sábado, 30 de janeiro de 2016

Conhecem os LAGARTOS existentes no Brasil?

No Brasil são conhecidas aproximadamente 248 espécies de lagartos pertencentes à 14 famílias. Lagartos geralmente apresentam dois pares de patas e ocupam os mais variados ambientes e substratos, podendo ser terrícolas (atividade sobre o chão), arborícolas (sobre a vegetação), fossoriais (galerias no subsolo) e semi-aquáticos (ambientes aquáticos e adjacências).
Calango-verde (Ameiva ameiva) - espécie terrícola.

Calango-seringueiro (Plica plica) - espécie arborícola.

Bachia sp. - espécie fossorial.
Neusticurus juruazensis - espécie semi-aquática.
    Possivelmente a espécie mais conhecida no Brasil seja a lagartixa-da-parede (Hemidactylus mabouia), uma espécie exótica oriunda da África. O nome calango é utilizado para designar várias espécies, principalmente as pertencentes ao gêneroTropidurus, e calango-verde o Ameiva ameiva. Algumas espécies, como Iguana iguana, são criadas como pets, ainda que essa mesma espécie também seja alimento para alguns povos na Amazônia. A mais procurada para alimentação no Brasil é o teiú ou teju-açu (Salvator merianae) e outras espécies desse gênero). Víbora é o nome popular aplicado, no Pantanal, ao lagarto semi-aquático Dracaena paraguayensis, pois muitos pantaneiros acreditam que essa espécie seja venenosa. No continente Americano, lagartos peçonhentos ocorrem apenas na América Central e do Norte (monstro-de-Gila e lagarto-de-cuentas – gêneroHeloderma), portanto, no Brasil não existem lagartos venenosos ou peçonhentos.
Camaleão ou Sinimbu (Iguana iguana).
 
Subordem Lacertilia ou Sauria (248 espécies)
 
Família Gekkonidae (6 espécies)
Gêneros Hemidactylus e Lygodactylus.
Distribuição: família com ampla distribuição no Brasil.
São lagartixas diurnas (Lygodactylus) e/ou noturnas (Hemidactylus), arborícolas ou terrícolas e ovíparas que se alimentam de artrópodes. Conhecidas popularmente como lagartixas, bibras e osgas. No Alto Juruá (Acre) Hemidactylus mabouia é chamada de víbora. A lagartixa-da-parede (H. mabouia) é uma espécie exótica, provavelmente introduzida através dos navios negreiros, que coloniza edificações, o que contribui para que seja a espécie mais amplamente distribuída dessa família. Durante a noite é comum observar H. mabouia nas residências, próximas a lâmpadas acesas que atraem insetos; assim como outros representantes da família, são capazes de produzir sons.

Lagartixa-da-parede (Hemidactylus mabouia).

Família Phyllodactylidae (12 espécies)
Gêneros GymnodactylusHomonotaPhyllopezus e Thecadactylus.
Distribuição: esta família está representada em vários biomas por todas as regiões do Brasil.
São pequenas lagartixas arborícolas (com exceção de Homonota, que é terrícola) e ovíparas que podem ser noturnas (comoPhyllopezus e Thecadactylus) ou diurnas (como Gymnodactylus), e se alimentam de artrópodes.
 
Lagartixa (Thecadactylus solimoensis).

Família Sphaerodactylidae (17 espécies)
Gêneros ChatogekkoColeodactylusGonatodesLepidoblepharis e Pseudogonatodes.
Distribuição: regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
São pequenas lagartixas terrícolas (como Chatogekko amazonicus e Pseudogonatodes guianensis) ou subarborícolas (comoGonatodes humeralis), diurnas, e ovíparas que se alimentam de artrópodes.

 
Chatogekko amazonicus.


Gonatodes hasemani.

 
Família Mabuyidae (14 espécies)
Gêneros AspronemaBrasiliscincusCopeoglossumExilaManciolaNotomabuyaPanopaPsychosauraPsychosaura,Trachylepis e Varzea.
Distribuição: todo o Brasil.
São lagartos de pequeno tamanho, cobertos por escamas lisas (o que dá um aspecto brilhante ao animal), com patas reduzidas, pescoço pouco evidente, hábitos diurnos terrícolas ou subarborícolas, vivíparos e que se alimentam principalmente de artrópodes.Trachylepis atlantica, endêmica de Fernando de Noronha, poliniza uma espécie de árvore leguminosa ao visitar as flores em busca de néctar e água.
 

Calango-cobra (Copeoglossum nigropunctatum).

Família Dactyloidae (18 espécies) Gêneros Dactyloa e Norops.
Distribuição: a família está representada na Amazônia e nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.
As espécies dessa família são diurnas, alimentam-se de artrópodes e apresentam hábitos arborícolas e/ou subarborícolas. Os anoles possuem uma dobra gular colorida pode ser expandida e é usada em comunicações intra-específicas – essa característica também é utilizada na identificação das espécies. Os anoles são conhecidos como papa-ventos ou calanguinhos.


Dactyloa transversalis.
Norops nitens.

Família Hoplocercidae (3 espécies)
Gêneros Enyalioides e Hoplocercus.
Distribuição: oeste da Amazônia e região Centro-Oeste do Brasil.
São diurnos, ovíparos e alimentam-se de artrópodes. O gênero Enyalioides ocorre no oeste da Amazônia, nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia, enquanto que Hoplocercus spinosus ocorre no Cerrado do Centro-Oeste e também em manchas desse bioma em Rondônia, Maranhão e sul do Pará. Enyalioides laticeps e E. palpebralis apresentam hábitos arborícolas e Hoplocercus spinosus  escava tocas em barrancos e, quando se refugia dentro delas, dobra a cauda espinhosa fechando a entrada da toca; os índios Kamaiurá chamam esta espécie de cuviara.

 

Enyalioides laticeps.

Enyalioides palpebralis.
                                     Família Iguanidae (1 espécie)
Gênero Iguana.
Distribuição: Amazônia e regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste (norte de Minas Gerais).
Conhecido popularmente como camaleão (na Amazônia) ou sinimbu (no Pantanal), o Iguana iguana é um lagarto de grande tamanho (até 40 cm de comprimento rostro-cloacal que, incluindo a cauda, pode ultrapassar 1,5 m), heliotérmico, subarborícola e ovíparo, cujos adultos são herbívoros.



Sinimbu ou camaleão (Iguana iguana) - adulto.

