segunda-feira, 2 de novembro de 2015

UNIVERSIDADE: ÁLCOOL,SEXO SEM PROTEÇÃO E DROGAS!!

Os universitários no país estão levando ao pé da letra a expressão "sexo, drogas e rock and roll". O primeiro levantamento nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do governo federal aponta que quase a metade dos estudantes de ensino superior (49%) já experimentou drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida.

Em relação à bebida, 86% dos universitários disseram já ter consumido álcool. Entre os entrevistados, 40% usaram duas ou mais drogas nos últimos 12 meses e 43% disseram "já ter feito uso múltiplo e simultâneo" dessas substâncias.
O estudante da Ufes T., tem 19 anos mas começou a beber aos 16. Ele também já usou maconha e cocaína. "Experimentei algumas vezes quando estava no ensino médio. Mas usaria de novo agora que estou na faculdade".
A universidade é um ambiente propício para diferentes situações, mas os pais precisam ficar atentos a esse processo. "Mesmo com a liberdade maior, é dever da família cuidar e orientar. O filho tem, sim, que dar satisfação dos seus atos", ressalta a psicóloga especialista em Família e Educação, Adriana Müller.
Os (maus) hábitos na universidade
49% já experimentaram alguma droga ilícita pelo menos uma vez na vida

80% dos menores de 18 anos já consumiram algum tipo de bebida alcoólica

86%  já fizeram uso na vida de álcool e 47% de produtos de tabaco

22% estão sob risco de desenvolver dependência de álcool e 8% de maconha

36% beberam cinco ou mais doses alcoólicas (homens) e quatro ou mais doses (mulheres) dentro do período de duas horas nos últimos 12 meses e 25% nos últimos 30 dias

40% usaram duas ou mais drogas nos últimos 12 meses

43% relataram já ter feito uso múltiplo e simultâneo de drogas na vida

18% dirigiram sob efeito de álcool e 27% pegaram carona com motorista alcoolizado

9% não usam métodos contraceptivos

3% já forçaram ou foram forçados a fazer sexo

41% já fizeram teste de HIV

8% já fizeram (ou induziram) aborto

Outras conclusões

O uso de substâncias ilícitas (geral) é maior entre os universitários das regiões Sul e Sudeste, de instituições privadas, da área de Humanas, do período noturno e por universitários com idade acima dos 35 anos

O uso de maconha é maior entre os universitários norte-americanos e o uso de inalantes é maior entre os universitários brasileiros

O risco de desenvolver abuso/dependência para maconha é maior entre os homens e de anfetamínicos e tranquilizantes entre as mulheres

A prevalência de abuso de álcool foi maior entre os universitários do que na população geral. Já a dependência foi encontrada com maior prevalência para a população geral

Calouros dentro da Ufes, mas veteranos no uso de bebida alcoólica
Os três amigos J. E. e R. são calouros na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mas já passaram por um bocado de coisas antes mesmo de vivenciar os anos do ensino superior. Todos fazem uso regular de bebida alcoólica e um deles já experimentou maconha.

"Moro em um bairro onde é natural usar drogas. Se for para fumar alguma coisa prefiro que seja maconha, o cigarro me incomoda. Também é normal para mim beber. É mais barato", diz R., que tem 19 anos.

Há um ano ele mantém relações sexuais com a namorada, sem camisinha. "O sexo é melhor sem o preservativo, mas já fiquei preocupado três vezes pensando que ela estava grávida. Mas agora ela vai tomar pílula", conta o estudante.

O álcool está presente na vida de J. desde os 14 anos. Hoje com 17, ele diz beber de tudo e brinca ao falar sobre o assunto. "Não penso em experimentar outras drogas, mas a bebida eu nunca vou largar. Toda semana eu saio com os amigos, vou a qualquer festa para beber, principalmente cerveja", afirma.

Mais reservado, E., 17 anos, diz que começou a ingerir bebida alcoólica há um ano. "Vou continuar bebendo. Acho que faz parte da vida acadêmica esse tipo de experiência, mas tenho a convicção de que não vou usar drogas, como maconha", diz o universitário.

Álcool é a substância mais usada na Ufes
Um estudo feito com 637 alunos dos cursos de Biomédicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 2008, revelou que 12% fazem uso de álcool com freqüência, entre seis e 19 vezes por mês. Outros 5% admitem fazer uso pesado de álcool, o que corresponde a mais de 20 vezes no mesmo período.

Foram ouvidos estudantes de 17 a 22 anos de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Farmácia. Esses últimos foram os que revelaram maior intimidade com o álcool. Mais de 18% disseram beber constantemente. Outros 8% disseram fazer uso pesado de álcool, num nível que os especialistas já consideram como dependência. Considerado uma droga lícita, o álcool não é o única substância psicoativa usada pelos futuros médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos.

Na pesquisa, quase 25% dos estudantes de Odontologia afirmam que já experimentaram solventes, percentual que é de 18% entre os de Farmácia. O percentual dos que já experimentaram maconha varia entre 6,7% (obtido entre alunos de Enfermagem) e 11,3% (registrado entre os de Odontologia).

"Alguns tomam ansiolíticos para não ficar ansiosos com provas e plantões. Outros usam anfetaminas para aguentar um plantão à noite seguido de aula", disse, na época, a coordenadora científica do Núcleo de Estudos de Álcool e outras Drogas da Ufes, Marluce Miguel Siqueira.

Tomo tudo quanto é bebida desde os 14 anos. Comecei com vodca e cerveja, mas hoje também bebo uísque, absinto... Não vou parar de beber"
J.
17 anos, estudante da Ufes

Comecei a beber há um ano e acho que não vou mais parar. Acho que consumir bebida alcoólica faz parte desse período da universidade, mas não vou usar drogas"
E.
17 anos, estudante da Ufes

Acho que vai ser um processo natural voltar a usar drogas na universidade. O álcool é normal na minha vida e também sempre transei sem camisinha"
R.
19 anos, estudante da Ufes.

Nenhum comentário:

Que tal deixar um comentário?