Atualmente com o uso de roupas cada vez mais leves e curtas que valorizam de forma erótica e sensual do corpo feminino, em alguns casos, até mesmo sendo dispensando o uso de roupas intimas, o hábito de raspar totalmente os pelos vulvares ganhou força definitivamente. São raras as mulheres que mantém os pelos naturais do corpo. Diversas técnicas são utilizadas para dar fim aos indesejados cabelinhos: depilação egípcia, cera espanhola, creme depilatório em caso de urgência, até lâmina vale. Mas até que ponto é benéfico depilar os pelos íntimos?
Um estudo realizado pela Universidade de Indiana e pelo Instituto Kinsey para Estudos sobre Sexo, Gênero e Reprodução ouviu a opinião de 2.451 americanas e o resultado apontou que 87% das jovens entre 18 e 24 anos removem total ou parcialmente os pelos pubianos. O estudo também revelou que as mulheres adeptas da depilação são mais confiantes e seguras em relação ao seu corpo do que aquelas que não costumam encarar o processo.
Mas o fato é que os médicos são unânimes em dizer que todos os pelos do nosso corpo, principalmente aqueles que ficam em regiões próximas a cavidades, são de extrema importância, caso contrário eles não estariam lá. Os pelos pubianos anatomicamente limitados à região genital respondem como importante auxílio na proteção contra traumas e na defesa de infecções bacterianas causadas pela transpiração produzida por uso de roupas apertadas ou úmidas. Assim, os pelos pubianos protegem nosso corpo contra microrganismos, barrando os agentes infecciosos. Aquela penugem da entrada da vagina ajuda e evitar infecções vaginais e corrimentos.
Por isso, a maioria dos ginecologistas dizem que é preciso ter muito cuidado com a depilação total da região íntima da mulher, por ser uma região muito vascularizada a retirada da proteção dada pela penugem pode deixar a área desprotegida e vulnerável. Com a retirada dos pelos, bactérias têm acesso livre para região interior da pele, podendo ocasionar inflamação ou infecção. O atrito direto com a calcinha e absorventes são outros fatores que aumentam a umidificação do local, responsáveis pela proliferação de bactérias. Normalmente as infecções mais comuns são as bacterianas por contaminação local na hora da depilação. Infecção por um protozoário chamado Trichomonas vaginalispode acontecer, o que pode causar corrimentos.
Mas o fato é que muitas mulheres hoje, já não conseguem mais abrir mão de estar com a região íntima totalmente livre de pelos. Os especialistas sugerem é que seja deixado um mínimo que seja de pelo púbico na entrada da abertura genital com intuito de defesa da microbiota bacteriana.
No entanto, alguns médicos argumentam que a remoção de pelos não aumenta a chance de infecções genitais, desde que a higiene local seja adequada. Para isso é recomendado o uso de sabonetes íntimos (sem exagero) que mantêm o pH da região vaginal estável e aumenta os lactobacilos vaginais responsáveis pela defesa desse local.
Fonte: bolsademulher/amaurysexologo/revistadonna Imagens: blogfv/revistadonna/radior
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