Sinimbu ou camaleão (Iguana iguana) - juvenil.

 
Família Leiosauridae (13 espécies)
Gêneros AnisolepisEnyaliusLeiosaurus e Urostrophus.
Distribuição: Amazônia (Rondônia, Pará, Maranhão e Mato Grosso), Caatinga, Mata Atlântica e regiões Centro-Oeste (Cerrado e florestas de galeria) e Sul do país.
Os representantes desta família são diurnos, ovíparos, alimentam-se de artrópodes e são principalmente arborícolas, embora algumas espécies forrageiam também no chão.

Família Liolaemidae (3 espécies)
Gênero Liolaemus.
Distribuição: regiões Sudeste (Rio de Janeiro) e Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
São lagartos de hábitos terrícolas, diurnos e ovíparos que se alimentam principalmente de artrópodes. São conhecidas como lagartixas-de-areia ou de praia. Liolaemus occipitalis ocorre no litoral do Rio Grande do Sul até Santa Catarina, limite máximo de sua distribuição ao norte e está nas listas de espécies ameaçadas do Brasil, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A lagartixa-de-areia Liolaemus arambarensis é endêmica do estado do Rio Grande do Sul, onde ocorre na Laguna dos Patos, de Viamão até São Lourenço do Sul. A lagartixa-de-areia Liolaemus lutzae é endêmica da costa do estado do Rio de Janeiro, mas recentemente foi propositadamente introduzida no litoral sul do estado do Espírito Santo; é considerada ameaçada de extinção.

Família Polychrotidae (3 espécies)
Gênero Polychrus.
Distribuição: a família está representada na Amazônia e nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.
As espécies dessa família são diurnas, alimentam-se de artrópodes e apresentam hábitos arborícolas. São chamados em alguns lugares, como no interior de São Paulo, de lagartos-preguiça.
 

Lagarto-preguiça (Polychrus marmoratus).

Família Tropiduridae (35 espécies)
Gêneros EurolophosaurusPlicaStenocercusStrobilurusTropidurusUracentron e Uranoscodon.
Distribuição: família amplamente distribuída no Brasil.
Nessa família ocorrem desde espécies terrícolas e saxícolas (associadas a rochas) a subarborícolas e arborícolas. São lagartos diurnos e ovíparos que se alimentam principalmente de artrópodes, embora alguns sejam onívoros. São chamados de calangos (Tropidurus spp.) e tamacuaré (Uranoscodon superciliosus).

 


Calango (Plica umbra).
 

Calango (Stenocercus sinesaccus).
 

Calango (Tropidurus torquatus).

Tamacuaré (Uranoscodon superciliosus).
 
Família Diploglossidae (5 espécies)
Gênero Diploglossus e Ophiodes.
Distribuição: família presente na região Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Caatinga e na Amazônia (Acre e Rondônia).
São lagartos de corpo cilíndrico e alongado, com acentuada redução ou ausência de membros, de hábitos terrícolas ou fossoriais, alimentando-se de artrópodos.
As espécies de Diploglossus são de hábitos secretivos e relativamente de difícil encontro, o que dificulta os estudos bio-ecológicos. Diploglossus lessonae ocorre na Caatinga, enquanto que D. fasciatus apresenta distribuição disjunta, ocorrendo na Mata Atlântica e no estado do Acre na Amazônia. Diploglossus lessonae é ovíparo, enquanto que o modo reprodutivo de D. fasciatus é desconhecido.
O gênero Ophiodes é composto por lagartos ápodos conhecidos popularmente como cobra-de-vidro ou quebra-quebra. Esses nomes populares se devem ao comportamento de autotomia caudal (romper a cauda) quando são atacados. As cobras-de-vidro (Ophiodes spp.) tem a distribuição considerada extra-amazônica, com um único registro em Cacoal, estado de Rondônia. Os lagartos Ophiodes são vivíparos. 
 

Família Gymnophthalmidae (84 espécies)
Gêneros AcratosauraAlexandresaurus, AlopoglossusAmapasaurusAnotosauraArthrosauraBachiaCalyptommatus,CaparaoniaCercosauraColobodactylusColobosauraColobosauroides, DryadosauraEcpleopusGymnophthalmus,HeterodactylusIphisaLeposomaMarinussaurusMicrablepharusNeusticurusNothobachiaPlacosomaProcellosaurinus,PsilophthalmusPtychoglossusRhachysaurusScriptosauraStenolepisTretioscincus e Vanzosaura.
Distribuição: todo o Brasil.
Os lagartos desta família são também referidos, na literatura científica, como microteídeos, pois já foram classificados entre os Teiidae; em geral são de pequeno tamanho, ovíparos, diurnos, se alimentam de artrópodes e apresentam hábitos terrícolas, existindo também espécies fossoriais (como Bachia spp. e Notobachia spp.) e semi-aquáticas (como Neusticurus spp.). Alguns gêneros (como Bachia e Calyptommatus) tiveram redução parcial ou total das patas.
 


Cercosaura eigenmanni.
 

Cercosaura ocellata.

Micrablepharus maximiliani.
 

Família Teiidae (34 espécies)Gêneros AmeivaAmeivulaCnemidophorusContomastixCrocodilurusDracaenaKentropyxSalvatorTeius e Tupinambis.
Distribuição: todo o Brasil.
São lagartos diurnos de hábitos terrícolas (AmeivaCnemidophorusTeius e Tupinambis), subarborícolas (Kentropyx) ou semi-aquáticos (Crocodilurus e Dracaena) e ovíparos, que se alimentam de artrópodes, embora algumas espécies sejam onívoras.
São conhecidos popularmente como calangos-verdes (Ameiva ameiva), jacareranas (Crocodilurus amazonicus) e jacuruxis (Dracaena guianensis) na Amazônia, víboras (D. paraguayensis) no Pantanal, e teiús, tejus, tejus-açus ou simplesmente lagartos (Tupinambis spp. e Salvator merianae) por todo o país. O lagarto generalista e onívoro teiú (Salvator merianae) é um potencial dispersor de sementes e também pode se alimentar de fungos.

 


Calango-verde (Ameiva ameiva).
 

Calango (Kentropyx pelviceps).
Lagarto-teju (Salvator merianae) - adulto.
 

Lagarto-teju (Salvator merianae) - juvenil.
 

Lagarto-teju (Tupinambis teguixin).

As 20 drogas mais terríveis do planeta. Algumas você nunca ouviu falar!

