Esses animais anelídeos são hermafroditas, ou seja, possuem os dois sexos – portanto, são capazes de fecundar e serem fecundados ao mesmo tempo. Mesmo assim, a minhoca não pode fecundar a si mesma: ela precisa de uma parceira. O processo dura cerca de três horas, gera entre três e 20 “filhotes” e pode acontecer várias vezes ao ano. Como cada minhoca vive, em média, quatro anos, fica fácil entender por que esses bichos se multiplicam rapidinho no seu quintal.
1. As minhocas se posicionam em sentido oposto: a “cabeça” de uma fica na altura do “rabo” da outra. O clitelo, um anel descolorido na região anterior do corpo, libera um muco que ajuda a fixá-las nessa posição. Aí, cada uma injeta espermatozoides num órgão específico da outra: uma bolsa chamada espermateca.
2. Depois que elas se separam, o clitelo passa a criar um tipo de casca, parecido com o casulo das borboletas. A minhoca começa a andar para trás, arrastando o clitelo no chão para mover o casulo ao longo do corpo até chegar à cabeça. Nesse “caminho”, ele passa pela abertura feminina, onde recolhe os óvulos, e os leva até as espermatecas.
3. Quando os óvulos (gametas femininos) encontram os espermatozoides (gametas masculinos), rola o momento mágico: a fecundação! A minhocacontinua se movendo, até tirar o casulo do corpo. Ele é deixado no solo e protegerá os óvulos fecundados enquanto se desenvolvem, sem qualquer supervisão dos “pais”. O desenvolvimento dos filhotes no casulo pode durar de duas semanas até três meses, dependendo da espécie.Quando saírem de lá, os filhotes já têm corpo adulto.
CONSULTORIA Paulo César de Paiva, especialista em anelídeos do Departamento de Zoologia da UFRJ
http://mundoestranho.abril.com.br/
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