terça-feira, 22 de setembro de 2015

CURIOSIDADES: ASSEXUALIDADE. O que é?

Orientação de nome praticamente autoexplicativo, mas que não deve ser confundida com o celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual. Ou seja, enquanto que no celibato escolhe-se pela privação da intimidade sexual ainda que haja o desejo, a assexualidade é uma parte intrínsica da condição do envolvido. Os assexuados não tomaram tal decisão, eles simplesmente não possuem desejo sexual, e não se importam com isso. Assim, assexualidade não tem nada a ver com castidade, com disfunção sexual ou moralidade. Atualmente, as pessoas estão buscando compreendê-la fazendo com que muitos a defendam, não como uma patologia, mas uma orientação sexual legítima, ainda que há quem afirme que tal critério se encaixa no distúrbio de hipoatividade sexual, ou mesmo no da aversão sexual. O que se sente? Pode-se dizer que é uma identidade e uma forma de descrever o estilo de vida caracterizado pela falta de atração sexual por qualquer um dos gêneros. Para alguns, também compreende a falta de atração romântica e há aqueles que sentem pouca necessidade de relacionamentos interpessoais e, ainda, os que mantêm uma ampla rede de amigos, o que lhes oferece suporte emocional necessário. As necessidades emocionais são as mesmas, variando a forma como são supridas. Se, para muitos, o sexo é uma parte chave na ligação entre as pessoas, não necessariamente para outros ele é a única expressão possível de amor. A realização pode vir do carinho, da compaixão, da proximidade, da empatia e da aceitação. É preciso deixar claro que ser assexuado não significa não gostar ou ir contra o ato sexual, embora há quem se encaixe nessa categoria, mas demonstra a falta de interação com outras pessoas em uma base sexual. Os sentimentos não se perdem. Uma pessoa que se diz assexuada pode se apaixonar por outra, amá-la e ser feliz, ainda que nunca se sinta sexualmente atraída e tenha necessidades sexuais. Não há vergonha, oposição ou medo nisso. O sexo é aceitado como natural, só que não se envolvem pela falta de desejo. Ou seja, ainda que experimentem a atração, não necessariamente sentem necessidade de expressá-la sexualmente. Alguns até podem experimentar diferentes níveis de excitação sexual ocasional, ainda que não esteja associada ao desejo de haver parceiros sexuais, e sentem-se mais à vontade se masturbando, num impulso mais fisiológico. Como se faz o diagnóstico? Para fazermos parte da sociedade ocidental, temos que ter uma vida sexual ativa, em que a sexualidade é uma parte essencial e de interação. Num mundo que valoriza tanto a expressão sexual, pode ser difícil imaginar que existam pessoas que se identifiquem como assexuadas. Muitos podem até se sentir cobrados socialmente, passando a se questionar se são normais por se sentirem assim. A contrário do que podem pensar, tal atitude não gera incômodo, mas, muitas vezes, são os outros que se sentem incomodados pelo jeito de ser do indivíduo assexuado. Assim, o que percebemos é que tais indivíduos não veem a falta de excitação como um problema que precisa de tratamento. Não há nenhum teste capaz de determinar a assexualidade. Mas, de qualquer forma, mais do que curar, é preciso aceitar tal orientação. Qualquer que seja o significado, ser assexuado diz respeito a não ser sexual, não se importar com o sexo, e não ver a falta de excitação sexual como um problema a ser corrigido. De forma resumida, se não causa angústia, não deve ser entendido como um distúrbio emocional ou médico. Leia Mais: Assexualidade | ABC da Saúde

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