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera-se droga “qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento, ou seja, altera ou causa uma série de mudanças na forma de sentir, pensar, agir e expressar”. Há diversos tipos de drogas, consideradas socialmente lícitas ou ilícitas, e que atuam no organismo de acordo com uma série de variáveis, dependendo do tipo de substância e da quantidade consumida, das características pessoais do indivíduo ou mesmo de acordo com as expectativas de seu uso. As motivações que levam ao uso são inúmeras, como, por exemplo, a curiosidade, para “fugir” de problemas, para busca de prazer, para inibir a timidez, dentre tantos outros.
Sendo um problema mundial, é importante refletir sobre os efeitos e consequências do uso indiscriminado de drogas. Um documentário sobre as drogas mais perigosas, da BBC de Londres, mostra uma classificação publicada no periódico The Lancet e realizada por psicofarmacólogos, que segue como critérios: os efeitos causados, o grau de dependência e as consequências/impactos sociais da droga. Apesar de ser uma classificação britânica, que não reflete fielmente a realidade brasileira, é possível notar muitas semelhanças. Confira a lista:

20º- KHAT

Muito utilizada na África oriental, é considerada uma droga social, ou seja, é lícita, e as pessoas mascam suas folhas em momentos de lazer. Sendo um estimulante natural, atua no sistema nervoso central como um energizante, deixando as pessoas “ligadas”. Assim, possui efeitos similares a anfetamina (substância utilizada pelos que viram noites estudando ou fazem regimes forçados).

19º- POPERS

Com modo de uso semelhante ao lança-perfume (inalando com o auxílio de uma garrafa ou pano molhado), as substâncias dessa droga são bem diferentes, já que se trata de um nitrato. Seu principal efeito é a dilatação dos vasos sanguíneos, diminuindo sua pressão. Por isso, essa droga não pode ser utilizadas com outras que proporcionam o mesmo efeito, como é o caso do viagra. Mesmo com o aumento da frequência cardíaca, a sensação de relaxamento é seu principal efeito.

18º- ECSTASY (Êxtase)

Conhecida popularmente como “bala”, é comumente consumida via oral, mas também pode-se cheirá-la ou mesmo introduzi-la no traseiro (não, não é brincadeira!). Essa droga é usada principalmente em baladas, porque aumenta a sensibilidade às luzes, sons e toques. Dentre os sintomas proporcionados estão a taquicardia, desidratação e o aquecimento excessivo da temperatura corporal.
extase

17º- GHB

Lembra do golpe “Boa Noite Cinderela”, onde utiliza-se uma droga para dopar pessoas e cometer crimes como furtos, sequestros e estupros? Então, essa é a droga utilizada! Deixando os usuários desnorteados e excitados (sexualmente), trata-se de uma droga fortíssima, que não pode ser ingerida com álcool, anabolizantes ou outras substâncias que ajam no sistema nervoso, pois pode causar morte súbita! No entanto, o GHB é muito utilizado para aumentar os efeitos dessas outras drogas, seja voluntariamente, ou no famoso golpe.

16º- ANABOLIZANTES

Uma velha conhecida de muitas pessoas que fazem academia e querem resultados rápidos. São tão perigosos, que se aplicados diretamente na veia, são letais. Por isso, são aplicados nos músculos. Apesar de proporcionarem aumento dos músculos, de resistência e da força física, esses hormônios sintéticos, derivados da testosterona, causam uma série de complicações a saúde quando usados indiscriminadamente, como aumento de pelos, acne, perda de cabelo, disfunções sexuais, alterações de humor, podendo provocar até mesmo infarto. Os perigos são ainda maiores por serem consumidas versões falsificadas, contaminadas ou de uso animal.

15º- COMETILFINIDATO

Derivado da ritalina, droga de uso controlado, utilizada para conter a hiperatividade e déficits de atenção (conhecida também como droga dos concurseiros, pelo seu uso indiscriminado com o propósito de melhorara de desempenho), é vendida ilegalmente, esmagada e inalada para obter seus efeitos rapidamente. Pode levar a convulsões, delírios, tremores, vômitos e dependência.

14º- LSD

Também conhecido pelos nomes “doce” e “ácido”, é um composto sintético, obtido a partir de reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea. Sendo uma droga alucinógena e psicodélica, mexe com o sistema nervoso dependendo do estado emocional do usuário, que pode ter desde sensações boas, até entrar em tristeza profunda. Essa droga, com o decorrer do tempo de uso, pode causar esquisofrenia, crises de pânico ou confusões na memória.
lsd

13º- METILTIOANFETAMINA

Pertencente a mesma classe, e muito mais perigosa do que o “Êxtase”, é vendida como uma alternativa a droga. Porém, por ter efeitos muito menores em relação a outras anfetaminas, os usuários costumam ingerir altas doses da droga, em busca de ter a mesma sensação eufórica do uso de “bala” ou “Êxtase”.

12º- COLA

Na verdade sua função não deveria ser essa. A “cola-de-sapateiro” tem como finalidade aderir objetos de couro e borracha. Infelizmente, por sua inalação provocar alucinações (além de vertigens e tonturas), esse composto difundiu-se como droga, principalmente entre moradores de rua.

11º- MACONHA

Uma das drogas mais utilizada no mundo! Alvo de muitas polêmicas, vários estudos mostram diferentes opiniões sobre seu uso, em que alguns apontam que a droga não é tão nociva, e outros apontam que ela pode causar psicoses, surtos e problemas de memória. A maconha é tão polêmica que há anos intensos movimentos, em vários países, pedem a sua legalização, principalmente para acabar com o financiamento do tráfico.

10º- BUPRENORFINA

É derivada da morfina, uma outra classe de remédios utilizada como analgésico (para aliviar intensas dores), e que é derivada do ópio. Assim como a morfina foi utilizada antigamente para o tratamento de alcoolismo, esse composto é recomendado para pacientes viciados em heroína, por ser mais fraca e diminuir as crises de abstinência. Ainda assim, a buprenorfina é uma droga forte, e se usada incorretamente pode levar a overdose.
maconha

9º- TABACO

Um velho conhecido, trata-se de uma droga legalizada. Sendo antigamente relacionado ao status e ao “chique”, hoje muitas campanhas alertam para os inúmeros prejuízos que o cigarro causa ao longo tempo para o organismo do fumante (câncer, problemas circulatórias, respiratórios, cardiovasculares, etc.). Também é responsável pela diminuição de aproximadamente 10 anos de expectativa de vida, causando cerca de 40% das doenças hospitalares.

