segunda-feira, 23 de novembro de 2015

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: VIROSES,PROFILAXIA & SAÚDE PÚBLICA.




PROFILAXIA E CUIDADOS RELACIONADOS A ALGUMAS VIROSES ENVOLVIDAS EM SAÚDE PÚBLICA






Alan George Calvet da Silva


Professora-Tutora Externa- Luly Assis


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI


Ciências Biológicas - (BID 0230) – Trabalho de Graduação


Ciências Biológicas (BID 0230)


25/10/2015










RESUMO


As medidas que estão relacionadas com um tratamento propriamente dito, sobre o que podemos fazer, por onde começar para evitar algumas infecções que tem como agente causador ou etiológico os vírus. Essas medidas são denominadas medidas profiláticas, que nada mais são que os cuidados que podemos ter para não sermos acometidos ou pelo menos tentar evitar que certas viroses se instalem, tais como: vacinações, evitar o acúmulo do lixo doméstico, acúmulo de água em recipientes desprotegidos, uso de inseticidas, telas, aceitarem o controle endêmico feito pelo agente de saúde. As viroses, doenças causadas por vírus, acabam sendo consideradas enfermidades comuns, sazonais que influenciam diretamente às pessoas em determinada época do ano de forma endêmica ou não de acordo com sua distribuição e também se deve ser considerado no âmbito social e político e até comportamental. Nos grandes centros populacionais onde ainda é deficiente uma política de saúde, de saneamento básico, onde as pessoas ainda carecem de um sistema de saúde precário, essas viroses oportunistas acabam sendo recorrentes sempre. Outras viroses que podemos relacionar aqui são àquelas que temos nas campanhas de vacinação tais como: catapora sarampo e H1N1 que as vacinas não são a principal e única medida e cuidado profilático. É importante que seja seguido desde quando nascemos o calendário de vacinação e nossos alunos poderiam fazer do calendário de vacinação um conteúdo orientado de forma pedagógica.














Palavras-chave: Dengue, Viroses, Profilaxia


























1- INTRODUÇÃO:


A profilaxia e os cuidados que devem ser observados a algumas viroses que implicam em saúde pública e por consequência tem influência direta no meio ambiente ao qual estamos inseridos são vários e necessários. Partindo desse entendimento justifica-se a importância do tema apresentado, pois a saúde pública e os problemas relacionados a ela tem fundamental participação nesse contexto histórico que fazemos parte e vejo a educação ambiental alicerçada nessa problemática. Partindo dessa premissa e observando que a causa principal e desencadeadora do problema de saúde são os vírus, neste trabalho vamos buscar informações relacionadas com as principais viroses que acometem as pessoas e relacionadas com um problema de saúde evidente e os alunos munidos dessas informações advindas de pesquisas e/ou experiência de maneira pedagógica vão dissertar da melhor maneira possível. O termo “profilaxia”, na medicina, é usado para designar um conjunto de medidas que visam à prevenção de doenças ou mesmo o ramo da medicina que estuda a prevenção das doenças. A palavra derivada do grego prophýlaxis que significa “precaução” pode denominar também uma série de outras medidas em áreas distintas do conhecimento. (MILLER e BALLINGER 1988). Na medicina, onde seu uso é mais comum, o termo profilaxia denomina medidas diversas que incluem desde procedimento simples como lavar as mãos até mais complexos ou que incluem usos de antibióticos e medicamentos, variando de acordo com a doença a se prevenir. Embora as práticas de higiene com o intuito de evitar a propagação de doenças sejam muito antiga – desde o Antigo Egito têm-se notícias de que os doentes eram segregados com o fim de evitar o contágio - somente após a Segunda Guerra Mundial é que houve grande avanço no entendimento dos mecanismos de propagação das doenças graças inclusive ao desenvolvimento dos estudos iniciados por Louis Pasteur sobre microrganismos e também à identificação dos chamados vetores: organismos transmissores de doenças, como por exemplo, os ratos. (MILLER e BALLINGER 1988). Outro evento muito importante no desenvolvimento das medidas profiláticas foi o desenvolvimento da vacina inventada da maneira como conhecemos hoje. (MILLER e BALLINGER 1988).






