quinta-feira, 30 de junho de 2016

Aberrações ou Alterações cromossômicas




mamífero roedor 4n

Aberrações cromossômicas


Cada planta e animal se caracteriza por um conjunto de cromossomos, representado uma vez em células haplóides (por exemplo, gametas e esporos) e duas vezes em células diplóides.

Cada espécie tem um número específico de cromossomos. Mas, às vezes ocorrem irregularidades na divisão nuclear, ou podem acontecer "acidentes" (como os de radiação) durante a interfase de modo que se podem formar células ou organismos inteiros com genomas aberrantes. Tais aberrações cromossômicas podem incluir genomas inteiros, cromossomos isolados inteiros, ou só partes de cromossomos. As aberrações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais e envolver um ou mais autossomos, cromossomos sexuais ou ambos. As aberrações cromossômicas numéricas incluem os casos em que há aumento ou diminuição do número do cariótipo normal da espécie humana, enquanto as aberrações cromossômicas estruturais incluem os casos em que um ou mais cromossomos apresentam alterações de sua estrutura.Assim, os citologistas reconhecem:

(1)Alterações no Número de Cromossomos (Heteroploidia)
(2)Alterações na Estrutura dos Cromossomos.

A heteroploidia pode atingir conjuntos inteiros de cromossomos (euploidia) ou perda ou adição de cromossomos inteiros isolados (aneuploidia). Todas essas alterações têm um importante efeito sobre o desenvolvimento, pois ao alterar a estrutura nuclear normal podem produzir alterações fenotípicas.



Alterações no número de cromossomos

As variações numéricas são de dois tipos: as euploidias, que originam células com número de cromossomos múltiplo do número haplóide, e as aneuploidias, que originam células onde há falta ou excesso de algum(ns) cromossomo(s). Assim, euploidias são alterações de todo genoma; quanto a esse aspecto os indivíduos podem ser haplóides (n), diplóides (2n), triplóides (3n), tetraplóides (4n), enfim, poliplóides (quando há vários genomas em excesso). Euploidias são raras em animais, mas bastante comuns e importantes mecanismos evolutivos nas plantas. Na espécie humana, a ocorrência das euploidias é incompatível com o desenvolvimento do embrião, determinando a ocorrência do aborto. Células poliplóides cujo número de cromossomos alcança 16n são encontradas na medula óssea, no fígado e nos rins normais, além de ocorrerem em células de tumores sólidos e leucemia.







Origem das Aneuploidias

As aneuploidias podem se originar de anomalias ocorridas na meiose (isto é, serem pré-zigóticas) ou nas mitoses do zigoto (pós-zigóticas).

Quando a não-segregação é pré-zigótica, ela pode ter ocorrido na espermatogênese ou na ovulogênese. Na origem de indivíduos com dois cromossomos X e um Y, a contribuição feminina é maior do que a masculina; por outro lado, 77% dos casos onde há apenas um X tem origem em erros ocorridos na espermatogênese. Nas aneuploidias autossômicas, a influência da idade materna leva a supor que a participação feminina é maior do que a masculina. As aneuploidias produzidas por erros na mitose do zigoto ou na segmentação dos blastômeros são menos frequentes.

As aneuploidias devem-se à não separação (ou não-segregação) de um (ou mais) cromossomo(s) para as células-filhas durante a meiose ou durante as mitoses do zigoto A não-segregação na mitose decorre do não-rompimento do centrômero no início da anáfase ou da perda de algum cromossomo por não ter ele se ligado ao fuso.

A não-segregação na meiose é devida à falhas na separação dos cromossomos ou das cromátides, que se separam ao acaso para um pólo ou outro. Na meiose a não-segregação tanto pode ocorrer na primeira divisão como na segunda. No primeiro caso, o gameta com o cromossomo em excesso, em lugar de ter apenas um dos cromossomos de um dado par, ou seja, terá um cromossomo paterno e um materno. No segundo, o gameta com o cromossomo em excesso terá dois cromossomos paternos ou dois maternos, por exemplo.

Mosaicismo é uma condição genética em que um indivíduo recebe dois materiais genéticos diferentes provindos do mesmo zigoto. O indivíduo com esta condição é denominado, em genética, como mosaico. Estudos afirmam que o mosaicismo pode ser a principal causa de malformações e doenças genéticas na espécie humana como a síndrome de Down, e até mesmo a predisposição à doença de Alzheimer.




Quando em consequência desses processos de não-segregação falta um cromossomo de um dado par, isto é, quando o número de cromossomos da célula é 2n - 1, diz-se, que a célula apresenta monossomia para este cromossomo. Se faltam os dois elementos do mesmo par 2n - 2, tem-se nulisomia. Se, pelo contrário, houver aumento do número de cromossomos de um determinado par, a célula será polissômica para o cromossomo em questão; ela será trissômica, tetrassômica, pentassômica etc., conforme tiver 1, 2 ou 3 cromossomos a mais, sendo, nesses casos, o seu número cromossômico designado por (2n + 1), (2n + 2), (2n + 3) etc.

Aneuploidias dos cromossomos sexuais:

Síndrome de Klinefelter

São indivíduos do sexo masculino que apresentam cromatina sexual e cariótipo geralmente 47 XXY. Eles constituem um dentre 700 a 800 recém-nascidos do sexo masculino, tratando-se, portanto; de uma das condições intersexuais mais comuns. Outros cariótipos menos comuns são 48 XXYY; 48 XXXY; 49 XXXYYe 49 XXXXY que, respectivamente, exibem 1, 2. e 3 corpúsculos de Barr.








Embora possam ter ereção e ejaculação. são estéreis, pois seus testículos são pequenos e não produzem espermatozóides devido à atro fia dos canais seminíferos. Outras características muitas vezes presentes são: estatura elevada corpo eunucóide, pênis pequeno, pouca pilosidade no púbis e ginecomastia (crescimento das mamas).






Além dessas alterações do sexo fenotípico os pacientes com Síndrome de Klinefelter apresentam uma evidente diminuição do nível Intelectual, sendo esta tanto mais profunda quanto maior for o grau da polissomia.

Ao contrario do que ocorre na Síndrome de Turner, os pacientes Klinefelter apresentam problemas no desenvolvimento da personalidade, que é imatura e dependente, provavelmente em decorrência de sua inteligência verbal diminuída.

Até 1960 a prova definitiva para o diagnóstico era fornecida pelo exame histológico dos testículos que, mesmo após a puberdade, revela ausência de células germinativas nos canais seminíferos; raros são os casos de Klinefelter férteis que, evidentemente, apresentam alguns espermatozóides normais. Atualmente a Identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual.






Sindrome do triplo X ou Super fêmea


Mulheres com cariótipo 47 XXX ocorrem numa freqüência relativamente alta: 1 caso em 700 nascimentos aproximadamente. Elas apresentam fenótipo normal, são férteis, mas muitas possuem um leve retardamento mental. Apresentam corpúsculo de Barr.


Os casos de mulheres 48 XXXX e 49 XXXXX são raros e se caracterizam por graus crescentes de retardamento mental.