8º- ANFETAMINA

Também chamada de “cristal” ou “meth”, é para os Estados Unidos uma versão do nosso crack. Vicia rapidamente os seus usuários e, além de causar paranoia, tem um poder destrutivo impressionante a longo prazo, principalmente sobre o nariz, a boca e o pulmão, podendo causar ainda infarto, derrame, coma e morte.

7º- BENZODIAZEPINA

A famosa classe de calmantes tarja preta, que inclui o conhecido rivotril, têm efeito sedativo e é utilizada para tratar ansiedade, insônia e convulsões. Sendo cada vez mais frequente o número de pessoas que as utilizam, causam sintomas colaterais como ansiedade (por mais irônico que pareça), depressão, náuseas e perda de memória, tendo como risco a dependência psicológica e física, logo nas primeiras semanas de uso.

6º- KETAMINA

Chamada também de  “K” ou “Key”, é um tranquilizante de origem animal, contrabandeado por veterinários, sendo muito comum seu uso em baladas. São ingeridas na forma líquida, fumando-a com maconha ou por aplicação no músculo. Seu pior efeito imediato é o que chama-se de “K-Hole”, que consiste na paralisia de músculos, o que leva a dificuldade em se mover, engolir ou até mesmo respirar. A longo prazo os efeitos são depressão, ansiedade e infecção dos órgãos.
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5º- ÁLCOOL

Sem dúvidas, a mais popular e antiga das drogas. Com efeitos rápidos como desinibir o sujeito e estimular o sistema nervoso de recompensas do cérebro, a bebida é utilizada para “esquecer” problemas, “curtir” programas recreativos, com o viés de socialização, dentre outros motivos. Os efeitos do uso descontrolado são bem conhecidos (vômito, dor de cabeça, etc.). E a longo prazo ocasiona problemas no coração, fígado e rins. Segundo a OMS, é a droga que mais mata no mundo, e o consumo no Brasil está acima da média mundial… (Eita!)

4º- METADONA

Apesar de um pouco menos viciante, tem efeitos semelhantes a heroína. Por isso, é comum usuários que tentam chegar aos mesmos efeitos da heroína e tem overdose. A mistura com sedativos e álcool pode levar a morte instantânea.

3º- BARBITÚRICO

Remédio sedativo e hipnótico, conhecido na saga Harry Potter como a “poção da verdade” (veritaserum), é utilizado para tratamento de depressão e ansiedade extrema. Por seu poder de ação, o maior risco é levar a paradas cardiorespiratórias.

2º- CRACK / COCAÍNA

Droga pesadíssima, presente em todos os espaços de convívio social (desde as baladas até as ruas), é feita por misturas de vários compostos e, por isso, o efeito viciante é diverso. Age no cérebro de forma a liberar dopamina, causando a sensação de bem-estar, mas que, dependendo da mistura, pode levar da depressão à alegria extrema. Muitos de seus usuários ficam a mercê da violência e de DST’s (como são os tristes casos da cracolândia).
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1º- A campeã: HEROÍNA

Considerada por pesquisas australianas a droga que mais mata no mundo, é derivada da morfina. Seu efeito é equivalente ao ápice sexual. Produz rápida dependência física, e por ser sedativa, atuando como depressor do sistema nervoso, pode causar parada respiratória, além de quadros suicidas, devido aos seus efeitos psicológicos.

Bem, conforme a lista, uma série de compostos são consideradas drogas, sejam eles socialmente aceitos (álcool, cigarro e remédios) ou ilícitos. O conceito de droga não está relacionado nem a algo bom, nem a algo ruim: pode ser necessário utilizá-las para fins terapêuticos, por exemplo. Um exemplo é a morfina, poderosa droga, necessária para aliviar as dores de pacientes terminais. E todos os remédios que você toma (apesar de sabermos dos exageros no uso) também são drogas. Assim, dadas as ressalvas, a diferença então entre o “veneno” e o remédio, é a dose, e claro, a motivação para seu uso!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

oito doenças que deverão ser priorizadas pelos sistemas de saúde no mundo para que surtos e epidemias não venham se disseminar pela população.


Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma reunião com vários cientistas de diversas áreas, incluindo a virologia, microbiologia e medicina clínica com o objetivo de identificar cinco a nove agentes patogênicos possíveis de causar graves surtos no futuro. O resultado desta convenção resultou numa lista de oito doenças que deverão ser priorizadas pelos sistemas de saúde no mundo para que surtos e epidemias não venham se disseminar pela população.
Conheça agora as doenças mortais que são consideradas as mais perigosas do mundo, em relação a sua alta taxa de mortalidade, disseminação pela população e agravantes:

1º lugar: Febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF)

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Causada por um vírus que é transmitido através de carrapatos do  gênero Hyalomma que se alimentam do sangue de gado, não existe vacina disponível no momento e tem uma taxa de mortalidade de 40%.

2º lugar:  Febre hemorrágica de Marburg

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É uma virose natural que causa uma hemorragia fulminante com uma síndrome severa de choque e com uma alta taxa de mortalidade. Pode ser transmitida por morcegos frutívoros, mas também entre humanos. As pessoas mais afetadas são aquelas que tem exposição prolongada a cavernas habitadas por morcegos Rousettus família Pteropodidae, hospedeiros naturais do vírus de Marburg.

3º lugar:  Febre de Lassa

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Também causa uma febre hemorrágica causada pelo vírus de RNA chamado de Lassa. A infecção pode ser causada pela exposição a excrementos de animais através da respiração e pelo trato gastrointestinal. A infecção em humanos acontece tipicamente pela exposição à excrementos animais, através do trato respiratório ou área gastrointestinal. Crê-se que a inalação de partículas minúsculas de material infectado (aerossol) seja o meio mais simples de contaminação. É possível adquirir a infecção pela pele com rachaduras ( feridas, cortes ) ou pelas membranas das mucosas que sejam expostas diretamente ao material infectado.

4º lugar:  Ebola

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Também causada por um vírus fatal que causa uma hemorragia severa nos pacientes, principalmente nos órgãos internos. O vírus é nativo da África onde ocorrem vários surtos e sua taxa de letalidade é de 90%.

5º lugar:  SARS

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Também chamada de Síndrome Respiratória aguda grave ou Pneumonia Asiática. Cientistas do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) detectaram um coronavírus, até então desconhecido, e que tem sido a hipótese principal da doença. Causa muita dor de cabeça, desconforto geral e dores pelo corpo, após 2 a 7 dias os pacientes podem apresentar boca seca e problemas na respiração.

