Como muitos percevejos o hábito alimentar é bem entranho. Para se alimentar, agarram as suas “vítimas” com as patas dianteiras (que são muito maiores que as outras) e injetam uma poderosa saliva digestiva que dissolve o interior da sua presa. As vísceras da vítima se transformam em uma meleca orgânica pastosa que facilmente sugada pelo aparelho bucal da barata d’água. Na água, comem caramujos, lesmas girinos, salamandras, peixinhos (veja na foto).
A reprodução é incrível. As baratas d’água podem sair da água a noite para se acasalarem. A cópula ocorre durante a primavera e os ovos são postos em plantas aquáticas ou em matéria vegetal em decomposição. Em algumas espécies, as fêmeas depositam os ovos sobre as costas dos machos, junto com um líquido adesivo, obrigando-os a carregar os ovos até a eclosão. Acredita-se que isso ocorra porque os machos costumam consumir os ovos e, em suas costas, o acesso torna-se praticamente impossível. Muito legal!
É muito comum encontrarmos esses insetos mortos perto de postes de luz. Os pesquisadores acreditam que por serem animais que evoluíram orientando-se pelas estrelas, costumam ser atraídas por luzes brilhantes, o que faz com que se desorientem, voem em espiral e depois morram de exaustão.
É um inseto bem bonito, não é?
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