quinta-feira, 21 de abril de 2016

O que você sabe dos LIPÍDIOS ?




Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e gorduras. Eles não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter.




Oléos e Gorduras,existe diferença??

















Por causa de sua origem em nossa alimentação, é costumeiro se ver uma classificação trivial e útil na nutrição das gorduras em gordura animal e gordura vegetal. Um exemplo de gordura animal é a banha de porco, uma gordura vegetal comum é o azeite de oliva.


Glicerídeos


Constituem os óleos e as gorduras, que diferem entre si quanto ao ponto de fusão. À temperatura ambiente, os óleos são líquidos, pois um ou mais dos ácidos graxos têm predominância de insaturações na cadeia. E as gorduras são sólidas pelo fato dos ácidos graxos terem predominância de saturação na cadeia. Os glicerídeos possuem elevados teores energéticos e são os principais componentes lipídicos da dieta humana.
Em mamíferos que vivem em regiões polares, como a baleia, a gordura forma uma espessa camada subcutânea ou “colchão adiposo”, que envolve o corpo e permite o isolamento térmico do animal em relação ao ambiente frio. As moléculas dos glicerídios podem ter um, dois ou três ácidos graxos associados ao glicerol, um álcool conhecido como glicerina. Ácidos graxos são compostos de longas cadeias de carbono, saturadas ou não, que formam os ésteres das gorduras e dos óleos.


Ácidos graxos


São ácidos carboxílicos constituídos cadeias hidrocarbonadas de quatro a trinta e seis átomos de carbono e representam uma importante fonte de energia para as células. São considerados anfipáticos por apresentarem uma extremidade polar (hidrofílica) e uma extremidade apolar (hidrofóbica).
Em temperatura ambiente (25°C), os ácidos graxos saturados de 12 a 24 átomos de carbono possuem consistência cerosa, ao passo que os ácidos graxos insaturados do mesmo comprimento são líquidos e oleosos. Dessa forma, o ponto de fusão dos ácidos graxos insaturados é menor do que os ácidos graxos saturados.
Entre os diversos ácidos graxos esterificados nos lipídios destacam-se:
Ácido butírico: H3C-CH2-CH2-COOH
Ácido palmítico: H3C-(CH2)14-COOH
Ácido esteárico: H3C-(CH2)16-COOH
Ácido oleico: H3C-(CH2)7-CH=CH-(CH2)7-COOH
Ácido ricinoleico: H3C-(CH2)5-HC(OH)-CH2-CH=CH-(CH2)7-COOH
Ácido linoleico: H3C-CH2-CH=CH-CH2-CH=CH-CH2-CH=CH-(CH2)7-COOH
Ácido eleoesteárico: H3C-(CH2)3-CH=CH-CH=CH-CH=CH-(CH2)7-COOH


Dentre os glicerídeos, os principais em suas formas naturais e extraíveis são:



Banha: apresenta-se no tecido adiposo dos animais; constituindo-se de misturas de glicerídeos de ácidos palmítico, esteárico e oleico.
Sebo: presente no tecido adiposo dos bovinos. Pelo seu aquecimento se obtém a margarina natural, constituída principalmente de glicerídeos de ácido palmítico e esteárico.
Manteiga de leite: obtida principalmente de leite de vacas e de cabras e cujos principais ácidos graxos envolvidos são o ácido palmítico, o esteárico, o oleico, o capróico(C7H15COOOH), caprílico (C5H11COOOH).
Manteigas vegetais: as mais comuns são a manteiga de côco, a manteiga de cacau e a manteiga de cupuaçu.
Óleo de linhaça: é um óleo usado como um secativo, extraído do linho e composto principalmente de glicérídeos contendo ácido linoleico e linolênico.


