quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quem tem HIV pode gerar filhos saudáveis?



Ter o vírus HIV não impedem nem um homem nem uma mulher de ter filhos. E a principal notícia para os soropositivos é que os bebês serão saudáveis se o casal seguir todas as regras existentes para que isso aconteça. As tecnologias atualmente disponíveis e recomendadas no Brasil são capazes de reduzir o risco de transmissão para menos de 1%.


Para aqueles casais que desejam ter filhos pelos métodos naturais, é importante não ter infecções genitais (como, por exemplo, DST), apresentar estabilidade imunológica, boa adesão ao tratamento e carga viral indetectável. Para os casais sorodiscordantes (quando um apenas é positivo para HIV) a orientação de método mais fácil e sem riscos é a autoinseminação. Para os casais soroconcordantes (quando os dois apresentam o vírus HIV no organismo), a orientação é que tenham relação sexual apenas em período fértil. Caso a mulher siga todas as orientações, faça o acompanhamento pré-natal, tome antirretrovirais durante a gestação e na hora do parto e não amamente o bebê após o nascimento (por cerca de 3 meses), reduzirá em até 99% o risco de transmissão do HIV.


Para os sorodiscordantes o tratamento é mais simples quando a mulher tem o vírus e o homem não. Basta inseminá-la com o esperma e acompanhar a gravidez com cuidado para evitar a transmissão do vírus ao feto, a chamada transmissão vertical. A mãe deve tomar o coquetel para Aids durante a gestação e ter um acompanhamento pré-natal adequado. Além disso, o mais indicado é que o bebê nasça de cesariana, receba a droga AZT nos primeiros três meses de vida e não seja amamentado pela mãe, pois o leite materno contém o HIV.
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Já quando quem é soropositivo é o pai o tratamento é outro. Por meio de um processo chamado de dupla lavagem de sêmen, é possível gerar um bebê saudável sem que a mãe seja infectada. A dupla lavagem de sêmen só pode ser feita se o homem estiver tomando o coquetel contra a Aids de forma correta, tiver um bom sistema imune e estiver com carga viral indetectável no sangue. A técnica funciona porque o espermatozoide é separado do sêmen, e um único é injetado dentro de um óvulo extraído da mulher. Posteriormente os embriões são colocados no útero. Como o HIV fica concentrado principalmente no sêmen e não no espermatozoide, o risco é praticamente zero. Até hoje não há relatos de casos que deram errado e a mulher foi contaminada.

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