6º lugar: MERS

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Também chamada de síndrome respiratória do Oriente Médio. Também causada por um coronavírus que gera problemas respiratórios severos, tosse e febre. Ainda não há uma confirmação de como o contágio acontece, mas tem origem animal e que entre os humanos o contágio seja por meio de secreções respiratórias.

7º lugar:  Febre do Vale Rift

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É uma zoonose viral aguda transmitido por mosquitos infectados pelo vírus de RNA, como os do gêneroAedes e Culex. O vírus apresenta período de incubação de 2 a 6 dias e pode causar febre, cefaléia, mialgia e alterações hepáticas. Não é muito letal e sua taxa de mortalidade é de 1% e os casos que evoluem para o quadro hemorrágico são de apenas 2%.

8º lugar: Nipah

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É uma doença causada por um vírus altamente infeccioso cujo habitat são morcegos frutívoros e provocam síndromes respiratórias agudas e encefalites, além disso, possuem uma taxa de mortalidade entre humanos que superou os 90%.
Portanto, a OMS listou as oito doenças mais perigosas acima tendo como base a alta taxa de infecção e seu potencial para causar surtos graves no futuro. Vamos ficar alerta!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Galerinha!! Vocês querem saber tudo sobre DIVISÃO CELULAR?



O estudo clássico da divisão celular estabelece duas etapas no ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se divide originando duas células descendentes e que é caracterizada pela divisão do núcleo (mitose) e a divisão do citoplasma (citocinese). A etapa seguinte, em que a célula não apresenta mudanças morfológicas, é compreendida no espaço entre duas divisões celulares sucessivas e foi denominada de intérfase.


Por muito tempo os citologistas preocuparam-se com o período de divisão, e a interfase era considerada como uma fase de repouso. Mais tarde observou-se, no entanto, que a interfase era uma fase de atividade biossintetica intensa, durante a qual a célula duplica seu DNA e dobra de tamanho. O estudo do ciclo celular sofreu uma revolução nos últimos anos. No passado o ciclo era monitorado através de M.O e o foco de atenção era a segregação dos cromossomos que é a parte microscopicamente visível.





Técnicas especiais de estudo como a raudiautografia permitiram demostrar que a duplicação do DNA ocorre em determinado período da interfase o que permitiu a divisão da interfase em 3 estágios sucessivos, G1, S e G2, o que compreende em geral cerca de 90% do tempo do ciclo celular.


Onde G1 compreende o tempo decorrido entre o final da mitose e inicio da síntese. O período S corresponde ao período de duplicação do DNA e o período G2, o período entre o final da síntese e o inicio da mitose.


PERÍODO G1: Este período se caracteriza por uma intensa síntese de RNA e proteínas, ocorrendo um marcante aumento do citoplasma da célula – filha recém formada. É nesta fase que se refaz o citoplasma, dividido durante a mitose.


No período G1 a cromatina esta esticada e não distinguível como cromossomos individualizados ao MO. Este é o estágio mais variável em termos de tempo. Pode durar horas, meses ou anos. Nos tecidos de rápida renovação, cujas células estão constantemente em divisão, o período G1 é curto; como exemplo temos o epitélio que reveste o intestino delgado, que se renova a cada 3 dias. Outro tecido com proliferação intensa é a medula óssea, onde se formam hemácias e certos glóbulos brancos do sangue. Todos estes tecidos são extremamente sensíveis aos tratamentos que afetam a replicação do DNA (drogas e radiações ), razão pela qual são os primeiros a lesados nos tratamentos pela quimioterapia do câncer ou na radioterapia em geral. Outros tecidos não manifestam tão rapidamente lesões por apresentarem proliferação mais lenta, tal como ocorre na epiderme ( 20 dias ) e no testículo (64 dias ).


Tecidos cujas células se reproduzem muito raramente, como a fibra muscular, ou que nunca se dividem, como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo celular esta interrompido em G1 em um ponto específico denominado G0.


PERÍODO S: Este é o período de síntese. Inicialmente a célula aumenta a quantidade de DNA polimerase e RNA e duplica seu DNA. As duas cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e cada nucleotídeo serve de molde para a síntese de uma nova molécula de DNA devido a polimerização de desoxinucleotídeos sobre o molde da cadeia inicial, graças a atividade da DNA polimerase. Esta duplicação obedece o pareamento de bases onde A pareia com T e C com G e como resultado teremos uma molécula filha que é a replica da molécula original. A célula agora possui o dobro de quantidade de DNA.


O estudo das alterações provocadas no DNA por radiações ultravioletas ou raio X, demonstrou que nem sempre o efeito dessas radiações era letal. A analise deste fenômeno levou ao conhecimento de vários tipos de mecanismos de reparação do DNA das células. Nas células normais as alterações produzidas por radiações são reparadas antes de terem tempo de se transmitirem as células – filhas. Este sistema possui grande importância na seleção evolutiva das espécies, pois teriam uma condição essencial para o desenvolvimento de organismos com quantidades cada vez maiores de DNA e com maior número de células.


PERÍODO G2: O período G2 representa um tempo adicional para o crescimento celular, de maneira que a célula possa assegurar uma completa replicação do DNA antes da mitose. Neste período ocorre uma discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o inicio da mitose. É considerado o segundo período de crescimento. Apesar desta divisão nos períodos de crescimento, atualmente sabe-se que ele é um processo continuo, sendo interrompido apenas brevemente no período de mitose.


A célula agora esta preparada para a mitose, que é a fase final e microscopicamente visível do ciclo celular.
CONTROLE DO CICLO CELULAR


O ciclo celular é regulado pela interação de proteínas. Essas proteínas compõem o Sistema de Controle que conduz e coordena o desenvolvimento do ciclo celular. Essas proteínas surgiram a bilhões de anos e tem sido conservadas e transferidas de célula para célula ao longo da evolução.


O ciclo celular em organismos multicelulares, é controlado por proteínas altamente específicas, denominadas de fatores de crescimento. Os fatores de crescimento regulam a proliferação celular através de uma rede complexa de cascatas bioquímicas que por sua vez regulam a transcrição gênica e a montagem e desmontagem de um sistema de controle. São conhecidas cerca de 50 proteínas que atuam como fatores de crescimento, liberados por várias tipos celulares. Para cada tipo de fator de crescimento, há um receptor específico, os quais algumas células expressam na sua superfície e outras não.


Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: 1) Os fatores de crescimento de ampla especificidade, que afetam muitas classes de células, como por exemplo o PDGF ( ator de crescimento derivado das plaquetas) e o EGF ( fator de crescimento epidérmico). A segunda classe de fatores de crescimento são os Estreita especificidade, que afetam células específicas.


A proliferação celular depende, de uma combinação específica de fatores de crescimento. Alguns FC estão presentes na circulação, porém a maioria dos FC é originada das células da vizinhança da célula afetada e agem como mediadores locais. Os FC além de serem responsáveis pela regulação do crescimento e da divisão celular estão também envolvidos em outras funções como: sobrevivência, diferenciação e migração celular.
MITOSE


A mitose ( do grego: mitos = filamento ) é um processo de divisão celular, característico de todas as células somática vegetais e animais. É um processo continuo que é dividido didaticamente em 5 fases: Prófase, metáfase, anáfase, telófase, nas quais ocorrem grande modificações no núcleo e no citoplasma. O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são dependentes dos componentes do aparelho mitótico.
Aparelho Mitótico


O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomos. O áster é um grupo de microtúbulos irradiados que convergem em direção do centríolo.


As fibras do fuso são constituídas por:


1. microtúbulos polares que se originam no polo.
2. Microtúbulos cinetecóricos, que se originam nos cinetecóro
3. Microtúbulos livres.


Cada cromossoma é composto por duas estruturas simétricas: as cromátides, cada uma delas contém uma única molécula de DNA. As cromátides estão ligadas entre si através do centrômero, que é uma região do cromossoma que se liga ao fuso mitótico, e se localiza num segmento mais fino denominado de constricção primária.
Fases da mitose





PRÓFASE: Nesta fase cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides resultantes da duplicação do DNA no período S. Estas cromátides estão unidas pelos filamentos do centrômero. A Prófase caracteriza-se pela contração dos cromossomas, que tornam-se mais curtos e grossos devido ao processo de enrolamento ou helicoidização.


Os nucléolos se desorganizam e os centríolos, que foram duplicados durante a interfase, migram um par para cada pólo celular.


O citoesqueleto se desorganiza e seus elementos vão constituir -se no principal componente do fuso mitótico que inicia sua formação do lado de fora do núcleo. O fuso mitótico é uma estrutura bipolar composta por microtúbulos e proteínas associadas. O final da Prófase, também é denominada de pré-metáfase, sendo a principal característica desta fase, o desmembramento do envoltório nuclear em pequenas vesículas que se espalham pelo citoplasma.


O fuso é formado por microtúbulos ancorados nos centrossomas e que crescem em todas as direções. Quando os MT dos centrossomos opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas estabilizam o crescimento dos MT.Os cinetecoros ligam-se na extremidade de crescimento dos MT.
O fuso agora entra na região do nuclear e inicia-se o alinhamento dos cromossomos para o plano equatorial.


METÁFASE: Nesta fase os cromossomas duplos ocupam o plano equatorial do aparelho mitótico.
Os cromossomas adotam uma orientação radial, formando a placa equatorial. Os cinetocoros das duas cromátides estão voltados para os polos opostos. Ocorre um equilíbrio de forças.


ANÁFASE: Inicia-se quando os crentrômeros tornam-se funcionalmente duplos. Com a separação dos centrômeros, as cromátides separam-se e iniciam sua migração em direção aos pólos. O centrômero precede o resto da cromátide. Os cromossomas são puxados pelas fibras do fuso e assumem um formato característico em V ou L dependendo do tipo de cromossoma. A anáfase caracteriza-se pela migração polar dos cromossomas.


Os cromossomos movem-se na mesma velocidade cerca de 1 micrômetro por minuto. Dois movimentos podem ser distinguidos.: Os MT cinetocóricos encurtam quando os cromossomos aproximam-se dos pólos.


TELÓFASE: A telófase inicia-se quando os cromosomas-filhos alcançam os pólos. Os MT cinetocóricos desaparecem e os MT polares alongam-se. Os cromossomas começam a se desenrolar, num processo inverso a Prófase. Estes cromossomas agrupam-se em massas de cromatina que são circundadas pôr cisternas de RE, os quais se fundem para formar um novo envoltório nuclear.


CITOCINESE: É o processo de clivagem e separação do citoplasma. A citocinese tem inicio na anáfase e termina após a telófase com a formação das células filhas.


Em células animais forma-se uma constricção, ao nível da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Esta constrição é devida a interação molecular de actina e miosina e microtúbulos. Como resultado de uma divisão mitótica teremos 2 células filhas com numero de cromossomas iguais a da célula mãe.
ATIVIDADE DE SÍNTESE NO CICLO CELULAR


O conteúdo de proteínas total de uma célula típica aumenta mais ou menos continuamente durante o ciclo. Da mesma maneira a síntese de RNA continua constante, com exceção da Fase M, a maioria das proteínas são sintetizadas durante as diferentes fases do ciclo, portanto o crescimento é um processo contínuo e constante, interrompido brevemente na fase M, quando o núcleo e a célula se dividem.


O período mitótico caracteriza-se pela baixa atividade bioquímica; durante este período a maior parte da atividades metabólicas, e em especial a síntese de macromoléculas, esta deprimida. Neste sentido não se observou nenhuma síntese de DNA durante o período mitótico, enquanto que a intensidade da síntese de RNA e proteínas se reduz de maneira marcante na prófase, mantendo-se em níveis mínimos durante a metáfase e anáfase; com a telófase reinicia-se a síntese de RNA e no final desta etapa, com o começo de G1, se restaura a intensidade de síntese de proteínas. É fácil compreender a queda de síntese de RNA que caracteriza a mitose, pois a condensação da cromatina para formar cromossomas deve bloquear a possibilidade de transcrição.
MEIOSE


Organismos simples podem reproduzir-se através de divisões simples. Este tipo de reprodução assexuada é simples e direta e produz organismos geneticamente iguais. A reprodução sexual por sua vez, envolve uma mistura de genomas de 2 indivíduos, para produzir um indivíduo que diferem geneticamente de seus parentais.


O ciclo reprodutivo sexual envolve a alternância de gerações de células haplóides, com gerações de células diplóides. A mistura de genomas é realizada pela fusão de células haplóides que formam células diplóides. Posteriormente novas células diplóides são geradas quando os descendentes de células diplóides se dividem pelo processo de meiose.


