sábado, 27 de fevereiro de 2016

Aedes aegypti: O que você sabe sobre ele???











TUDO SOBRE O AEDES AEGYPTI: 

Qual a origem do mosquito Aedes Aegypti?

O A. aegypti é originário do Egito. A dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia.

Por que o nome Aedes Aegypti?

O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. Culex significa “mosquito” e aegypti, egípcio, portanto: mosquito egípcio. O gênero Aedes só foi descrito em 1818. Logo verificou- se que a espécie aegypti, descrita anos antes, apresenta características morfológicas e biológicas semelhantes às de espécies do gênero Aedes – e não às do já conhecido gênero Culex. Então, foi estabelecido o nome Aedes aegypti.

Quantas pessoas um mosquito é capaz de infectar?

Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o mosquito da dengue estiver infectivo, poderá transmitir o vírus da dengue neste processo. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de ovos que produzem. O mosquito da dengue tem uma peculiaridade que se chama “discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma pessoa para um mesmo lote de ovos que produz. Há relato de que um só mosquito da dengue infectivo transmitiu dengue para cinco pessoas de uma mesma família, no mesmo dia.

Por que só a fêmea pica?

A fêmea precisa de sangue para a produção de ovos. Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de substâncias que contêm açúcar (néctar, seiva, entre outros), mas como o macho não produz ovos, não necessita de sangue. Embora possam ocasionalmente se alimentar com sangue antes da cópula, as fêmeas intensificam a voracidade pela hematofagia após a fecundação, quando precisam ingerir sangue para realizar o desenvolvimento completo dos ovos e maturação nos ovários. Normalmente, três dias após a ingestão de sangue as fêmeas já estão aptas para a postura, passando então a procurar local para desovar.

Como o Aedes Aegypti chegou ao Brasil? Há registro histórico de dengue no passado?

As teorias mais aceitas indicam que o A. aegypti tenha se disseminado da África para o continente americano por embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de escravos. Há registro da ocorrência da doença em Curitiba (PR) no final do século 19 e em Niterói (RJ) no início do século 20.

Aedes (Stegomyia) aegypti (aēdēs do grego "odioso" e ægypti do latim "do Egipto") é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado, uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer.

O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa e parada, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio.

As fêmeas, para realizar a hematofagia, podem percorrer até 2 500 m.É considerado vector de doenças graves, como dengue, febre amarela, febre zica e chikungunya. O controle das suas populações é considerado assunto da saúde pública.

O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular. O Aedes aegypti tem como vítima preferencial o homem e faz praticamente nenhum som audível antes de picar. Mede menos de 1 centímetro, é preto com manchas brancas no corpo e nas pernas.

O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Como em quase todos os outros mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos. Os machos se alimentam apenas de substâncias vegetais e açucaradas.

No Brasil, o Aedes aegypti havia sido erradicado na década de 1950; entretanto, nas décadas de 1960 e 1970, ele voltou a colonizar esse país, vindo dos países vizinhos que não haviam conseguido promover a sua total erradicação.

A fêmea do A. aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie, quanto com o macho do A. albopictus que é mais agressivo e, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo assim a população de A. aegypti.

Campo da genética: O efeito de supressão da população do inseto é conseguido através um gene auto-limitador que impede que a prole sobreviva. Mosquitos geneticamente modificados do sexo masculino, que não picam ou transmitem doenças, são liberados para acasalar com as fêmeas selvagens. Sua prole então herda o gene auto-limitador e morre antes de atingir a idade adulta, antes que possam se reproduzir ou espalhar doenças.

O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e um desenho em forma de lira no mesonoto. Nos espécimes mais velhos, o “desenho da lira pode desaparecer, mas dois tufos de escamas branco-prateadas no clípeo, escamas claras nos tarsos e palpos permitem a identificação da espécie. O macho se distingue essencialmente da fêmea por possuir antenas plumosas e palpos mais longos.

O mosquito Aedes aegypti é menor que os mosquitos comuns, tem, em média, 0,5 cm de comprimento. Ele é escuro, com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. No torso tem um desenho em forma de lira (instrumento musical). Nos insetos mais velhos, o desenho some e aparecem dois tufos de escamas branco-prateadas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.

Até a física nuclear entrou na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.