2 - OBJETIVOS da pesquisa


Com este TG (pesquisa) temos como objetivo mostrar para os alunos a importância da educação ambiental nas escolas, principalmente correlacionando temas ligados à saúde e, por conseguinte ao meio ambiente o qual estamos inseridos. Por isso falaremos sobre a dengue e o HIV para que os alunos possam entender e saber da gravidade das mesmas para educamos uma geração de pessoas prevenidas contra as doenças em questão, pois os mesmos vendo a importância do assunto acabam se interessando mais haja vista se veem na possibilidade de serem uteis a sociedade ao saberem sobre os cuidados que devem ser observados em algumas viroses que implicam em saúde pública e por consequência tem influência direta no meio ambiente ao qual estamos inseridos, estes cuidados são vários e necessários ao homem.






3 - CORPO DO TRABALHO


Existem pelo menos algumas medidas se não as relacionadas com um tratamento propriamente dito que podemos fazer por onde evitar algumas infecções que tem como agente causador ou etiológico os vírus. Essas medidas são denominadas medidas profiláticas, que nada mais são que os cuidados que podemos ter para não sermos acometidos ou pelo menos tentar evitar que certas viroses se instalem, tais como: vacinações, evitar o acúmulo do lixo doméstico, acúmulo de água em recipientes desprotegidos, uso de inseticidas, telas, aceitarem o controle endêmico feito pelo agente de saúde, uso de preservativos quando se tratar de uma D.S.T. etc. As viroses, doenças causadas por vírus, acabam sendo consideradas enfermidades comuns, sazonais que influenciam diretamente às pessoas em determinada época do ano de forma endêmica ou não de acordo com sua distribuição e também se deve ser considerado no âmbito social e político e até comportamental. Nos grandes centros populacionais onde ainda é deficiente uma política de saúde, de saneamento básico, onde as pessoas ainda carecem de um sistema de saúde precário, essas viroses oportunistas acabam sendo recorrentes sempre. (AMABIS & MARTHO, 1995) Neste caso uma educação ambiental empregada nas escolas de ensino médio, se faria necessária e curricular, onde os próprios alunos poderiam executar atividades, trabalhos de campo, palestras relacionando temas de saúde orientados pelo educador professor com a participação de toda à escola, estendendo essas informações no seu entorno e para a sociedade, pois se sabe que o papel da escola é esse. Algumas viroses que podemos abordar aqui nessa dissertação, como a dengue que tem como agente etiológico um vírus e seu vetor ou agente transmissor um mosquito, cujo nome científico é o Aedes aegypti uma orientação profilática, ou seja, para evitá-la seria evitar o acúmulo de água em nossas residências, principalmente em um período chuvoso onde seria mais evidente pela oferta de água nesse período, e o mosquito-vetor precisa de água para completar seu ciclo de vida, então essas medidas, cuidados em evitar esse acúmulo de água, seria necessário ou até mesmo protegendo os reservatórios. E quando da visita do agente de saúde, o importante é que tenha alguém para recebê-lo em nossas casas.


Outras viroses que podemos relacionar aqui são àquelas que temos nas campanhas de vacinação ou até mesmo nas vacinas sua principal se não única medida e cuidado profilático. É importante que seja seguido desde quando nascemos o calendário de vacinação e nossos alunos poderiam fazer do calendário de vacinação um conteúdo orientado de forma pedagógica. Enfim falar em educação ambiental em uma escola de ensino médio é você poder correlacionar temas de saúde inferindo principalmente essas viroses dos tempos atuais. (AMABIS & MARTHO, 1995)






