor e inchaço nas ínguas da virilha.

No entanto, alguns destes sintomas também podem indicar outros problemas na região como herpes,sífilis ou gonorreia, sendo muito importante consultar um urologista para fazer os exames de diagnóstico necessários, confirmar a causa e iniciar o tratamento adequado.
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O câncer de pênis é mais frequente em idosos com mais de 60 anos, mas também pode acontecer em jovens, especialmente em homens fumantes, que façam má higiene da região íntima ou que tenham contato íntimo sem camisinha, por exemplo.

O câncer de pênis tem cura, no entanto pode ser necessária cirurgia para remover os tecidos afetados e, por isso, quanto maior for o tumor, maiores são as chances de o paciente poder ficar com disfunção eréctil. Porém, existem tratamento, como a prótese peniana, que ajudam o paciente a recuperar da disfunção erétil.
Como é feito o tratamento

O tratamento deve ser orientado por um oncologista ou um urologista e, normalmente, é iniciado com cirurgia para remover o máximo de tecido afetado, sendo depois complementado com quimioterapia ou radioterapia para eliminar as células tumorais restantes.

Dependendo do tamanho e grau de desenvolvimento do câncer, o paciente pode ficar com complicações após a cirurgia, como disfunção erétil, pois quanto mais tecido for necessário retirar, maior é o risco de afetar os músculos necessário para a ereção do pênis. No entanto, nestes casos, o médico pode recomendar o uso de uma prótese peniana que permite que o homem tenha e mantenha uma ereção durante o contato íntimo. Saiba mais sobre a prótese peniana e como funciona.

Já nos casos mais graves, quando o tumor se encontra numa fase muito evoluída, o médico pode recomendar a emasculação, que consiste na retirada total de todo o órgão sexual e testículos. Para estes casos, está a ser desenvolvida uma nova técnica para fazer o transplante de pênis, de forma a devolver toda a função sexual ao paciente.
Como funciona o transplante de pênis

Este tipo de tratamento está sendo estudado como uma forma de restaurar a capacidade urinária e sexual de pacientes que precisaram remover todo o pênis durante o tratamento de câncer. Esta cirurgia ainda não está disponível e durante os testes, que já foram feitos, foram precisas cerca de 15 horas para ligar todos os vasos sanguíneos e nervos.

O órgão transplantado deve ser de um dador com características estruturais semelhantes para diminuir o risco de infecções, hemorragia e rejeição. No entanto, ainda não é possível prever o sucesso do transplante no tratamento da disfunção erétil, o que pode afetar negativamente a saúde psicológica do paciente.
Como evitar o surgimento do câncer

Para evitar o câncer de pênis é importante ter alguns cuidados como:
Fazer uma a higiene diária do pênis, especialmente debaixo do prepúcio;
Utilizar camisinha durante o contato íntimo;
Não fumar.

Embora não haja uma causa específica para o desenvolvimento de câncer no pênis, estes cuidados ajudam a evitar alguns fatores de risco, como má higiene ou infecção por HPV, por exemplo.