As pupas – fase de desenvolvimento do mosquito – são irradiadas em larga escala por um equipamento que usa o Cobalto 60 como base. Isso modifica o esperma dos insetos, tornando-os estéreis. Ao acasalar, as fêmeas usam o esperma no processo de postura dos ovos, mas não geram novas larvas do inseto. Como o acasalamento ocorre apenas uma vez ao longo da vida da fêmea do Aedes aegypti, o cruzamento com os machos modificados impede a reprodução.

Do ovo à forma adulta, o ciclo de vida do A. aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro, uma vez que a competição de larvas por alimento (em um mesmo criadouro com pouca água) consiste em um obstáculo ao amadurecimento do inseto para a fase adulta. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

O acasalamento do Aedes aegypti se dá dentro ou ao redor das habitações, geralmente nos primeiros dias depois que o mosquito chega à fase adulta. É preciso somente uma cópula para a reprodução ser concretizada, pois a fêmea guarda o esperma na espermateca. Após a cópula, as fêmeas precisam realizar a hematofogia (alimentação com sangue) importante para o desenvolvimento completo dos ovos e sua maturação nos ovários Normalmente, as fêmeas do Aedes aegypti encontram-se aptas para a postura de ovos três dias após a ingestão de sangue, passando então a procurar local para desovar.

A desova acontece, preferencialmente, em criadouros com água limpa e parada. Os ovos são depositados nas paredes do criadouro, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado.

OVOS

Uma fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Os ovos são distribuídos por diversos criadouros – estratégia que garante a dispersão e preservação da espécie. Se a fêmea estiver infectada pelo vírus da dengue quando realizar a postura de ovos, há a possibilidade de as larvas filhas já nascerem com o vírus, no processo chamado de transmissão vertical.

Inicialmente, os ovos possuem cor branca e, com o passar do tempo, escurecem devido ao contato com o oxigênio. O ovo do A. aegyptimede aproximadamente 0,4 mm de comprimento e é difícil de ser observado.

Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito rapidamente, em apenas 15h após a postura. A partir de então, podem resistir a longos períodos de dessecação – até 450 dias, segundo estudos. Esta resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão.

Em condições favoráveis de umidade e temperatura, o desenvolvimento do embrião do mosquito é concluído em 48 horas. A resistência à dessecação permite também que os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos. Esse aspecto importante do ciclo de vida do mosquito demonstra a necessidade do combate continuado aos criadouros, em todas as estações do ano.

As fêmeas são atraídas para uma vítima em potencial através da combinação de diferentes estímulos que emanam da vítima. Inclui o gás carbônico da respiração, odores corporais, movimentação do ar e calor. O estímulo predominante explica alguns detalhes do comportamento de espécies diferentes de mosquitos. Aedes usam bastante os odores corporais, voando próximo ao solo, picam preferencialmente regiões mais baixas do corpo (pernas e pés). Culex usam inicialmente o gás carbônico, o que explica sua aproximação inicial à face da vítima (com o típico zumbido audível), para então localizar o melhor local de alimentação.

Além do vôo baixo, o Aedes tem algumas outras peculiaridades que aumentam a eficácia do seu comportamento hematófago, são mosquitos extremamente silenciosos, e sua picada é pouco dolorosa. São bastante ágeis, discretos e ariscos, abandonam a presa ao menor movimento, passando, desta forma, por vários hospedeiros disseminando-se assim a doença. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de ovos que produzem. Mas o Mosquito da Dengue tem uma peculiaridade que se chama “discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma pessoa para um mesmo lote de ovos que produz, levando a uma maior taxa de dispersão da doença.

O aspecto dos ovos também é distinto entre os gêneros. Culex depositam ovos agrupados na forma de ootecas flutuantes, semelhante a balsas. Os ovos dos Anopheles também são flutuantes, mas depositados individualmente na água pelos adultos voadores. Os ovos dos Aedes são depositados isoladamente nas margens de corpos d´água, aderidos a um substrato, acima do nível da água. Estes ovos resistem secos e viáveis por um período superior a um ano, bem diferente dos ovos dos dois outros gêneros, que são muito sensíveis à dessecação. Outra característica importante do Aedes é o fato da fêmea depositar os ovos em diferentes criadouros em uma mesma postura, aumentando a sua dispersão. Os ovos têm cor clara quando são depositados, mas escurecem após contato com o oxigênio. Cada postura tem uma média de 100 ovos. Em condições adequadas, a eclosão se dá em 48 horas.

