Este sapo da espécie Ecnomiohyla rabborum é o animal mais solitário do mundo: existe apenas um exemplar da espécie. Eram dois, ao abrigo do Zoo Atlanta, mas o companheiro teve de ser eutanasiado.
A notícia foi trágica para o futuro desta espécie. Quando foi descoberta, em 2005, já se encontrava em declínio acentuado, e a última vez que se observaram na natureza foi em 2007.
O outro exemplar do Zoo Atlanta teve de ser eutanasiado, pois o seu estado de saúde e comportamento começaram a deteriorar-se rapidamente. A decisão de o eutanasiar em vez de o deixar morrer naturalmente, teve a ver com a preservação do valiosíssimo material genético desta espécie prestes a desaparecer.
“Os anfíbios decompõem-se muito mais rapidamente que a maioria dos animais. Se o sapo tivesse morrido durante a noite, sem nenhum elemento do staff presente, perderíamos a oportunidade de preservar o seu material genético.” explicou Joseph Mendelson, curador de herpetologia. “Perder esta oportunidade iria fazer desta extinção uma tragédia ainda maior em termos de conservação, educação e biologia.” acrescentou.
Esta é mais uma espécie a ser levada à extinção vítima de um fungo mortal, que é um dos grandes inimigos atuais dos anfíbios e é mesmo considerado o principal motivo pelo qual os anfíbios estão em declínio em todo o mundo. Estima-se que esta infecção já tenha afetado mais de 30% de todas as espécies de anfíbios existentes.
Quando este sapo – que já se encontra numa idade avançada – fechar pela última vez os olhos, o mundo ficará mais pobre. Contudo, é provável que o momento até passe relativamente despercebido: um velho sapo, castanho e viscoso, não atrai as mesmas atenções de um panda, um tigre ou um elefante.
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