sábado, 24 de setembro de 2016
Biologia do rato !!
O Rato (plural: ratos) é uma designação comum para diversos pequenos mamíferos pertencentes à ordem dos roedores, assim como um nome genérico dado a diversos mamíferos roedores pertencentes às famílias Muridae, Cricetidae, Heteromyidae, Diatomyidae e Bathyergidae.
Caracterizam-se por possuir focinho pontudo, orelhas pequenas e arredondadas, e uma longa cauda nua ou quase sem pêlos. As espécies mais conhecidas de rato são o Mus musculus, um típico rato doméstico, Rattus rattus e Rattus norvegicus, por vezes chamados de ratazanas e que habitam esgotos e córregos. Os ratos também são animais de estimação. Já em ambiente silvestre, a espécie mais comum é o ratos-do-campo ou rato do mato, espécie importante para a cadeia alimentar, pois são alimentos de grandes aves como falcões e águias. Os ratos domésticos possuem comportamentos furtivos, onde podem invadir casas e despensas de comida. O americano Peromyscus leucopus e o Peromyscus maniculatus vivem em ambiente não urbano, e são geralmente chamados de camundongos. Esses, assim como outras espécies comuns de rato como roedores existentes em todo o mundo, também podem habitar ambientes humanos. Entretanto, muitos deles são de outro gênero.
Gatos, cães, raposas, corujas, aves de rapina, cobras e até mesmo alguns tipos de artrópodes são os principais predadores dos ratos, principalmente as selvagens. No entanto, por causa de sua notável capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente, o rato é um dos mais bem sucedidos entre o gênero mamíferos na Terra atualmente.
Os ratos em alguns contextos são considerados pragas, quando danificam e destroem plantações e silos de armazenamento de grãos, onde também causam danos estruturais danificando fiações, estruturas, além de ser um vetor para diversas doenças, na maioria das vezes transmitidas pelas suas fezes ou através de seus parasitas que com seus hospedeiros como a Yersinia pestis, causam doenças como a peste bulbonica. Além disso, doenças como salmonelose, tifo murinho, escabiose e leptospirose também podem ser transmitidas pelas fezes dos ratos. Na América do Norte, diversos casos onde a vítima apenas respirou o pó gerado pelas fezes do rato, tem sido associada à hantavírus, o que pode levar à Síndrome Pulmonar por Hantavírus (HPS).
A maioria dos ratos possuem hábitos noturnos; eles compensam suas limitações visuais com grande senso de audição, e confiam principalmente em seu sentido do olfato para localizar comida e evitar predadores.
Os ratos são os principais animais usado para testes em laboratórios, seja para teste de medicações, como pesquisas mais desenvolvidas como células tronco e cardiológicas.
Os ratos tem capacidade de construir complexos de tocas na natureza ou em ambiente humano. Estas tocas costumam ter longas entradas e estão equipados com túneis/rotas de fuga. Há alguma evidência de um novo estudo que indica que o projeto arquitetônico de uma toca é o resultado do que é pré-escrito no DNA de um rato.
A idade de reprodução de um rato, é de cerca de 50 dias de idade em ambos os sexos feminino e masculino, embora as fêmeas possam ter seu primeiro entre 25 e 40 dias. Ratos possuem ciclo estral durante todo o ano, e a ovulação é espontânea. A duração do ciclo estral é de 4-5 dias e o estro em si dura cerca de 12 horas, ocorrendo durante a noite. Esfregações vaginais ajudam no acasalamentos para determinar a fase do ciclo estral. O acoplamento é geralmente nocturno e pode ser confirmada pela presença de um sphragis na vagina até 24 horas após a cópula. A presença de esperma vaginal também é um indicador fiável de acasalamento.
Camundongos fêmeas quando alojadas juntas tendem a não entrar em ciclo estral. Se exposto a um rato macho ou os feromônios de um rato macho, a maioria das fêmeas vai entrar em cio em cerca de 72 horas. Esta sincronização do ciclo estral é conhecida como o efeito de Whitten. A exposição de uma rata recém-criada aos feromônios de um rato macho desconhecido pode impedir a implantação, um fenômeno conhecido como o efeito Bruce.
O período de gestação média é de 20 dias. Após o parto, cerca de 14–24 horas, o aleitamento é iniciado. A média de indivíduos em uma ninhada é de 10 a 12 indivíduos.
Os roedores são uma das pragas urbanas mais temidas pela população em geral. Não é raro encontrar pessoas que se desesperam ao entrar em contato com um deles. A sensação de pânico que eles causam é bastante conhecida. Instintivamente, demonstramos pavor àquilo que pode ameaçar nossa integridade física, como os ratos ameaçavam na época das cavernas.
São também uma das mais pragas mais bem adaptadas ao convívio humano. Recebem do nosso ambiente tudo o que precisam para sobrevivência: água, abrigo e alimento em excesso. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se uma perda anual de 8 a 10% da produção mundial de grãos por conta do consumo ou estrago provocado pelo contato com urina e fezes dos roedores. Refletindo em prejuízos financeiros, só no Brasil ficaria na ordem de US$ 4 bilhões por ano.
Os roedores podem transmitir diversas doenças, como por exemplo, a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino, sarnas e micoses, entre outras. Por essa razão, o controle de roedores torna-se imprescindível, devendo ser tratado efetivamente como um problema de saúde pública.
Os roedores sinantrópicos (que convivem no mesmo ambiente do homem) são divididos em duas categorias: roedores silvestres e roedores urbanos.
Presentes em todos os continentes, à exceção da Antártica, os roedores constituem a mais numerosa ordem de mamíferos. São mais de 2000 espécies, o que corresponde a cerca de 40% das espécies da classe dos mamíferos. A maior parte é de pequenas proporções, o camundongo-pigmeu Africano tem 6 cm de comprimento e pesa 7 g. Por outro lado, o maior deles, a capivara, pode pesar até 45 kg.
Os roedores distinguem-se dos outros animais pelos seus dentes. Eles possuem um par de dentes incisivos no maxilar superior e um par dos mesmos no inferior, separados dos dentes molares por um longo espaço sem dentes (diastema). Esses animais possuem os sentidos muito apurados, principalmente tato (através dos pêlos), audição, olfato e paladar. A visão, porém, é limitada.
Entretanto, são bastante sensíveis às variações de intensidade luminosa, o que confere aos mesmos capacidade imediata de perceber movimentos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Que tal deixar um comentário?