3.1-DENGUE


Dengue é uma doença tropical infecciosa causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus e que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. (SIMMONS e col., 1931, citado por KNUDSEN 1986, p. 421). Muitos casos de dengue são descobertos e tratados tardiamente pelas semelhanças que a doença possui com a gripe, deixando o paciente menos preocupado em encontrar um tratamento adequado. Há situações também em que a pessoa pode desconfiar de dengue, mas que uma simples análise dos sintomas pode eliminar essa suspeita. A principal diferença entre a febre da dengue para a da gripe é que, no caso da gripe, surgirão sintomas respiratórios normalmente nas primeiras 24 horas após o início da febre. Além disso, espirros, tosse e a produção de muco no nariz são sintomas comuns da gripe. A dengue não causa sintomas respiratórios por que o mecanismo da doença não afeta o sistema respiratório, como é o caso da gripe. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e uma erupção cutânea característica que é semelhante à causada pelo sarampo. Em uma pequena proporção de casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de vida, resultando em sangramento, baixos níveis de plaquetas sanguíneas, extravasamento de plasma no sangue ou até diminuição da pressão arterial a níveis perigosamente baixos. A dengue é transmitida por várias espécies de mosquito do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. No estudo de Miller e Ballinger (1988) O vírus tem cinco tipos diferentes e a infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Um contágio subsequente por algum tipo diferente do vírus aumenta o risco de complicações graves no paciente. Como não há vacina disponível no mercado, a melhor forma de evitar a epidemia é a prevenção, através da redução ou destruição do habitat e da população de mosquitos transmissores e da limitação da exposição a picadas. A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. (MILLER e BALLINGER 1988).


3.1.2- TIPOS DE DENGUE






Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três. (MILLER e BALLINGER 1988). Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito. Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo considerada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico Oswaldo Cruz implantou um programa de combate ao mosquito que chegou a eliminar a dengue no país durante a década de 1950. No entanto, a dengue voltou a acontecer no Brasil na década de 1980. Hoje em dia, os quatro tipos de vírus circulam no país, sendo que foram registrados 587,8 mil casos de dengue em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde. (MILLER e BALLINGER 1988)


3.1.3- DENGUE CLASSICA


A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, entre outros. (SHIMABUKURO, 2010).










3.1.4 – DENGUE HEMORRAGICA A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela doença a segunda vez. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. A dengue era considerada uma doença benigna até a década de 1950, quando ocorreu uma epidemia de dengue hemorrágica nas Filipinas. No continente americano, a primeira epidemia de dengue hemorrágica aconteceu em Cuba, em 1981. No Brasil os casos de dengue hemorrágica eram muito raros até o ano 2000, quando chegou ao país o vírus da dengue tipo 3. Isso aumentou o número de casos uma vez que passou a infectar pessoas que já tinham sido acometidas pelo vírus 1 e/ou 2. Não há um tratamento específico para a dengue hemorrágica. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso você esteja com dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva. (SHIMABUKURO, 2010).


3.1.5 – SINTOMAS DA DENGUE HEMORRÁGICA


Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue clássica e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas. A diferença é que a febre diminui ou cessa após o terceiro ou quarto dia da doença e surgem hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. (SHIMABUKURO, 2010).






Ø Comportamento variando de sonolência à agitação


Ø Confusão mental


Ø Dores abdominais fortes e contínuas


Ø Dificuldade respiratória


Ø Manchas vermelhas na pele


Ø Pele pálida, fria e úmida


Ø Queda da pressão arterial.


Ø Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.


Ø Sede excessiva e boca seca


Ø Vômitos persistentes


Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva choque, a presença de certos sinais alertam: (SHIMABUKURO, 2010).






Ø Comportamento variando de sonolência à agitação


Ø Dor abdominal persistente e muito forte


Ø Mudança de temperatura do corpo e suor excessivo


Ø Palidez


Ø Perda de consciência.


Ø Pulso rápido e fraco






A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.






3.1.6- TRANSMISSOR


O mosquito da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. (SHIMABUKURO, 2010). A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contado depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias. Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser


infectados pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes. Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue. Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de quatro formas: (SHIMABUKURO, 2010).


Fig.1- Mosquito da Dengue Fonte: (SHIMABUKURO, 2010 )