Sindrome do duplo Y ou Super macho


Indivíduos com cariótipo 47,XYY ocorrem com a freqüência de 1 caso por 1.000 nascimentos masculinos.
Embora sejam, na maioria, homens normais, os primeiros estudos sugeriam que entre eles ocorria uma freqüência extremamente alta de pacientes retardados mentalmente e com antecedentes criminais; tais estudos revelaram que cerca de 2% dos pacientes Internados em instituições penais e hospícios tinha este cariótipo, o que mostrava serem os indivíduos XYY internados 20 vezes mais numerosos (em lugar de 1 por mil, 2% corresponde a 20 por mil) do que na população livre.

No entanto, os mesmos dados revelaram que 96% dos indivíduos XYY são normais. Deste modo, tornam-se necessárias pesquisas mais amplas antes de se relacionar essa constituição cromossômica particular com determinados traços anormais de comportamento; é especialmente importante evitar uma interpretação Ingênua relacionada com um “cromossomo do crime”.


Uma característica física bem evidente dos XYY é a estatura elevada, pois eles geralmente têm mais de 180 cm, ou seja. são 15cm mais altos do que a média dos indivíduos masculinos cromossomicamente normais.

Podemos sugerir que genes localizados no cromossomo Y elevam a estatura e predispõem seus portadores para comportamentos inesperados; de fato, o perfil psicológico do indivíduo XYY inclui imaturidade no desenvolvimento emocional e menor inteligência verbal, fatos que podem dificultar seu relacionamento interpessoal. Um fato digno de nota é que os pacientes institucionalizados, tanto XY comoXYY, exibem uma taxa de testosterona aumentada, o que pode ser um fator contribuinte para a inclinação anti-social e aumento de agressividade.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/index2.php

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nicho ecológico,agora enfim vou entender.






Nicho ecológico,agora você vai entender...

O nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população) vive e se reproduz. Pode se dizer ainda que o nicho é o "modo de vida" de um organismo na natureza. E esse modo de vida inclui tanto os fatores físicos - como a umidade, a temperatura, etc - quanto os fatores biológicos - como o alimento e os seres que se alimentam desse indivíduo.
Vamos explicar melhor: O nicho do Bugio, por exemplo, inclui o que ele come, os seres que se alimentam dele, os organismos que vivem juntos ou próximo dele, e assim por diante. No caso de uma planta, o nicho inclui os sais minerais que ela retira do solo, a parte do solo de onde os retira, a relação com as outras espécies, e assim por diante.
O nicho mostra também como as espécies exploram os recursos do ambiente. Assim a zebra, encontrada nas savanas da África, come as ervas rasteiras, enquanto a girafa, vivendo no mesmo hábitat, come as folhas das árvores. Observe que cada espécie explora os recursos do ambiente de forma um pouco diferente. Diferentes espécies podem ter diferentes nichos ecológicos ✏ anota aí Galerinha. Num mesmo habitat pode existir uma só espécie com diferentes nichos ecológicos, portanto, neste caso não haverá competição entre elas,anota aí Galerinha kkk ✏
Essa referência foi do meu instagram https://www.instagram.com/alancalvet/


Podemos definir Nicho Ecológico como um conjunto de diversas variáveis ambientais relacionadas a uma determinada espécie, tais como o habitat onde se encontra, seu papel no ecossistema(herbívoros, carnívoros, decompositores, etc.), seu poder de adaptação a fatores limitantes (umidade, pH, tipo de solo, etc.) e necessidades de reprodução (locais de tocas).

Ao logo dos anos vários pesquisadores descreveram seu ponto de vista sobre o que seria Nicho Ecológico. Grinnell (1917) definiu que nicho ecológico seriam todos os locais onde um indivíduo de uma espécie pode viver, sendo relacionadas a tolerância fisiológicas, alimentação e interações interespecíficas. Já Elton (1927) descreve nicho como uma função realizada por uma espécie dentro comunidade onde ela está inserida.

No ano de 1957 o pesquisador Hutchison se destacou revolucionando o conceito de Nicho Ecológico, tornando o conceito em uma unidade quantitativa que permite uma análise teórica e uma previsão, fazendo que o papel de uma população dentro de uma comunidade possa ser explicado pelo seu nicho:
Habitat (espaço ocupado)
Aspectos alimentares (nutrientes essenciais)
Requerimento Reprodutivo (locais de nidificações ou tocas)
Sazonalidade (quando as suas necessidades são requeridas e usadas).

Hutchison (1957) acrescenta os termos “Nicho Fundamental” e “Nicho Realizado”, sendo definidos:
Nicho Fundamental são todos aspectos necessários para sobrevivência da espécie no local, como por exemplo, todos os tipos de alimentos e áreas de nidificação que a espécie pode se alimentar na ausência de outras espécies.
Nicho Realizado são partes dos aspectos necessários para sobrevivência da espécie no local, seguido o mesmo exemplo, alguns tipos de alimentos e poucas áreas de nidificação pois dessa vez há restrições devido à presença/interações de outras espécies.

Podemos então concluir que nicho ecológico é o conjunto de condições dentro das quais uma espécie pode manter uma população viável no ecossistema. Sabendo que essas condições podem mudar de acordo com o ciclo de vida do animal (indivíduos jovens ou adultos, épocas de reprodução ou hibernação) e a geografia onde ele se encontra (áreas mais secas ou chuvosas, montanhosas ou planícies).



Como todo sistema complexo, qualquer mudança pode acarretar problemas. As espécies exóticas podem trazer problemas para esse sistema, se as duas espécies (a nativa e a exótica) com o mesmo nicho coexistem no mesmo local, uma será extinta da área devido a competição. Quanto maior a proporção de sobreposição dos ninhos, maior a competição entre as espécies e a mais generalista na maioria das vezes representada pela exótica ganha a competição.



Referências:

ODUM, E.P.; BARRETT, G.W. Fundamentos de Ecologia. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 612 p.
RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003. 542 p.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Descubra como sair da reprovação para aprovação do Enem !!




Estudar, estudar e estudar. Para quem esteve se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em anos anteriores , essa era a palavra da ordem. Para aqueles que não conseguiram aprovação e estão correndo atrás do prejuízo, saibam que é possível sair da reprovação e ser aprovado nas próximas edições do Enem , estudando a metade do tempo.

O número de aprovados que estudam sozinhos e estão se dedicando menos tempo para a preparação do Enem, vem crescendo. Mas, isso não é, segundo consultores, uma tarefa difícil. Quer saber como? Confira as dicas de especialistas e garante a sua aprovação.



Táticas de estudo – crie táticas de estudos para ocupar o tempo que tem disponível. Não precisa estudar oito horas seguidas, se você pode se organizar em quatro, por exemplo. Para que isso seja possível organize o conteúdo dos estudos e verifique a programação do mesmo.

Provas anteriores – outra dica importante citada pelos especialistas é estudar as provas anteriores do Enem. Assim você pode conhecer o método aplicado e aperfeiçoar o conteúdo programático. Resolva questões e faça simulados do Enem, também é uma excelente técnica de aperfeiçoamento.

No seu planejamento de estudos, dedique pelo menos um terço deles para a redação. Estude os tipos de redação e os temas que foram abordados em provas anteriores. Não se esqueça de aperfeiçoar a gramática.

Saia dos livros – leia temas da atualidade, assuntos que estão sendo discutidos e principais acontecimentos de nível mundial. Crie esse hábito de conhecimento. Procure outras fontes como redes sociais, sites de informação, jornais, revistas, fontes que sejam confiáveis. Existem ferramentas online como as do AMANTES DA BIOLOGIA que podem ajudar muito para quem pretende fazer para medicina,por exemplo.

