Como surgiu a vida? As várias espécies conhecidas sempre existiram? Essas são algumas questões que o ser humano têm se preocupado desde os primórdios de sua existência, perguntando-se sobre a origem da vida. Duas vertentes principais historicamente se confrontam para discutir essa questão: por um lado, várias explicações religiosas acreditam que um criador divino foi responsável pela criação do mundo tal qual o conhecemos, e por outro lado temos a ciência, que procura evidências, formulando teorias para explicar a origem e evolução da vida. Mas então, em qual acreditar? Em que se baseiam essas explicações?
Cada teoria trata-se de hipóteses que não podem seguir o pressuposto tradicional da ciência: não se pode testar nem que a vida se originou em um Big Bang (que deu início a formação de planetas e depois, aleatoriamente, as espécies que evoluíram ao longo de milhões de anos), e nem que um Deus foi responsável pela criação de todos os seres, com a complexidade que possuem. No entanto, as duas vertentes estão ou em situação de conflito (em que cientistas céticos e religiosos extremistas negam um ao outro), ou em situação de diálogo, como é o caso de teorias como o Design Inteligente, onde acredita-se que, sendo impossível formas de vida tão complexas serem criadas ao acaso, o processo evolutivo das espécies seria guiado pela intervenção divina.
Apesar das tentativas de aproximações entre ciência e religião historicamente houve muito mais divergências do que proximidades. A igreja católica reconheceu apenas muito recentemente a teoria da Evolução, e há algumas décadas atrás, quando os preceitos religiosos eram muito mais fortes socialmente, de forma que religião e política não se separavam, era proibido o ensino de Evolução em algumas escolas. Um dos casos mais famosos dessa proibição foi o do norte-americano James Scopes, professor julgado nos Estados Unidos por ensinar as ideias de Charles Darwin na década de 1920. Mas não precisamos ir muito longe no tempo para falar em confrontos: a pouco tempo um projeto de lei no Brasil foi lançado para que as teorias criacionistas fossem ensinadas paralelamente as teorias evolutivas nas aulas de Biologia. Que coisa, não?! O mais cômico é que, além de limitar ainda mais o espaço para discutir as teorias científicas, nas aulas de ensino religioso sabemos que é ensinada apenas uma visão, a Cristã, excluindo-se tantas outras teorias de várias religiões. E seria feito o mesmo nas aulas sobre Ciência? São questões a se pensar…
De qualquer forma, tanto a evolução, quanto a religião são explicações teóricas para a origem da vida. Claro que uma é baseada em fatos, enquanto a outra em fé. Afinal, evidências evolutivas existem, como é o caso dos fósseis, das semelhanças embrionárias e anatômicas entre espécies diferentes, dos órgãos vestigiais, dentre tantas outras, e nos mostram que a Terra, e a vida existente nela, estão longe de ser estáticas, dando suporte para acreditar nas ideias evolutivas. Porém, seja qual for nossa crença, respeitar a crença do outro é fundamental, até porque falamos em teorias, e não em verdades absolutas…
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