3.1.7 – CICLO DE VIDA DO MOSQUITO


O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti apresenta uma fase aquática e uma fase terrestre e, é composto por quatro fases de desenvolvimento: ovo, larva, pupa que correspondem à fase aquática do ciclo e adulto que correspondendo à fase terrestre. A fase de maior resistência é a do ovo, pois este é resistente à dessecação por períodos que variam de seis meses a um ano. Cada fêmea copula uma única vez e armazena o esperma do macho em estruturas chamadas espermatecas. A partir de então pode realizar diversas posturas, com cerca de 200 ovos cada uma. (SHIMABUKURO, 2010). Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença. O intervalo entre a alimentação sanguínea e a oviposição varia de dois a três dias. Ao contrário de muitas espécies de mosquitos, uma fêmea do Aedes aegypti espalha seus ovos em diversos criadouros, de uma mesma casa ou não. Os ovos são depositados em recipientes com água, porém fora do meio líquido, próximo à linha da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. O período para o desenvolvimento embrionário dura, em condições favoráveis, de dois a três dias. Quando entram em contato com a água, os ovos eclodem dando origem às larvas, que são providas de grande mobilidade e alimentam-se de detritos orgânicos, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. A fase larvária dura, em condições de temperatura entre 25°C e 29°C e boa oferta de alimentos, cerca de cinco a dez dias, originando a pupa. A duração da fase pupal, em condições favoráveis, é, em média, dois dias. As pupas não se alimentam, apenas respiram, sendo dotadas de boa mobilidade. A duração do ciclo de vida em condições favoráveis é cerca de oito dias, a partir da oviposição até atingir a fase adulta.


Fig.2- Reprodução do Mosquito Fonte: (SHIMABUKURO, 2010 )





3.1.7 - SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE


A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito. (MILLER e BALLINGER 1988)














4-HIV


O HIV a pesar de hoje ainda não ser possível ser evitada por vacinas ela é um grande problema na saúde por causar milhões de mortes por ano, os cientistas de todo o mundo ainda estão tentando achar uma vacina para exterminá-la do mundo. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. (SHIMABUKURO, 2010).


Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A Aids é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade. A infecção da Aids se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microrganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal. (GEWANDSZNADJER, 2013).


Fig.3- Sangue contaminado Fonte: (SHIMABUKURO, 2010)






4.1 - TRANSMISSÃO OU CONTÁGIO


O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno, ou transfusão de sangue contaminado. O vírus HIV pode ser transmito de diversas maneiras e para cada uma delas é preciso cuidados específicos para não haja a transmissão. Vamos ver detalhadamente como evitar o contagio em cada caso. (SHIMABUKURO, 2010).


4.1.2-CONTATO SEXUAL


Pesquisas em todo o mundo indicam que o preservativo (camisinha) masculino e feminino é o grande aliado no combate a transmissão do vírus HIV durante a relação sexual (vaginal, anal e oral). Estimativas indicam que o uso correto e continuo do preservativo tem uma eficácia em torno de 90 a 95%. Além de evitar o contagio do vírus HIV, a caminha também é um excelente meio de se evitar a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis. É importante lembrar ainda que para garantir a eficiência do preservativo é preciso que ele seja utilizado desde o início da relação sexual. Nunca use a mesma camisinha mais de uma vez e reduza o número de parceiros sexuais. Estas medidas são de extrema importância para se evitar o contagio da doença. (GEWANDSZNADJER, 2013).


4.1.3-TRANSFUSÃO DE SANGUE E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS


O contágio de diversas doenças, principalmente do vírus HIV, através da transfusão de sangue e da doação de órgãos tem contribuído para que as instituições de coleta selecionem criteriosamente seus doadores e adotem regras rígidas para testar, transportar, estocar e transfundir o material. Estes procedimentos estão garantindo cada vez mais um número menor de casos de transmissão de doenças através da transfusão de sangue e da doação de órgãos. Atualmente, apenas pessoas saudáveis e que não façam parte dos grupos de risco para adquirir doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como Hepatites B e C, HIV, Sífilis e Chagas, podem fazer a doação de sangue. (GEWANDSZNADJER, 2013). Ainda assim é imprescindível que você, ou seus familiares, se certifiquem, antes de se submeter à transfusão de sangue, de que o sangue e o material hemoderivado foram devidamente testados. Apesar de todos os cuidados tomados, ainda há possibilidade de que um sangue contaminado faça parte do estoque. Isso porque algumas doenças têm a chamada janela imunológica. Ao longo de um determinado período, mesmo estando contaminado, o sangue da pessoa ainda não apresenta indicativos da doença. A janela imunológica existe para os vírus HIV, HTLV I/II e da Hepatite C e B. (GEWANDSZNADJER, 2013).