Leia e escreva – para quem está estudando e tem disponível pouco tempo para o Enem, é importante se atentar a leitura e a escrita. Crie o hábito de ler e escrever, fazer um resumo do que foi estudado. Assim você também poderá aperfeiçoar a sua interpretação de texto.
Deixe seu comentário!
Acesse o instagram dos AMANTES DA BIOLOGIA !!
Fonte: http://vestibulandoansioso.com/



quinta-feira, 23 de junho de 2016

Você tem Diabetes Tipo 2 ?





O diabetes tipo 2 é a forma de diabetes mellitus mais comum, acometendo mais de 350 milhões de pessoas em todo o planeta. O diabetes tipo 2 está em franca expansão, aumentando sua incidência em todo os países, devido, principalmente, à má alimentação e ao aumento de casos de obesidade. Nos últimos 30 anos o número casos de diabetes tipo 2 aumentou em mais de 100%. Por isso, entender os fatores de risco e as causas do diabetes é essencial para preveni-lo.


CAUSAS DO DIABETES TIPO 2


O diabetes mellitus tipo 2 é um tipo de diabetes que ocorre por uma deficiente ação da insulina presente na circulação sanguínea. Geralmente há dois problemas: 1) o pâncreas produz menos insulina do que seria necessário para o controle adequado dos níveis de glicose; 2) a insulina produzida além de ser insuficiente, funciona mal. Os tecidos perdem a capacidade de reconhecer a presença da insulina, fazendo com que o açúcar presente no sangue não chegue às células. Este processo é conhecido como resistência à insulina.


Embora seja uma forma de diabetes mellitus mais comum que o diabetes tipo 1, as causas da diabetes tipo 2 são menos conhecidas. Esta forma de diabetes é provavelmente desencadeada por múltiplos fatores, nem todos ainda reconhecidos. O porquê do pâncreas produzir menos insulina e os motivos pelo qual ela funciona mal ainda não estão totalmente esclarecidos.


O desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 parece envolver interações complexas entre fatores ambientais e genéticos. Presumivelmente, a doença se desenvolve quando um indivíduo geneticamente susceptível adota um estilo de vida “diabetogênico”, ou seja, com ingestão calórica excessiva, sedentarismo, obesidade, tabagismo, etc.


90% dos diabéticos tipo 2 são obesos ou apresentam sobrepeso, porém, nem todo indivíduo obeso é diabético. Este simples dado serve para mostrar que a causa do diabetes tipo 2 não está restrita a um único fator. Muito provavelmente vários fatores estão envolvidos.


FATORES DE RISCO PARA O DIABETES TIPO 2


Se por um lado ainda não esclarecemos totalmente
as causas do diabetes mellitus tipo 2, já são bastante conhecidos os seus fatores de risco. Vamos listar abaixo os principais:


1. História familiar – indivíduos que possuem parentes com diabetes tipo 2, principalmente se de primeiro grau, apresentam maior risco de também desenvolver a doença. Estes pacientes devem tomar muito cuidado com o ganho excessivo de peso.


2. Etnia – por motivos ainda desconhecidos, a incidência do diabetes tipo 2 varia de acordo com a origem étnica do paciente. Em ordem decrescente de incidência, as etnias com maiores riscos de diabetes tipo 2 são: descendentes de asiáticos, hispânicos, negros e brancos. Cabe aqui uma ressalva, apesar da maior incidência de diabetes nos descendentes asiáticos, a população da Ásia, por possuir hábitos alimentares mais saudáveis, acaba apresentando menos casos de diabetes que a população americana, composta em sua maioria por brancos.


3. Obesidade – o sobrepeso é talvez o principal fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. O risco aumenta progressivamente a partir de um IMC maior que 25 (leia: OBESIDADE | Definições e consequências). A obesidade é um fator tão importante, que alguns pacientes conseguem deixar de ser diabéticos apenas emagrecendo. Atualmente, mais de 90% dos diabéticos tipo 2 apresentam excesso de peso.


4. Gordura abdominal – além do excesso de peso, o modo como a gordura é distribuída pelo corpo também é um fator determinante para um maior risco de resistência à insulina e diabetes tipo 2. O risco de diabetes é mais elevado nos indivíduos com obesidade central, ou seja, naqueles que acumulam gordura na barriga. Homens com um cintura maior que 102 cm e mulheres com cintura maior que 88 cm apresentam elevado risco. Mulheres que acumulam gordura preferencialmente nos quadris têm menos riscos do que aquelas que acumulam gordura na região abdominal.


5. Idade acima de 45 anos – apesar de ser uma doença cada vez mais prevalente em jovens, o diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima de 45 anos. Provavelmente, a queda na massa muscular e o aumento da gordura corporal que ocorrem com o envelhecimento desempenham papel importante nestes pacientes.


6. Sedentarismo – um estilo de vida sedentário reduz o gasto de calorias, promove ganho de peso e aumenta o risco de diabetes tipo 2. Dentre os comportamentos sedentários, assistir televisão por muito tempo é um dos mais comuns, estando comprovadamente associado com o desenvolvimento de obesidade e diabetes. A atividade física regular não só ajuda a controlar o peso, como também aumenta a sensibilidade dos tecidos à insulina, ajudando a controlar os níveis de glicose do sangue. Tanto a musculação quanto exercícios aeróbicos ajudam a prevenir o diabetes tipo 2.


7. Cigarro – indivíduos que fumam apresentam 40% mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que não fumantes. Quanto mais tempo o paciente fuma e quanto maior for o número de maços consumidos por dia, maior é o risco. A associação do fumo com o diabetes é tão forte que são precisos 5 anos sem fumar para que o risco de diabetes comece a cair. E somente após 20 anos sem fumar é que o paciente volta a ter o mesmo risco de pessoas que nunca fumaram


8. Glicemia de jejum alterada – o diagnóstico do diabetes é feito quando o paciente apresenta glicemias (níveis de glicose no sangue) persistentemente acima de 126 mg/dl. Porém, os valores normais da glicemia são abaixo de 100 mg/dl. Os pacientes que ficam no meio do caminho, com valores entre 100 e 125 mg/dl, são considerados como portadores de glicemia de jejum alterada, que é um estágio de pré-diabetes. O risco de evolução para diabetes estabelecido é muito elevado neste grupo.


9. Dieta hipercalórica – a dieta ocidental, baseada no consumo excessivo de carne vermelha, carnes processadas, calorias, doces e refrigerantes, está associada a um maior risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2. Se for paciente tiver sobrepeso, o risco é ainda maior. O consumo regular de cereais, vegetais, soja e fibras reduz o risco do diabetes.


10. Hipertensão – paciente hipertensos apresentam maior risco de terem diabetes. Não se sabe se a hipertensão tem algum papel no desenvolvimento da doença ou se ela, por possuir muitos fatores de risco em comum, apenas aparece junto com o diabetes, sem relação de casualidade. Alguns medicamentos usados no tratamento da hipertensão, como diuréticos e betabloqueadores interferem na ação da insulina, aumentando o risco de diabetes


11. Colesterol elevado – Pacientes com níveis elevados de colesterol também estão sob maior risco de diabetes tipo 2. Níveis elevados de LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos e/ou níveis baixos de HDL (colesterol bom) são os principais fatores.


12. Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – mulheres portadoras de SOP apresentam frequentemente resistência à insulina e, consequentemente, riscos de desenvolver diabetes tipo 2 (leia: OVÁRIO POLICÍSTICO | Sintomas e tratamento).


13. Diabetes gestacional – o diabetes gestacional é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez e habitualmente desaparece após o parto. Porém, mesmo com a normalização da glicose com o término da gravidez, estas pacientes passam a apresentar elevado risco de desenvolverem diabetes tipo 2 nos 10 anos seguintes à gravidez.


14. Uso de corticoides – os corticoides são uma classe de medicamentos muito usados na prática médica, principalmente contra doenças de origem imunológica e/ou alérgica. Um dos efeitos colaterais comuns do uso prolongado de corticoides é o desenvolvimento de diabetes.





COMER DOCES EM EXCESSO PROVOCA DIABETES?


Essa é uma dúvida muito comum na população. A resposta simples é: não, comer doces em excesso não causa diabetes. Porém, é bom destacar que uma má alimentação, com excesso de carboidratos e gorduras, é um dos fatores que levam à obesidade ou ao sobrepeso, estes sim, fatores de risco para o diabetes.

Conclusão

Como se pôde notar, já foram identificados inúmeros fatores de risco para o diabetes tipo 2. Neste artigo listamos apenas os mais comuns e comprovados. Existem ainda estudos que mostram relação do diabetes com dezenas de outros fatores, como níveis elevados de ácido úrico (leia: ÁCIDO ÚRICO E GOTA), esquizofrenia, depressão (leia: SINTOMAS DA DEPRESSÃO), nunca ter amamentado, ciclo menstrual irregular, exposição à bisfenol A, uso de esteroides anabolizantes, etc.


Ninguém pode mudar a sua etnia, idade ou histórico familiar, por isso, o paciente deve sempre ter em mente quais são os fatores de risco modificáveis. Se você tem história familiar de diabetes, procure se manter ativo, dentro do peso, não fume e adote uma dieta saudável. Não é porque seu pai ou sua mãe tiveram diabetes tipo 2 que você necessariamente terá. A prevenção pode estar ao seu alcance.

O que é Hemofilia ?



A hemofilia é um distúrbio sanguíneo hereditário ligado ao cromossomo X e mais comumente encontrado no sexo masculino. Considerada rara, a hemofilia resulta demutações que causam defeitos na produção de três fatores sanguíneos: o fator VIII, que resulta na hemofilia A, o fator IX, que resulta na hemofilia B, e o fator XI, que resulta na hemofilia C.

Estes fatores são apenas três das 13 diferentes proteínas responsáveis pela coagulação sanguínea. Quando um vaso sanguíneo sofre dano, cada um dos fatores exerce sua função dentro dos diversos processos bioquímicos, e estes processos resultam no acúmulo de coágulos de fibrina na parede do vaso danificado, estancando o sangue.

A baixa atividade de algum dos fatores de coagulação – hemofilia – resulta na coagulação incompleta ou inadequada. Assim, enquanto o vaso sanguíneo não é consertado, o sangramento continua a ocorrer, aumentando a lesão – que pode ser interna ou externa – ou facilitando a perda de sangue. Por isso, os sintomas mais comuns desta doença são hematomas, dores nas articulações e sangramentos constantes.
hemofilia


Esquema simplificado dos efeitos da hemofilia sobre o estancamento de uma hemorragia sanguínea. Imagem modificada e traduzida de: Optum Inc.

Mas, qual a explicação para que a ocorrência de hemofilia seja maior em pacientes do sexo masculino? Esta doença ocorre em decorrência de uma mutação ocorrida no cromossomo X. Como sabemos, o cromossomo X faz parte – juntamente com o cromossomo Y, dos cromossomos sexuais, aqueles que definem o sexo biológico das pessoas.

Indivíduos com dois cromossomos X (XX) pertencem ao sexo feminino, enquanto que indivíduos com um cromossomo X e um Y (XY) fazem parte do sexo masculino. Para que uma mulher possua hemofilia, ambos os seus cromossomos sexuais precisam possuir a alteração genética para o distúrbio, pois, mesmo que um cromossomo possua a mutação, o cromossomo "saudável" para a doença possuirá as informações necessárias para a produção correta dos fatores. No caso dos homens, caso seu único cromossomo X possua a mutação, os sintomas da doença já poderão ser identificados.

Alguns casos mais raros de hemofilia ocorrem devido a mutações espontâneas ocorridas no próprio gene do paciente hemofílico. Na grande maioria dos casos, porém, a mutação é herdada, e neste caso a probabilidade de herança da doença irá variar não apenas com os genes exibidos pelos pais, mas também com o sexo do bebê.
padrão de herança hemofilia


O padrão de herança da hemofilia. Imagem: autor desconhecido.

Infelizmente, a hemofilia ainda não possui cura. Porém, alguns tratamentos podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O principal tratamento para o distúrbio ainda são as terapias de reposição dos fatores de coagulação. Após a realização de um exame para dosagem do nível dos fatores sanguíneos, o paciente recebe as doses corretas dos fatores VIII, IX ou XI necessários em cada caso.

A injeção dos fatores de coagulação pode ocorrer de forma esporádica, quando ocorre um primeiro sinal de hemorragia ou em caso de acidentes, ou de forma profilática, repondo os fatores constantemente, de forma a prevenir a ocorrência de futuras hemorragias. O desenvolvimento da biologia molecular tem ampliado as possibilidades de terapias e tratamentos para esta doença.

Um dos novos modelos metodológicos estudados, por exemplo, consiste na inserção de genes "corrigidos" para os fatores de coagulação, de forma que estes funcionem e sejam corretamente transcritos e traduzidos para a produção das proteínas coagulantes. Esperamos que a medicina desenvolva-se cada vez mais, e que novas técnicas possam ser utilizadas para o melhoramento da qualidade de vida dos pacientes!

Fonte: Extraído da internet.

Fonte: Orphanet Journal of Rare Diseases.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

MEGA CURIOSO,RESPONDE: O QUE VOCÊ SABE SOBRE A VAGINA ?



Se você é daqueles que não perdem as matérias mais quentes do Mega Curioso, já deve ter visto nossos artigos recheados de fatos inusitados sobre o pênis, os seios e até mesmo uma série de coisas que você definitavente não sabe sobre sexo. Então chegou a hora de falarmos um pouco mais sobre o corpo feminino e compartilhar algumas curiosidades que o pessoal do site selecionou sobre a vagina. Confira!
#1 – O clitóris tem 8 mil terminações nervosas


Fonte da imagem: Shutterstock

O clitóris é um órgão reservado exclusivamente para o prazer feminino e talvez essa seja a explicação para a incrível quantidade de receptores sensoriais que podem ser encontrados em uma parte tão pequena do corpo. Ao todo, são 8 mil terminações nervosas – bastante, não é mesmo?

Se compararmos com os homens – que somam 3,5 mil terminações nervosas na glande do pênis –, veremos que as mulheres saem ganhando. Mas, se contabilizarmos o órgão masculino inteiro, incluindo o prepúcio, esse número aumenta para 24 mil receptores. Por outro lado, mesmo com essa diferença, alguns estudosjá comprovaram que, em média, o orgasmo feminino dura mais tempo que o masculino.
#2 – Os tubarões e as vaginas têm algo em comum


Fonte da imagem: Shutterstock

Aposto que você deve ter pensado que a semelhança está nos dentes, mas se enganou. Na verdade, o curioso é que tanto os tubarões quanto as vaginas têm um composto orgânico chamado esqualeno. Na natureza, essa substância é encontrada no fígado dos tubarões, mas também pode ser extraída de óleos vegetais, como o óleo de gérmen de trigo e de arroz, por exemplo.

