1- Mulheres com mais de 40 anos
A partir dos 40 anos, a mulher entra numa nova fase da vida: o climatério, um período que se inicia mais ou menos nessa faixa de idade e se estende até os 65 anos. Em geral, entre os 40 e os 50 anos, ela menstrua normalmente e pode engravidar. No entanto, nesta idade, a mulher já começa a ficar mais propensa a doenças cardiovasculares e o uso da pílula pode agravar o problema. Os perigos existem e os riscos são comprovados.
2- Mulheres que estão amamentando
A amamentação exclusiva pode até ter algum efeito contraceptivo, já que a mulher às vezes nem menstrua, mas é um método nada confiável, porque você nunca sabe quando a primeira ovulação pode acontecer. O estrogênio não é adequado para quem amamenta. A pílula de progesterona de uso contínuo inibe a menstruação, por isso há mulheres que não menstruam quando tomam esse tipo de pílula. Até 6 semanas após o parto a mulher não deve tomar pílula anticoncepcional. De 6 semanas a 6 meses após o nascimento, o uso também deve ser criterioso pois os riscos continuam maiores que os benefícios. O motivo da preocupação está na ação dos hormônios sobre o volume de leite materno e na ausência de estudos que comprovem que a exposição do bebê ao hormônio estrogênio que estará no leite não é perigoso para sua saúde.
3- Mulheres que fumam
A mulher fuma e toma pílula anticoncepcional, possui um risco maior de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). A fumaça do cigarro provoca danos nas artérias do cérebro; e o estrogênio, um dos hormônios da pílula, pode levar à formação de placas nas paredes dos vasos sanguíneos. Alguns estudos ainda dizem que mulheres com mais de 35 anos e que fumam mais de 15 cigarros por dia são as com maiores chances de trombose. Para elas, a OMS recomenda que a pílula anticoncepcional não seja tomada. No entanto, mulheres com menos idade e que fumam menor número de cigarros por dia também tem riscos. O infarto é a consequência da trombose que mais causa mortes nesses casos.
4- Mulher que acabaram de ter um bebê (pós-parto)
Até 21 dias após o parto, a mulher tem risco aumentado para tromboses e, por isso, a recomendação é que o uso da pílula seja criterioso. Casos em que existam outros fatores de risco, como imobilismo ou tabagismo, a pílula não deve ser tomada. Dos 21 aos 42 dias também existem riscos, mas eles só são maiores que os benefícios caso existam outros fatores que predispõem a formação de trombos.
5- Mulheres obesas
Existe risco de formação de trombos, infarto e tendência a ganhar mais peso entre as mulheres obesas que tomam pílula. A obesidade pode favorecer o aparecimento de trombose nas pernas, embolia pulmonar, infarto e até acidente vascular cerebral (AVC). O risco nesse grupo é até quatro vezes maior que em mulheres normais. E, após a menopausa, as chances aumentam ainda mais.
6- Mulheres diabéticas
Caso a doença esteja presente há mais de 20 anos ou associada a complicações como retinopatia, nefropatia ou neuropatia, é preciso ir ao médico para saber qual a severidade do diabetes. Em casos graves, a pílula pode dificultar o controle da glicemia. A glicose em excesso é altamente tóxica para os vasos sanguíneos, causando lesões irreversíveis. Por esse motivo, os portadores de DM que não controlam a doença corretamente desenvolvem inúmeras doenças vasculares, hipertensão, doenças do coração, doença cerebrovascular e lesões nos membros inferiores (devido à dificuldade de coagulação do sangue com glicose em excesso).
7- Mulheres que sofrem de enxaqueca
A pílula anticoncepcional contêm o hormônio estrógeno. O estrogênio faz com que a mulher tenha um risco ligeiramente maior de ter um acidente vascular cerebral em comparação com o risco normal. Se você tem enxaqueca, você também tem um risco ligeiramente maior de ter um acidente vascular cerebral em comparação com o risco normal. A combinação de tomar a pílula aumenta o risco de acidente vascular cerebral. No entanto, vale ressaltar que o risco é pequeno, mas de qualquer forma é sensato estar ciente disto e para minimizar o risco.
8- Mulheres tomando antibióticos
Existem antibióticos que reduzem o efeito do anticoncepcional. Esse é o caso da Rifampicina e da Rifabutina. Fora essas drogas, algumas sociedades médicas consideram que a Tetraciclina e a Ampicilina também podem diminuir a contracepção. Os hormônios da pílula são absorvidos pelo trato gastrointestinal, e assim caem na corrente sanguínea, indo parar no fígado, onde 50% do estrogênio são transformados em outros compostos sem atividade anticoncepcional.
9- Mulheres com lúpus
Pessoas com os anticorpos responsáveis pelo Lúpus Eritematoso Sistêmico ativo têm maior risco de formação de trombos na corrente sanguínea, por isso, a pílula anticoncepcional é contraindicada. Médicos garantem que os contraceptivos orais podem precipitar episódios de LES, pois o aumento nos níveis de estrógeno pode desencadear novo surto da doença.
10- Mulheres com pressão alta
Caso a pressão arterial seja maior ou igual a 16/10, o uso de anticoncepcional é contraindicado. Se for menor, os riscos são maiores que os benefícios, converse com o médico. Estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz mostrou que o uso de pílulas pode aumentar mais de 10 mm Hg nas médias de pressão sistólica. Tais resultados sugerem que o uso da pílula tende a potencializar o aumento na pressão sistólica, em grupos de mulheres já habitualmente com níveis de pressão mais elevados.
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