Com exceção dos cromossomos que determinam o sexo, um núcleo de célula diplóide contém 2 versões similares de cada cromossomo autossomo, um cromossomo paterno e 1 cromossoma materno. Essas duas versões são chamadas de homologas, e na maioria das células possuem existência como cromossomos independentes. Essas duas versões são denominadas de homólogos. Quando o DNA é duplicado pelo processo de replicação, cada um desses cromossomos é replicado dando origem as cromátides que são então separadas durante a anáfase e migram para os polos celulares. Desta maneira cada célula filha recebe uma cópia do cromossomo paterno e uma cópia do cromossoma materno.


Vimos que a mitose resulta em células com o mesmo número de cromossomas, se ocorre – se a fusão dessas células, teríamos como resultado células com o dobro de cromossomas e isso ocorreria em progressão. Exemplificando: O homem possui 46 cromossomas, a fusão resultaria em uma célula com 92 cromossomas. A meiose desenvolveu-se para evitar essa progressão.


A meiose (meioum = diminuir) ocorre nas células produtoras de gametas. Os gametas masculinos e femininos ( espermatozóides e óvulos ) que são produzidos nos testículos e ovários respectivamente as gônadas femininas e masculinas. Os gametas se originam de células denominadas espermatogonias e ovogonias.


A meiose é precedida por um período de interfase (G1, S, G2) com eventos semelhantes aos observados na mitose.


As espermatogônias e ovogônias, que são células diplóides, sofrem sucessivas divisões mitóticas. As células filhas dessas células desenvolvem ciclo celular, e num determinado momento da fase G2 do ciclo celular ocorrem alterações que levam as células a entrar em meiose e darem origem a células háploides ou seja células que possuem a metade do número ( n) de cromossomas da espécie. A regulação do processo meiótico inicia-se durante a fase mitótica, onde observam-se: 1) Período S longo; 2) aumento do volume nuclear. Experimentalmente demonstra-se que eventos decisivos ocorrem em G2, devido a ativação de sítios únicos para a meiose. Podemos definir meiose como sendo o processo pelo qual número de cromossomos é reduzido a metade.


Na meiose o cromossomo produzido possui apenas a metade do número de cromossomos, ou seja somente um cromossomo no lugar de um par de homólogos. O gameta é dotado de uma cópia do cromossoma materno ou paterno.


A meiose é um processo que envolve 2 divisões celulares com somente uma duplicação de cromossomas.
Fases da Meiose


A meiose ocorre apenas nas células das linhagens germinativas masculina e feminina e é constituída por duas divisões celulares: Meiose I e Meiose II.





INTÉRFASE: Antes do início da meiose I as células passam por um processo semelhante ao que ocorre durante a intérfase das células somáticas. Os núcleos passam pelo intervalo G1, que precede o período de síntese de DNA, período S, quando o teor de DNA é duplicado, e pelo intervalo G2.
Meiose I


A meiose I é subdividida em quatro fases, denominadas: Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I


PRÓFASE I: A prófase I é de longa duração e muito complexa. Os cromossomos homólogos se associam formando pares, ocorrendo permuta (crossing-over) de material genético entre eles.


Vários estágios são definidos durante esta fase: Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno e Diacinese.

Leptóteno
Os cromossomos tornam-se visíveis como delgados fios que começam a se condensar, mas ainda formam um denso emaranhado. Nesta fase inicial , as duas cromátides- irmãs de cada cromossomo estão alinhadas tão intimamente que não são ditinguíveis.
Zigóteno
Os cromossomos homólogos começam a combinar-se estreitamente ao longo de toda a sua extensão. O processo de pareamento ou sinapse é muito preciso.
Paquíteno
Os cromossomos tornam-se bem mais espiralados. O pareamento é completo e cada par de homólogos aparece como um bivalente ( às vezes denominados tétrade porque contém quatro cromátides)
Neste estágio ocorre o crossing-over, ou seja, a troca de segmentos homólogos entre cromátides não irmãs de um par de cromossomos homólogos.
Diplóteno
Ocorre o afastamento dos cromossomos homólogos que constituem os bivalentes. Embora os cromossomos homólogos se separem, seus centrômeros permanecem intactos, de modo que cada conjunto de cromátides-irmãs continua ligado inicialmente. Depois, os dois homólogos de cada bivalente mantêm-se unidos apenas nos pontos denominados quiasmas (cruzes).
Diacinese
Neste estágio os cromossomos atingem a condensação máxima.


METÁFASE I: Há o desaparecimento da membrana nuclear. Forma-se um fuso e os cromosomos pareados se alinham no plano equatorial da célula com seus centrômeros orientados para pólos diferentes.


ANÁFASE I: Os dois membros de cada bivalente se separam e seus respectivos centrômeros com as cromátides-irmãs fixadas são puxados para pólos opostos da célula.


Os bivalentes distribuem-se independentemente uns dos outros e, em conseqüência, os conjuntos paterno e materno originais são separados em combinações aleatórias.


TELÓFASE I: Nesta fase os dois conjuntos haplóides de cromossomos se agrupam nos pólos opostos da célula.
Meiose II


A meiose II tem início nas células resultantes da telófase I, sem que ocorra a Intérfase. A meiose II também é constituída por quatro fases:


PRÓFASE II: É bem simplificada, visto que os cromossomos não perdem a sua condensação durante a telófase I. Assim, depois da formação do fuso e do desaparecimento da membrana nuclear, as células resultantes entram logo na metáfase II.


METÁFASE II: Os 23 cromossomos subdivididos em duas cromátides unidas por um centrômero prendem-se ao fuso.


ANÁFASE II: Após a divisão dos centrômeros as cromátides de cada cromossomo migram para pólos opostos.


TELÓFASE II: Forma-se uma membrana nuclear ao redor de cada conjunto de cromátides.