As larvas são alongadas e nadadoras, sem pernas, possuindo finos pêlos e cerdas no corpo. Nadam com movimentos de contorção formando uma “figura 8”. As larvas se alimentam de debris orgânicos e microinvertebrados, e respiram ar através do espiráculo abdominal, necessitam retornar à superfície de tempos em tempos para obter oxigênio. Larvas de espécies diferentes podem ser identificadas pela sua anatomia, em sinal bastante útil é o aspecto do sifão respiratório, localizado na extremidade do abdômen: Culex possuem sifões longos, Aedes sifões curtos. Os Culex também possuem cabeças e tórax mais largos. Os Anopheles são os mais facilmente identificados, não possuem sifões, obrigando-os a assumir uma posição horizontal junto à superfície da água.

Estes insetos têm um ciclo de vida complexo, com metamorfose completa, os estágios imaturos são totalmente aquáticos, e o adulto é o inseto voador. A fêmea adulta retorna brevemente para ambientes aquáticos, para botar seus ovos. Em média, a fêmea adulta vive de duas a três semanas, podendo chegar a seis semanas. A expectativa de vida do macho é menor.

Os Culex e Aedes são considerados mosquitos tipicamente urbanos, associados a grandes aglomerações humanas. Por outro lado, os Anopheles são espécies mais comuns em áreas rurais e silvestres, com uma grande importância na região amazônica.

Os ovos medem de 0,6 a 0,8 mm, variando de acordo com a espécie, e são depositados nos ambientes aquáticos pela fêmea, diferentes espécies têm ambientes preferenciais para o desenvolvimento das larvas. O Pernilongo (Culex) prefere ambientes sujos e com temperatura mais elevada, como esgotos e fossas. Os Mosquitos da Dengue (Aedes) e da Malária (Anopheles) preferem águas paradas e límpidas, dando preferência para corpos d´água menores e mais isolados. Sendo uma espécie urbana, larvas de Aedes podem ser encontradas em pneus, pratos de vasos, latas, garrafas, etc. Larvas de Anopheles podem ser coletados em pequenas poças d´água de troncos de árvores e no interior de bromélias.

PUPA

As pupas são arredondadas e possuem um abdômen curvado, com um aspecto em “vírgula”. Pupas não se alimentam, apesar de serem bem ativas. Assim como as larvas, respiram ar, usam para tal os dois chifres respiratórios da cabeça. Inicialmente têm cor esbranquiçada, mas vão escurecendo com o desenvolvimento. Tanto as larvas quanto as pupas podem ser confundidos pelo leigo com crustáceos aquáticos, um relato bastante comum entre aquaristas é o surgimento de “camarõezinhos” que nadam.

Em condições adequadas, o tempo entre a eclosão dos ovos ao surgimento do mosquito adulto dura de 8 a 10 dias, destes, dois dias na fase de pupa. O adulto sai da pupa diretamente na superfície da água, não necessitando de uma base sólida para sustentação.

FORMAS DE INFECÇÃO DO AEDES:Não é apenas uma,ou seja, quando se alimenta de sangue contaminado,veja:

Porém, existem outras formas mais incomuns do mosquito se infectar, que não necessitam do contato com seres humanos doentes. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, mosquitos que nunca picaram uma pessoa doente podem transmitir o vírus. Nestas situações, a carga virótica é muito menor, há bastante discussão se este pequeno volume de vírus inoculado seria epidemiologicamente significativo para a transmissão da doença em seres humanos. Porém, certamente estes ciclos alternativos são bastante importantes na manutenção do vírus na população selvagem de mosquitos, em especial naqueles períodos onde não há contato com seres humanos, como o inverno.

O vírus da Dengue pode ser transmitido ao mosquito por via vertical, transovariana. A fêmea infectada pode transferir o vírus diretamente aos seus ovos, cujos filhotes já nascerão infectados. Veja que nesta possibilidade, machos também podem carrear o vírus.

Uma forma bem rara é a transmissão oral, através de néctar contaminando. A saliva de fêmeas infectadas contendo o vírus podem ser eliminadas no néctar. Este néctar contaminado pode infectar machos e fêmeas que se alimentem dele.

A última forma de transmissão é a sexual, mosquitos machos (que adquiriram o vírus por via vertical ou oral) podem transmitir o vírus para fêmeas, no momento da cópula.





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