Nas mulheres, o composto serve como lubrificante e é secretado durante a excitação, acompanhando as demais mudanças no corpo, como o aumento do fluxo sanguíneo nos pequenos e grandes lábios e a dilatação da vagina.
#3 – Esqueça o sabonete íntimo!


Fonte da imagem: Shutterstock

Talvez você até já tenha ouvido alguns especialistas comentarem que o uso de sabonetes íntimos e duchas não é recomendado para as mulheres. Que fique claro: não estamos falando da higiene básica da parte externa do corpo feminino, mas sim do uso de produtos e recursos adicionais que podem alterar o equilíbrio e o pH natural da região.

A ciência já comprovou que a vagina está repleta de bactérias, mas são organismos benéficos que ajudam a manter a mulher limpa e saudável, além de garantir que tudo funcione como deve ser. Infelizmente, as mulheres cresceram acreditando que suas partes são impuras, mas a ciência provou que isso não passa de bobagem.
#4 – As mulheres não precisam se depilar


Fonte da imagem: Shutterstock

Enquanto a ciência já desvendou os detalhes do funcionamento do pênis e da vagina, é fato que ninguém sabe explicar ao certo porque os humanos têm pelos púbicos. Algumas teorias acreditam que exista uma relação entre os pelos e os feromônios, que são os odores liberados pelo corpo a partir da excitação. Também há quem diga que os pelos contribuem com a lubrificação entre os parceiros durante o sexo ou que tenha servido para manter os genitais aquecidos em períodos pré-históricos.

Independente do motivo pelo qual eles foram parar lá, parece que nos últimos tempos o hábito de uma mulher adulta retirar uma parte ou todos os seus pelos púbicos se tornou quase uma norma. Um estudo recente notou que essa tendência começou a ganhar espaço na década de 1990 e cresceu ainda mais depois dos anos 2000. Mas a conclusão é que a depilação (ou não) é uma decisão pessoal e cada mulher escolhe como se sente mais confortável.
#5 – Disney foi a primeira a usar a palavra “vagina” em um filme

Por mais estranho que isso possa parecer, Walt Disney foi um dos pioneiros a falar sobre o corpo feminino. Em 1946, a Disney Studios foi contratada pela empresa Cello-Cotton (famosa por produzir a linha de absorventes Kotex) para criar um filme chamado “A História da Menstruação”. Como era de se esperar, a palavra “vagina” foi usada para descrever o corpo feminino e essa foi a primeira vez que o termo apareceu na história do cinema.

O filme nunca chegou a ser exibido comercialmente, mas foi apresentado para 105 milhões de estudantes americanos. Logicamente, a animação tinha um aspecto educativo e trazia uma série de informações a respeito do ciclo menstrual. Se você também não conhecia esse lado vanguardista da Disney, dê o play no vídeo acima (que não apresenta legendas, mas é bastante simples de compreender) e confira!
http://www.megacurioso.com.br/

Conhecem o Instagram do Prof. alancalvet ??




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Essa é a descrição do meu perfil no instagram,como você pode observar já são mais de 2,5 mil posts e mais de 2,5 mil seguidores,são poucos ainda os seguidores? Eu diria que sim,mais o que realmente é importante é que as atualizações são postadas com disciplina e muita dedicação e tem contribuído com muita gente,principalmente para quem precisa de boas dicas e ferramentas de estudos em biologia para o ENEM e VESTIBULAR tenho certeza que vem ajudando muito. Sem falar as pessoas que me procuram em off,eu os atendo com todo prazer e ainda envio mais materiais quando solicitados.

Se você ainda não é uma seguidor(a),pense duas vezes em porquê não ser. Neste texto vou postar algumas imagens de meu insta,lembrando que como é um IG de estudos,eu sempre comento os posts,creio que isso ajuda mais,sem falar das questões comentadas,portanto,não só SIGA como também compartilhe,ABRAÇOS..

Meu wpp (98) 99117-6002 para o envio de materiais.

































molusco chamado teredo importante no ciclo nitrogênio



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domingo, 19 de junho de 2016

Conhecem o papagaio-charão ?? Amantes vai te falar...




O papagaio-charão - Taxonomia: Reino- Animalia; Filo: chordata; Classe: Aves; Ordem: Psitaciformes; Fam: Psittacidae; Gen: Amazona; Espécie: A. pretrei.  Amazona pretrei é um dos menores papagaios brasileiros. Apresenta 32 cm de comprimento e 280 g de massa corporal. Sua plumagem geral é verde, destacando-se a máscara vermelha que nos adultos se estende até a região posterior dos olhos. Também apresenta coloração vermelha no encontro das asas e das polainas das patas. O dimorfismo sexual fica evidente pelo fato do macho apresentar maior extensão da coloração vermelha, tanto na cabeça quanto nas asas, além do porte ligeiramente mais avantajado, quando comparados com as fêmeas.

O status de conservação do papagaio-charão é considerado como ameaçado de extinção pertencente à categoria vulnerável para o estado do Rio Grande do Sul.A espécie está intimamente associada às florestas com araucárias do nordeste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina durante o período de maturação das sementes do pinheiro-brasileiro, principalmente entre março e julho, quando os pinhões constituem o principal item alimentar dos papagaios. Nos demais meses do ano, contemplando seu período reprodutivo, o papagaio-charão distribui-se por uma ampla área, principalmente no nordeste, centro e sudeste do Rio Grande do Sul. Nesse período, ocupa uma paisagem caracterizada por pequenas formações florestais conhecidas por capões de mato, em meio a áreas abertas, hoje bastante antropizadas, constituídas por campos ou lavouras.


População ( espécie social ) O papagaio-charão é uma espécie social, apresenta hábito de reunirem-se em bandos, regularmente ao fim de tarde. Para pernoitar utilizam florestamentos de pinus ou de eucaliptos, localizados geralmente em propriedades particulares. Antes do pôr-do-sol, começam a chegar nos dormitórios elegidos pela espécie em pequenos bandos. É através deste comportamento que possibilita aos pesquisadores realizarem a contagem da população.
As contagens dos papagaios são realizadas através de censos de aguardo, em pontos fixos e estrategicamente pré-estabelecidos ao redor de seus dormitórios coletivos. Para o registro dos bandos, os censeadores utilizam fichas padrão e registram os papagaios a medida em que chegam ao dormitório. A contagem é direta, geralmente sem estimativas. Isto exige boa prática dos censeadores.
Alguns dormitórios coletivos são utilizados pelo papagaio-charão com alto grau de fidelidade, a vários anos, como o Parque Municipal de Carazinho, onde o Projeto Charão completou dez anos de monitoramento da população. Atualmente o Projeto Charão monitora em torno de 15 dormitórios coletivos localizados no Rio Grande do Sul e outros 3 em Santa Catarina.
A população do papagaio-charão vem sendo monitorada de maneira sistemática desde 1991, por pesquisadores do Projeto Charão, e os resultados indicam que a população mínima total da espécie, atualmente apresenta um tamanho de cerca de 20.000 aves.

