terça-feira, 20 de outubro de 2015

Estudo afirma que nosso corpo precisa de pelo menos 14 dias para se acostumar ao horário de verão

Amado por muitos e odiado por outros, o horário de verão tem o objetivo de economizar cerca de 4% da energia consumida no país. É uma medida comum em muitos países e já bastante aceita aqui no Brasil. As primeiras ideias sobre esse assunto surgiram no fim do século 18 e um de seus maiores defensores foi o americano Benjamin Franklin. Ele dizia que a mudança no horário era necessária para gerar economia tanto em velas como em querosene. O horário de verão passou a ser seguido no Brasil desde a década de 1930. Mas as discussões acadêmicas significativas sobre seu impacto na saúde começaram nos anos de 1970.
Recentemente, estudo desenvolvido por Umemura no Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritos Biológicos, mostrou que a mudança no relógio afeta também na temperatura do corpo humano. Ele diz que com a mudança no horário as pessoas são obrigadas a acordar mais cedo e isso gera uma série de modificações fisiológicas no organismo. Este estudo também concluiu que o corpo humano precisa de ao menos 14 dias para se adaptar totalmente ao horário de verão. Enquanto essa adequação não ocorre, são comuns problemas como falta de atenção, de memória e sono fragmentado.

Cansaço e deficits de atenção

pesquisador diz que a temperatura do nosso corpo começa a subir mais cedo do que antes do horário de verão. Isso aponta para uma desestabilização entre os ritmos da temperatura corporal e da atividade de repouso. Essa falta de sincronia entre diferentes ritmos gera algumas falhas no organismo humano como distúrbios de sono.
Logo no início do horário de verão, a maior incidência do sol em horários considerados noturnos faz o organismo atrasar seu ritmo. Isso faz com que a pessoa tenda a ficar mais tempo acordada por sentir sono mais tarde, o que afetaria negativamente o sono noturno. O resultado disso é que a pessoa fica mais propensa a ter desvio de atenção, pode ter maior cansaço durante o dia, dificuldade para dormir e fragmentação do sono. Inclusive há estudos que mostram que os acidentes de trânsito e de trabalho são mais evidentes no horário de verão e a culpa pode ser da fadiga e do desvio de atenção.
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14 dias

O trabalho concluiu que, na maioria dos casos, aos poucos o corpo começa a se acostumar e que 14 dias seria o mínimo necessário para a pessoa se adaptar ao horário de verão. No entanto, embora seja menos comum, algumas pessoas realmente não conseguem alcançar o conforto nesses dias e os podem perdurar até fevereiro, quando ocorre a mudança para o horário normal.
Para chegar a essas conclusões Umemura estudou a cronobiologia de 20 pessoas que foram monitoradas dia e noite com aparelhos, tanto no início como no fim do horário de verão do ano anterior. Todas elas foram afetadas nas rotinas rígidas de trabalho.

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