Os óleos ditos secativos contém glicerídeos de ácidos graxos insaturados, com múltiplas ligações. Devido a esta insaturação de suas moléculas eles se polimerizam e se oxidam quando em contato com o ar, transformando-se em películas finas, resinosas e transparentes quando aplicadas sobre superfícies. Por esta propriedade são aproveitados em formulações de vernizes e tintas e diversas formulações de revestimentos de superfícies.
Óleo de tungue: óleo com propriedades secativas, cujo principal glicerídeo é o ácido eloesteárico.
Óleo de oiticica: óleo com propriedades secativas que contém entre outros ácidos graxos o ácido linoleico. É extraído das plantas comuns em diversas regiões do Brasil.
O óleo de rícino é outro óleo secativo, extraído da semente da mamona, e o mais destacado dos ácidos graxos que o compõe é o ácido ricinoleico.
Óleo de algodão, um óleo comestível, extraído do caroço do algodão, usado como alimento, lubrificante e combustível. Seus principais glicerídeos são compostos pelos ácidos graxos como o ácido palmítico, o ácido esteárico e o ácido oleico. Estes glicerídeos estão também presentes no óleo de amendoim, óleo de oliva, óleo de côco, o óleo de patauá (extraído de determinadas palmeiras da Amazônia), o óleo de babaçu, o óleo de dendê (extraído da palmeira dendê, nativa da África, aclimatada no Brasil).
O óleo de girassol é produzido industrialmente a partir das sementes de girassol. Após limpeza, secagem, descasque, tiruração e extração com solvente. Sofre remoção do solvente e refino, com etapas que incluem desgomagem (remoção de gomas), branqueamento e desodorização. É essencialmente constituído por triacilgliceróis (98 a 99%), com um elevado teor em ácidos graxos insaturados (aproximadamente de 83%), mas reduzido teor em ácido linolénico (menos de 0,2%). É principalmente rico em ácido linoleico.
É crescente a disponibilidade de óleo de milho, devido a crescente produção de etanol a partir do milho dos EUA. Esta grande produção levou ao desenvolvimento de derivados químicos dos ácidos graxos do óleo de milho, como os tensoativos e emulsificantes, em substituição aos tradicionais derivados de oleo de côco, nos cosméticos eprodutos de higiene.
Pela grande produção de soja, sem uso do grão íntegro (o que ocorre parcialmente com o milho), o óleo de soja está entre os óleos vegetais mais produzidos no mundo, e em especial, sua destinação além da produção de margarina vegetal e inúmeros outros derivados por hidrogenação, também tem se direcionado para a produção debiodiesel. Representa 18 a 20% da composição nutricional da soja, sendo que possui predominância de ácidos graxos poliinsaturados (58%), monoinsaturados (23%) e pouca participação de saturados (15%). Os principais ácidos graxos que o compõe são ácido linoleico (aprox. 54%), ácido oleico (aprox. 22%), ácido palmítico (aprox. 10%).
Um óleo em crescente uso é o óleo de canola, extraído de variedades da colza.


Lipídios antipáticos





Incluem os glicerofosfolipídeos, os esfingolipídeos e as esfingomielinas.
As esfingomielinas contêm fosfocolina, ou fosfoetanolanina como seu grupo-cabeça polar, e são classificados como fosfolipídeos juntamente com os glicerofosfolípideos. Essas esfingomielinas guardam semelhança, com as fosfatidilcolinas em suas propriedades gerais e estrutura tridimensional, e pelo fato de não ter carga nos seus grupos cabeça. Também estão presentes nas membranas plamáticas de células de animais, e são especialmente importantes na mielina, uma lâmina membranosa que envolve e isola os axônios em alguns neurônios, daí se dá o nome esfingomielinas.
Os glicoesfingolipídeos,que ocorrem principalmente na face externa da membrana plasmática, têm grupos cabeça com um ou mais açucares ligados diretamente ao – OH, em C-1 da porção ceramida, não contendo fosfato. Os cerebrosídeos, têm um único açucar ligado á ceramida, aqueles com galactose são caracteristicamente encontrados na membrana plásmatica de células em diferentes tecidos neurais. Já os globosídeos, são glicoesfingolipídeos neutros (sem carga elétrica), com dois ou mais açucares; usualmente D – glicose, D – galactose ou N – acetil – D galactosamina. Cérebrosídeos e globosídeos são às vezes, também chamados glicolipídeos neutros, pois não tem carga em ph 7.
Os gangleosídeos, são os esfingolipídeos mais complexos, apresentam oligossacarídeos como seus grupos-cabeças polares, e como unidades terminadas em um ou mais resíduos de ácido N – acetilneuramínico (Neu SAc), também chamado ácido siálico, este se dá aos gangliosídeos com um resíduo de ácido siálico, estão na série GM (M para monossérie), aqueles com dois ácidos siálicos estão na série GD (D para di), e com três ácidos siálicos na série GT, e assim sucessivamente.
Aminoálcool com uma cadeia de hidrocarboneto insaturada longa. A esfingosina e seu derivado esfinganina são as bases principais dos esfingolipídeos nos mamíferos.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADpido
Postado por: Maurício Janderson

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