O papagaio-charão é uma ave típica do sul do Brasil. Sua ocorrência está intimamente ligada à Floresta de Araucárias, ambiente florestal caracterizado pelo predomínio do pinheiro-brasileiro - Araucaria angustifolia. Este ambiente florestal chegou a cobrir inicialmente 40% da vegetação no estado do Paraná, 30% em Santa Catarina e 10 % no estado do Rio Grande do Sul. Esta espécie florestal foi amplamente extraída da natureza entre as décadas 20 a 40. Atualmente, apresenta sua extensão reduzida a apenas 1%.

Comportamento durante a reprodução: O papagaio-charão utiliza cavidades de árvores para nidificar, a exemplo da maioria dos representantes dos psitacídeos. Reproduzem-se apenas uma vez ao ano, permanecendo fiéis um ao outro.
Em agosto, os casais começam a investigar as cavidades naturais localizadas nos fragmentos florestais. A fêmea é responsável pela incubação dos ovos, que em sua grande maioria são em número de 3. A incubação dos ovos é de 29 dias. Neste período, o macho é responsável providenciando a alimentação para a fêmea, que apenas deixa o ninho em torno de 3 a 4 vezes ao dia e durante poucos minutos para ser alimentada pelo macho.Após a eclosão dos ovos, quando nascem os filhotes, é necessário permanecer no ninho aproximadamente 53 dias para o seu desenvolvimento. Neste período, ambos participam buscando alimentação aos filhotes. Neste período, os pais retornam aos dormitórios coletivos.
Quando os filhotes deixam o ninho em companhia de seus pais, em alguns dias são recrutados ao bando, que pernoitam em dormitórios coletivos.

Utilizam seu NICHO ECOLÓGICO como forma de subsistência,não há competição intraespecífica: Fora do período de produção das sementes de Araucaria, os charões utilizam em sua alimentação frutos, sementes, folhas e flores de dezenas de espécies de plantas nativas e algumas exóticas, destacando-se os frutos de guabiroba (Campomanesia xanthocarpa), cereja (Eugenia involucrata), sementes de camboatá-vermelho (Cupania vernalis), canela (Ocotea puberula).



sábado, 18 de junho de 2016

JOANINHAS !!! O QUE VOCÊ QUER SABER ?






Quando as larvas da joaninha saem do ovo, encontram uma refeição pronta.
As joaninhas são insetos pequenos e coloridos, muito admirados por sua beleza e, em muitas culturas, símbolos de boa sorte e fartura.
Joaninha é o nome popular dos insetos coleópteros da família Coccinellidae.
Os cocinelídeos possuem corpo arredondado, cabeça pequena, patas muito curtas e asas membranosas muito desenvolvidas, protegidas por uma carapaça dura geralmente de cores vivas.
Podem medir de 1 até 10 milímetros, e viver até 180 dias.
Embora seu colorido se destaque no verde das folhas, não são muito apreciadas pelos pássaros, pois exalam um cheiro ruim.
As joaninhas (no Brasil) são conhecidas como ladybug (senhora-besouro) em inglês, Marienkäfer (besouro de Maria) em alemão, e Mariquita em espanhol.
As joaninhas são predadoras de pulgões, alimentando-se tanto da forma adulta quanto da larva.
Uma única joaninha pode comer mais de 200 pulgões por dia.
Por esse motivo, as joaninhas são freqüentemente utilizadas para realizar o controle biológico desta praga em áreas de cultivo agrícola.
Alguns agricultores chegam a comprar centenas de joaninhas para por na plantação para que, ao se alimentarem dos pulgões, livrem as plantas desse parasita.
Mas isso, na verdade, acaba causando outro desequilíbrio ecológico - excesso de joaninhas em uma área.
As vezes as joaninhas tem que disputar os pulgões com as formigas, pois algumas espécies de formigas criam pulgões (como se fossem mini-vaquinhas) para ordenhá-los, e as formigas protegem os pulgões das joaninhas (do mesmo modo que um pastor proteje suas ovelhas de um lobo).
Como todos os coleópteros, as joaninhas passam por uma metamorfose completa durante seu desenvolvimento.
Seus ovos eclodem em 1 semana e o estágio larval é de 3 semanas, nesta fase a joaninha já come pulgões.
As larvas tem corpo achatado e longo, com espinhos e faixas coloridas. Possui duas antenas que servem para sentir o cheiro e o gosto.
Há cerca de 4500 espécies de joaninhas, diferentes entre si nos padrões de cores e pintas da carapaça.
As joaninhas são um dos maiores predadores no mundo dos insetos e alimentam-se de afídeos, moscas da fruta, pulgões, piolhos da folha e outros tipos de insetos, a maioria deles nocivos para as plantas.
Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, a gente aprende des de cedo a gostar das joaninhas (além de serem bonitinhas).
As antenas são utilizadas na procura de alimentos, para localização espacial, e procura por parceiros reprodutivos.
Para manter as antenas limpas, as joaninhas as esfregam com o primeiro par de patas, e, desta forma, removem resíduos que podem interferir em sua sensibilidade.
As joaninhas se alimentam de pequenos insetos (principalmente pulgões), ácaros, pólen e néctar.
Apenas duas espécies se alimentam de tecidos vegetais.
Mas elas também servem de comida para insetos maiores, algumas espécies de pássaros e anfíbios.
Para se proteger, uma forma é a sua cor - insetos coloridos geralmente são venenosos e tem gosto ruim.




Outra forma de defesa é fingir-se de morta e assim "perder a graça" para seu predador.
A fecundação é sexuada e interna e pode ocorrer diversas vezes ao ano.
Em cada ciclo reprodutivo, a fêmea pode colocar de 10 a mais de 1.000 ovos.
Antes da postura, a joaninha procura um local adequado, geralmente folhas ou caules de plantas, e próximos aos locais onde vivem os pulgões.
Do nascimento até atingir a forma adulta, as joaninhas sofrem metamorfose completa, ou seja, passam pelos estágios de larva e pupa. Por isso, seu desenvolvimento é classificado como holometábolo.
Embora só seja capazes de vôos curtos, as joaninhas que vivem em lugares frios chegam a migrar quilômetros para ibernarem em grupos de centenas de joaninhas.
Nem todas as joaninhas são vermelhas.
Existem outras cores de joaninhas.
joaninha infectada por vespa parasita
Vespa parasita Joaninha
Algumas espécies de vespas-parasitas colocam seus ovos dentro das joaninhas. A vespa se desenvolve por uns 20 dias dentro da joaninha e quando sai controi um casulo sob as pernas da joaninha, que parcialmente paralisada, não pode sair dali, apenas podendo mover-se o suficiente para espantar os predadores (com pequenos espasmos).
Enquanto está paralisada a joaninha tem que ser alimentada pela vespa que colocou nela o ovo, pois a joaninha morta, não serviria como guarda-costas do casulo.
Por incrível que pareça, algumas joaninhas sobrevivem à infestação da vespa parasita.
joaninha de asas abertas
Como todo besouro, a joaninha também conserva suas asas cobertas por élitros (asa dura, ou casca).
Embora seja um tipo de proteção, também atrapalha no vôo, criando resistência ao ar.
Comentários animaBIO @animabio e Diário de Biologia @diariodebiologia .

Fonte de pesquisa: ninha.bio.br

Postado por Alan Calvet @alancalvet...





quinta-feira, 16 de junho de 2016

QUE BICHO É ESSE?