4.1.4-TRNSMISSÃO VERTICAL (GRAVIDEZ, PARTO E AMAMENTAÇÃO).


Antes de qualquer coisa é importante que toda mulher grávida faça o teste que identifica a presença do vírus HIV. Se o exame for positivo, a gestante vai receber um tratamento adequado para evitar a transmissão para o filho na hora do parto. As gestantes soropositivas recebem ao longo das gravidezes e no momento dos partos medicamentos indicados pelo médico. Até as seis primeiras semanas de vida, os recém-nascidos também deverão fazer uso das drogas. Como a transmissão do HIV de mãe para filho também pode acontecer durante a amamentação, através do leite materno, será necessário substituir o leito materno por leite artificial ou humano processado em bancos de leite que fazem aconselhamento e triagem das doadoras. (SHIMABUKURO, 2010).


4.1.5- REUTILIZAÇÃO DE SERINGAS E AGULHAS


O uso de drogas injetáveis e o compartilhamento de seringas é uma das principais formas de transmissão do vírus HIV. Durante o contato do sangue soropositivo, a seringa é contaminada e a reutilização da seringa por terceiros é também uma forma de contagio do vírus, já que pequenas quantidades de sangue ficam na agulha ou seringa após o uso. Se outra pessoa usar essa agulha ou seringa, esse sangue será injetado na corrente sanguínea da pessoa. Por isso, os usuários de drogas injetáveis também precisam tomar alguns cuidados. (SHIMABUKURO, 2010).


Ø Ter matérias de uso próprio (seringa, agulha, etc);


Ø Não compartilhar o local de preparação da droga;


Ø Não reutilizar as agulhas;


Ø Não repetir a dose com a mesma seringa e nem mesmo na mesma veia;


Ø Descartar os instrumentos em local seguro, dentro de uma caixa ou embalagem.


Muita são as campanhas para se evitar a contaminação do HIV entre os usuários de drogas injetáveis contam com distribuição de seringas e agulhas esterilizadas. Muito se discute sobre a contaminação do vírus HIV através de objetos cortantes ou que furam. O fato é que é possível, sim, se transmitir o vírus HIV durante os compartilhamentos de objetos perfuro-cortantes, que entrem em contato direto com o sangue. Portanto, é indicado usar objetos descartáveis. Se os instrumentos não forem descartáveis, como lâmina de depilação, navalhas e alicates de unha, é recomendável que se faça uma esterilização simples (fervendo, passando álcool ou água sanitária). É importante destacar que os objetos cortantes e perfurantes usados em consultórios de dentista, em estúdios de tatuagem e clínicas de acupuntura também correm o risco de estarem contaminados. Portanto, exija e certifique-se que os materiais estão esterilizados e, se são descartáveis, sejam substituídos. O portador do HIV, mesmo sem apresentar os sintomas da Aids, pode transmitir o vírus, por isso, a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais. (AVANCINI & FAVARETTO, 1997)






4.2-SINTOMAS






Os primeiros fenômenos observáveis para Aids são fraqueza, febre, emagrecimento, diarreia prolongada sem causa aparente. Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos pulmões, diarreia e dificuldades no desenvolvimento. (AVANCINI & FAVARETTO, 1997)


4.3-TRATAMENTO DO HIV


O Tratamento do HIV no Brasil com os portadores do HIV dar-se com tratamento gratuito oferecido pelo Governo. Assim, após o resultado positivo do exame, o paciente poderá recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para uso da ampla rede de serviços oferecida. Vale lembrar que o Brasil distribui cerca de 15 medicamentos antirretrovirais na rede pública de saúde. Iniciar o tratamento com antirretrovirais em caso de resultado positivo para o vírus HIV é a melhor estratégia para levar uma vida o mais próximo do normal possível. Além disso, o tratamento correto também aumenta a expectativa de vida dos pacientes, tornando-a similar ao de pessoas não infectadas. Para obter bons resultados, entretanto, o paciente deve seguir corretamente as instruções para uso dos medicamentos. Além disso, deve agendar e comparecer às consultas médicas em intervalos determinados. Com a terapia, o paciente aumenta a expectativa e a qualidade de vida. (AVANCINI & FAVARETTO, 1997)


