Por que o álcool afeta o seu comportamento

Para muitos, uma taça de vinho no jantar não faz mal. Mas já em pequena quantidade, a bebida começa a agir sobre o cérebro: há distorção na percepção, a capacidade de discernimento é perturbada, a concentração diminui.
O espumante é uma bebida saborosa, levanta o humor e talvez faça alguém ficar mais relaxado e eloquente – o álcool contido nela atua sobre o cérebro e sobre o corpo. Primeiramente, da mucosa oral, ele chega até o intestino delgado. Ali ele é absorvido e, através do sistema sanguíneo, é levado ao fígado.
"Esta é a primeira estação importante. Esse órgão dispõe de enzimas que podem metabolizar o álcool", explica Helmut K. Seitz, pesquisador da Universidade de Heidelberg.
O fígado transporta toxinas para fora do corpo. E o álcool é uma delas. Na primeira passagem através do fígado, o álcool não é eliminado completamente. Uma parte consegue sair novamente e passar para outros órgãos.
"Isso se aplica, por exemplo, ao pâncreas, músculos, ossos e leva às correspondentes alterações", diz Seitz, lembrando que o álcool pode agravar ou até mesmo causar mais de 200 doenças.
O que acontece no cérebro?
O excesso de álcool no corpo afeta principalmente o cérebro: há uma distorção da percepção, a capacidade de discernimento é perturbada, a concentração diminui. Ao mesmo tempo, reduz a timidez. Talvez surja um agradável sentimento de despreocupação.
No entanto, a ingestão de grandes quantidades pode levar a estados de delírio e até à inconsciência. Depressões e agressões ficam mais fortes. A triste consequência: em todo o mundo, aumenta o abuso de álcool, como também os acidentes e a violência sob a influência da bebida. Por volta de 3,3 milhões de pessoas morrem anualmente por sua causa.
Quando o álcool circula pelo corpo, ele também atinge o cérebro. Ele precisa de cerca de seis minutos para chegar lá. "A molécula de álcool etanol é pequena. Ela se encontra no sangue, em todas as partes aquosas, ela é solúvel em água. O corpo humano é composto de 70% a 80% de água, o álcool se distribui por aí e passa para o cérebro", diz o pesquisador.
O álcool afeta os chamados neurotransmissores. Trata-se de substâncias que são transmitidas para as terminações nervosas no sistema nervoso central. Sob a influência de bebidas alcoólica, há falha ou alteração na transmissão.

Helmut K. Seitz, da Universidade de Heidelberg, é renomado pesquisador do álcool
Assim, podem ocorrer danos agudos. Se a situação é crônica, ou seja, por meio do consumo regular ou até mesmo ao longo de décadas, as respectivas lesões são ainda maiores:
"Acontecem distúrbios em vitaminas e microminerais, que desempenham um papel importante no sistema nervoso central. No nosso cérebro, por exemplo, precisamos urgentemente de vitamina B1. A falta dela pode levar à Síndrome de Wernicke-Korsakoff", adverte Seitz.
A Síndrome de Wernicke-Korsakoff é uma doença do sistema nervoso central. Através do alcoolismo, há uma falta de vitaminas, e isso resulta, por sua vez, em doenças. O abuso do álcool pode levar à demência.
O que acontece no corpo?
Na boca e na faringe, o álcool afeta as membranas mucosas, por exemplo, no esôfago, que não pode mais proteger o corpo de substâncias tóxicas. Responsável por reduzir as toxinas, o fígado, no entanto, está ocupado inicialmente em eliminar o álcool. Outras substâncias nocivas não são sequer consideradas.
Segundo Seitz, isso pode ter consequências significativas, como pancreatite aguda. "Pense em tipos de câncer, tumores da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, mas também câncer de fígado ou de mama. Muitas vezes se esquece que o álcool é um fator de risco para o câncer de mama em mulheres e também para o câncer de cólon."
Em primeiro lugar, no entanto, está o perigo da cirrose hepática. Quando o álcool é eliminado pelo fígado, ao mesmo tempo, ali surgem produtos tóxicos que danificam as células do fígado. Anualmente, cerca de 30 mil pessoas morrem somente no Brasil vítimas de cirrose.
"O álcool é metabolizado no fígado, então se acha que o veneno tenha ido embora. Mas existe um produto de degradação, quase um produto intermediário. Trata-se do acetaldeído, uma substância que reage na menor ocasião, de grande poder de destruição e que pode provocar até mesmo danos hereditários." Seitz aponta que isso é um temido produto da metabolização do álcool e uma substância cancerígena.

Cada alemão consome em média quantidade de puro álcool que equivalente a 500 garrafas de cerveja por ano
"A dose faz o veneno"
Os adultos brasileiros bebem, em média, 8,7 litros de álcool puro por ano. Na Alemanha, são consumidos 11,8 litros per capita – isso corresponde a 500 garrafas de cerveja por pessoa. No Reino Unido e na Eslovênia, essa cifra é ligeiramente menor: 11,6 litros. Na Irlanda e em Luxemburgo, por sua vez, bebe-se um pouco mais que os alemães – 11,9 litros em média.
Esse é o resultado de um estudo da Organização Mundial de Saúde. Na pesquisa, Belarus assume um questionável primeiro lugar. Ali, cada um dos bielorrussos bebe em média 17,5 litros de álcool puro a cada ano. Os últimos lugares do ranking são ocupados por países como Paquistão, Kuwait, Líbia e Mauritânia, com uma média anual de 0,1 litro per capita. Em alguns países asiáticos, prevalece uma situação bem diferente.
Em cerca de 40% dos japoneses, coreanos e chineses falta uma enzima que decompõe o acetaldeído. Este é um pré-requisito importante para a eliminação do álcool no corpo. "O álcool é convertido em acetaldeído e este, por sua vez, em ácido acético. Quando o acetaldeído não pode ser convertido em ácido acético, ele se acumula", explica Seitz.

Devido a essa pré-disposição genética, muitos asiáticos não conseguem metabolizar o álcool. "Isso pode levar a dores de cabeça, náuseas, vômitos, tremores, vermelhidão no rosto", explica o especialista de Heidelberg. Ele disse ter alguns amigos do Japão que são afetados pela falta da enzima. "Mesmo assim, eles bebem álcool e, em seguida, têm de vomitar." 10% deles não podem beber nenhum álcool, porque eles realmente se sentem mal.
O pesquisador afirma, no entanto, que o álcool tem um lado bom, mesmo que seja o único: "Ele tem um efeito favorável sobre a aterosclerose, sobre o endurecimento das artérias. Se você está mais velho e tem risco de sofrer ataque cardíaco, ou até mesmo já teve um infarto, provavelmente um copo de vinho à noite não é ruim, mas não mais que isso".
Algo já conhecido por Paracelso. Já no século 16, o médico e teólogo pregava: "Todas as substâncias são veneno, não há nada sem veneno, só a dose faz que uma coisa se torne veneno." Ou seja, como em tantos outros casos: tudo depende da quantidade.