CURIOSIDADES: JÁ VIU NA PAREDE DE SUA CASA?

Trata-se de uma larva de microlepidóptera, ou seja, uma mariposaminúscula da família Tineidae. O nome popular deste bichinho é traça-de-roupa que não tem nada a ver com a traça de livros, outro inseto completamente diferente de outra ordem (Thyssanura).

Pois bem, raramente vemos os adultos, pois são “mariposinhas” muito pequenas que voam pouco e não são atraídas pela luz. Vivem no fundo de armários e gavetas. As fêmeas colocam seus ovos em locais aquecido e escuro, onde umidade seja algo em torno de 75% e morrem logo após a postura.


Os ovos possuem uma substância adesiva que prende firmemente a fibras dos tecidos. Assim que os ovos eclodem,em algumas espécies, as lagartas tecem um pequeno estojo achatado e elíptico que serve como proteção para que possam comer muito tecido no nosso armário sem ser achatada quando manuseamos as gavetas (elas pensam em tudo!). Dentro deste invólucro protetor, a lagarta se desenvolve alimentando-se de materiais como lã, penas, cabelo, couro, poeira, papel, algodão, linho, seda e fibras sintéticas. Geralmente deixam fezes nos tecidos que destroem, que são imperceptíveis pelo tamanho e por apresentar a mesma coloração do tecido que ingeriu.

Assim que as larvinhas estão prontas para passarem para o estágio de pupa, elas migram pelas paredes ou cantinhos em busca de frestas. É por isso que vemos elas circulando devagarinho pelas paredes. Quando isso acontece é sinal que já comeram muito dentro do seu armário!
( Diário de Biologia )

" Oi professor, tudo bem? Você poderia dar algumas dicas de estudos? Que realmente são eficazes...



" Oi professor, tudo bem? Você poderia dar algumas dicas de estudos? Que realmente são eficazes...


Para biologia, qual melhor método de estudos?



Para entender melhor a matéria..." Carolline seguidora do instagram.



Bem Carol,Nosso cérebro é meio que difícil de entender: Na hora de pensar em estratégias para aquele jogo complicado de videogame ou de ler aquela revista que você adora, ele coopera facilmente. Mas quando é preciso sentar e estudar um pouco, parece não haver jeito de alcançar a concentração,né mesmo ? Tem determinadas práticas que ele faz questão de condicionar nosso organismo rapidamente e facilmente,que o diga o viciado em drogas.

Quando estamos em ano de vestibular então Isso fica ainda mais desesperador e não temos tempo a perder. Algumas dicas de como estudar pesquisadas e adaptadas por mim aqui e como cada pessoa tem um jeito de funcionar, nem todas elas serão igualmente eficientes para todo mundo.




NÃO SE CONTENTE EM LER,ESCREVA...




Segundo o professor e autor de livros com dicas para estudos Pierluigi Piazzi, é importante estudar escrevendo, e não só lendo. "Quem só lê perde a concentração. Quem escreve consegue entender o assunto e mantê-lo na mente", explica ele. Então neste caso os tais "prints" do quadro não seriam tão eficazes,deixa o cérebro preguiçoso,ganhar tempo neste caso talvez não seria compensador ( P. Alan Calvet ).




ESCREVER À MÃO EM VEZ DE DIGITAR

Pesquisas já mostraram que os alunos que fazem isso aprendem mais do que quem só digita. "Você tem movimentos totalmente distintos para escrever cada letra a mão, mas isso não existe quando você está digitando. Isso faz com que mais redes neurais sejam ativadas no processo da escrita", diz o professor.

COMO SABER O QUE VALE COLOCAR NO PAPEL

Faça resumos, fichamentos e esquemas da matéria. Mas nada de ficar copiando todo o conteúdo dos livros. Para saber o que vale escrever, faça de conta que você está preparando uma cola para uma prova. Por ter pouco espaço e pouco tempo para consulta-la, é preciso ser conciso, mas ao mesmo tempo abordar os pontos principais. É disso que você precisa quando for estudar.

REVISE A MATÉRIA QUE APRENDEU EM AULA NO MESMO DIA

Além de evitar acumular matérias, estudar o conteúdo visto em sala de aula no mesmo dia fará com que seu cérebro entenda que aquilo é importante e o memorize. Durante a aula aproveite o máximo,eu falo de tentar acompanhar a aula em até 80%,esqueça as converrsas paralelas,seja um aluno carrapato,pergunte ao professor,indague,insista,hora de aprender é durante a vida escolar ( P. Alan Calvet )

ESTUDE SOZINHO

Vamos combinar que, por mais legal que seja se reunir com os amigos para estudar, você acaba falando mais de outras coisas e as dúvidas permanecem. O professor Pierluigi é um grande defensor da ideia de que só se aprende mesmo no estudo solitário. "Estudar em grupo é útil se você for a pessoa que explica a matéria para os outros. Quem ouve não aproveita", diz ele. A melhor dica para um bom estudo, aliás, é explicar a matéria para si mesmo. Neste ponto entra aquela velha questão existe uma diferença entre ser aluno e ser estudante. Alunos todos que vão cotidianamente a escola ou ao curso podem ser,mais estudantes de fato são aqueles que aplicam o que foi visto naquele dia,fazem exercícios,revisam a matéria,buscam fontes para pesquisa do que foi dado e na maioria das vezes são solitários quando se está estudando,abdicam,tem disciplina,agenda,cronograma ( P. Alan Calvet ).

USE AS AULAS PARA ENTENDER AS MATÉRIAS E TIRAR DÚVIDAS

Um erro comum, segundo o professor Pierluigi, é fazer dois cursinhos para ter um maior numero de aulas - o que realmente vai fazer diferença no vestibular é o momento em que você estuda sozinho, não o número de aulas que pegou. Mas isso não significa que vale cabular ou dormir nas aulas: elas são importantes para entender a matéria e tirar dúvidas.

DESLIGUE TODOS OS APARELHOS ELETRÔNICOS

Na hora de estudar, nada de deixar o celular por perto avisando você de cada notificação no Facebook. E nem caia na tentação de abrir o Facebook só por "dois minutinhos". Esses dois minutinhos sempre se estendem e acabam com toda a sua concentração. Reserve um tempinho do seu dia só para as redes sociais e faça isso virar rotina para que se acostume a checá-la apenas nesse tempo específico. Neste caso aqui eu ponderaria um pouco,isso depende do perfil do usuário da rede social,tenho ÁUDIOS e VÍDEOS sobre o uso da NET ou REDES SOCIAIS como ferramenta de estudos,corre lá no canal !! Na verdade você usando a rede social como mais uma ferramenta de estudos,ela até te ajuda é só saber filtrar. ( P. Alan Calvet )

ESTUDE EM UM LOCAL ORGANIZADO E TRANQUILO

O resto da sua casa até pode ser uma bagunça, mas o local onde você costuma estudar precisa estar sempre organizado e silencioso. Ter muitas coisas espalhadas pode atrapalhar a sua concentração e há o risco de perder tempo procurando coisas que sumiram na bagunça. Todo estudante deveria ter sua biblioteca particular,lembrem-se eu sempre falo quem estuda por livros didáticos costumam ser mais competitivos e outra tenham seu cantinho de estudos,pode até postar nas redes sociais serve como motivação pra outros e como autoestima. ( P. Alan Calvet )

MÚSICA? SÓ EM UMA LÍNGUA QUE VOCÊ NÃO COMPREENDA A LETRA

Não é proibido estudar ouvindo música - há quem precise dela para se concentrar. Mas evite ouvir músicas em idiomas que você entenda - isso pode fazer com que você desvie sua atenção para a letra e esqueça a matéria.
USE MARCA-TEXTO

Usar canetas coloridas e marca-texto para enfatizar os pontos principais é uma boa ajuda para manter o foco no que for importante, especialmente se você tem problemas mais sérios de déficit de atenção. Post-its também podem ser úteis.