4.4-COMO EVITAR O HIV


A camisinha ou preservativo continua sendo o método mais eficaz para prevenir muitas doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids, a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites em qualquer tipo de relação sexual seja ela anal, oral ou vaginal, seja homem com mulher, homem com homem ou mulher com mulher. Embora o preservativo masculino seja o modelo mais conhecido e de uso mais disseminado, as mulheres também têm a opção de utilizar a camisinha feminina. Seja qual for o modelo, a camisinha deve ser usada do começo até o fim de qualquer relação sexual e nunca utilize o mesmo preservativo mais de uma vez. É indicado também o uso de objetos descartáveis.


Fig.4- Camisinha Masculina Fonte: (GEWANDSZNADJER, 2013)






Se os instrumentos não forem descartáveis, como lâmina de depilação, navalhas e alicates de unha, é recomendável que se faça uma esterilização simples (fervendo, passando álcool ou água sanitária). É importante destacar que os objetos cortantes e perfurantes usados em consultórios de dentista, em estúdios de tatuagem e clínicas de acupuntura também correm o risco de estarem contaminados. Portanto, exija e certifique-se que os materiais estão esterilizados e, se são descartáveis, sejam substituídos. O uso de drogas injetáveis e o compartilhamento de seringas é uma das principais formas de transmissão do vírus HIV. Durante o contato do sangue soropositivo, a seringa é contaminada e a reutilização da seringa por terceiros é também uma forma de contagio do vírus, já que pequenas quantidades de sangue ficam na agulha ou seringa após o uso. Se outra pessoa usar essa agulha ou seringa, esse sangue será injetado na corrente sanguínea da pessoa. O contagio de diversas doenças, principalmente do vírus HIV, através da transfusão de sangue e da doação de órgãos tem contribuído para que as instituições de coleta selecionem criteriosamente seus doadores e adotem regras rígidas para testar, transportar, estocar e transfundir o material. Estes procedimentos estão garantindo cada vez mais um número menor de casos de transmissão de doenças através da transfusão de sangue e da doação de órgãos. (GEWANDSZNADJER, 2013).


5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS


O homem é o principal causador de todos os problemas que o meio ambiente e o próprio homem sofre hoje, pois o mesmo fabrica milhões de toneladas de lixo por dia sem controle algum e esse descontrole prejudica ele mesmo, pois este lixo acaba virando criadouros de várias doenças, tais como a dengue e muitos roedores que viram pragas urbanas, e isso não só prejudica o homem, mas também, outros seres viventes do meio ambiente, e estes outros seres vivos sempre virão depender do homem para sobreviver e ter uma vida de qualidade, qualidade esta que hoje o homem que somente para ele mesmo e para isso ser concretizado hoje o homem tem que pensar nos cuidados que devem ser observados a algumas viroses que implicam em saúde pública e por consequência tem influência direta no meio ambiente ao qual estamos inseridos, pois, os mesmos são vários e necessários para tentar amenizar as viroses da atualidade, por isso, é preciso utilizar as diversas ferramentas a nosso dispor, desde investimentos científicos, iniciativas político-econômicas até atividades sociais, educação ambiental e mudanças individuais de hábitos. Por isso é necessário partirmos da teoria para a prática e agirmos sem discriminações neste processo de ensinamento e aprendizado com a profilaxia que se trata dos cuidados que devem ser observados a algumas viroses, pois hoje dependemos muito de boas ações e de um ótimo aprendizado para ter uma saúde de qualidade.














































REFERÊNCIAS:






AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. Volume 2. São Paulo, Editora Moderna, 1995.






AMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Volume único. São Paulo, Ed. Moderna 1995.






AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.






GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências Nosso Corpo. 1ª edição. Editora Ática. 2013






MILLER, B.R. & M.E. Ballinger. Aeds albopictus mosquitos. 1988. 82 f. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dengue.>.Disponivel. Acesso em: 28 set, 2015






SIMMONS e COL., 1931, apud KNUDSEN 1986, p. 421.






SHIMABUKURO, Vanessa. Projeto Araribá Ciências, 3ª edição. Editora Moderna. 2010.

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