Adoro aqueles papeizinhos que alguns alunos fazem e colam no caderno.
RESPEITE SEU TEMPO.

Se você é mais produtivo de manhã, deixe para estudar as matérias mais difíceis nesse período. Quando sentir que a concentração não está rolando de jeito nenhum, faça uma pequena parada e depois volte. Manter intervalos regulares é fundamental - e a frequência vai depender do seu ritmo.
TENHA UMA PROGRAMAÇÃO ORGANIZADA,MAS SEJA FLEXÍVEL

Use uma agenda ou quadro branco para organizar suas tarefas e respeite-a! Mas faça programações realistas para que você não se desanime. Definir que você vai estudar durante oito horas por dia se você tem várias outras atividades, por exemplo, não é algo razoável. E esteja aberto para mudanças, caso seja necessário.Neste ponto eu acrescentaria ter DISCIPLINA digo assim,se você estipulou naquela semana estudar tantas horas por dia,estude tantas horas por dia,mais estude todos os dias e se for dia de finado,feriado etc..continue estudando todos os dias,pode até diminuir a quantidade de horas estudadas,no domingo por exemplo,antes de sair para fazer outras coisas,estude 1/2 hora,mais tenha disciplina e com isso seu cérebro fica condicionado ( P. Alan Calvet ),opa!! é como ter que escovar os dentes todos os dias...
CRIE UM PEQUENO RITUAL ANTES DE ESTUDAR

Sempre que for mergulhar nos estudos, crie e respeite um ritualzinho antes. Pode ser um alongamento, pegar um copo de suco para deixar na sua mesa, ou que mais achar melhor. Com o tempo, seu cérebro vai entender que é hora dos estudos e ficará mais fácil se concentrar.

COM RELAÇÃO ESTUDAR ESPECIFICAMENTE UMA MATÉRIA,COMO BIOLOGIA

Bom o autor do blog tem sim várias ferramentas que podem te ajudar,são conteúdos selecionados que me preocupo em observar o que mais são exigidos pelos vestibulares e os conteúdos mais prováveis de cair numa eventual prova. No grupo dos AMANTES DA BIOLOGIA no facebook,se você faz uso de uma NET razoável e acessa pelo PC,NOTBOOK etc..basta você usar a janela de pesquisa da página e colocar uma palavra chave de algum conteúdo que queira estudar,você vai encontrar a essência do conteúdo,ainda tem questões comentadas,links de vídeos e etc. O professor ainda dispõe de esquemas,resumos,mapas,apostilas em pdf que podem ser solicitados a ele,com certeza serão de grande valia nos seus estudos. Além de tudo isso,temos ainda os excelentes ÁUDIOS ( Podcasts ) com DICAS de que você precisa entender,dando especial atenção a conteúdos exigidos no ENEM tais como ecologia,parasitoses,fisiologia,genética,temos ainda links com vídeos e podcasts explicando exatamente o que estudar em biologia para o ENEM e VESTIBULAR,você pode acessar o canal no youtube dos AMANTES DA BIOLOGIA ou agendar uma monitoria com o professor,a primeira é gratuita.

SIGAM AS REDES SOCIAIS DO PROFESSOR @alancalvet dos AMANTES DA BIOLOGIA!!










quarta-feira, 15 de junho de 2016

CAI NO ENEM : ESPÉCIES EXÓTICAS...

SAPO CURURU

RÃ TOURO

LAGOSTIN VERMELHO

Espécie exótica é aquela que se encontra fora de sua área de distribuição natural e, quando oferece ameaça às espécies nativas, bem como à vida humana, aos ecossistemas ou hábitats, é chamada de espécie exótica invasora.

A adaptação às condições do ambiente no qual se inseriu, ausência de predadores e degradação dos ambientes naturais são os principais fatores que levam uma espécie exótica se tornar invasora, competindo com as espécies nativas por recursos - como território, água, alimento e inclusive, em alguns casos, se alimentando destas, causando um grande impacto ao ambiente. A invasão de animais e plantas exóticos é considerada a segunda maior ameaça às espécies nativas, acarretando em declínios populacionais e até extinção destas.

A rã-touro (Lithobates catesbeianus), importada dos Estados Unidos ao nosso país com o intuito de alimentar, literalmente, o mercado de carnes exóticas fez sucesso devido a sua grande taxa reprodutiva, crescimento rápido e resistência a enfermidades. A fuga desta espécie de seus criadouros deu condições para que se integrasse ao ambiente natural de outras espécies, expulsando anfíbios nativos. O sapo cururu (Rhinella marina), introduzido do Brasil para a Austrália para controlar duas espécies de besouros causou danos desta mesma magnitude.

O lagostin-vermelho (Procambarus clarkii), originário dos Estados Unidos, é invasor de mais de 30 países, inclusive o Brasil, possui grande capacidade de reprodução, é bastante tolerante às diversas condições ambientais e não possui predador natural e transmite um fungo no qual é resistente, mas ataca os lagostins da região.

Uma espécie bem famosa na época de chuvas, o caracol-gigante africano (Achatina fulica), tem sido controlada na cidade de João Pessoa, Paraíba. Esta, conhecida também como escargot africano, foi introduzida no país para fins alimentícios, se espalhando no território nacional. Essa espécie invade casas, se alimenta de várias espécies vegetais, causando danos à agricultura e pode transmitir doenças às diferentes espécies, inclusive a humana.

A carnaúba, espécie de planta típica brasileira, tem sido ameaçada por uma espécie de planta de Madagascar, conhecida como Unha do Diabo (Cryptostégia grandiflora). Esta de enrosca na carnaúba, sufocando-a e causando sua morte, acarretando prejuízos, inclusive econômicos, pelo fato de que a cera desta é fonte de renda para muitos moradores da região.




As carpas (Cyprinus carpio) e tilápias (gênero Oreochromis), originárias da África e Ásia, predam espécies nativas, alteram o pH e nível de oxigênio da água. A tilápia, ainda, pode causar erosões, uma vez que tem como hábito reprodutivo cavar buracos nas bordas de lagos.

O javali (Sus scrof), natural da Europa, compete por alimento e território com porcos-do-mato, muitas vezes acarretando na expulsão destes do território. Além disso, o invasor se alimenta de lavouras, causando danos aos produtores.

O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é responsável pelo entupimento de encanamentos de hidrelétricas. Foi trazido da Ásia, pela água usada como lastro de navios.

Esses são apenas algumas espécies dentro das centenas que invadem o território nacional. No site doInstituto Hórus há uma lista com informações sobre cada um destes organismos.

A melhor forma de evitar os impactos causados pelas espécies invasoras é prevenir a introdução destas. Já introduzidas, o controle populacional, contando com a participação dos habitantes da região e conscientização destes é uma boa alternativa para se evitar mais danos à teia da vida!

CARAMUJO AFRICANO



Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia